capítulo 16

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Sempre que eles tentam fazer algo reunido comigo acaba assim.
Eu machuco ainda mais o Leandro, e com certeza eles vão me odiando cada vez mais.
Não posso fazer muita coisas para mudar isso.

E agora aqui está eu, chorando horrores, coração apertado, querendo pedir perdão para ele mas não posso, e nem consigo, EU NÃO CONSIGO.

Chora, chora mais, você merece isso.

Você é idiota, machuca todos que te ama.

Se não tivesse matado a sua mãe, tudo seria diferente!

Ele fez certo em te abandonar, você tirou o amor da vida dele!

Minha mente está acabando comigo, estou cada vez me machucando mais. As lágrimas caem em meu rosto me sufocando, e eu sinto que estou prestes a reencontrar minha mãe.
Essa situação esta consumindo o resto de alegria que eu tenho no meu coração.

Que alegria? Você acabou com ela.

Escuto três batidinhas na porta mas não respondo.
Ninguém vai me ver vulnerável mais, ninguém vai me ver chorando.

Agora as batidas na porta ficam frequentes e altas, mas mesmo assim não respondo.

— Olha, eu estou tentando dar a privacidade que você quer, mas você não ajuda! - É a voz do Eduardo.

Novamente ele.
Ele não vai me ver assim!

Me levanto para ir trancar a porta.

— Está pensando em trancar a porta? É uma ótima hora para falar que eu tenho a cópia de todas as chaves daqui? - Paro no meio do caminho. Tá, é mentira. Começo a andar novamente e tranco a porta. — É, você trancou a porta.

— Não quero conversar agora, muito menos com você.

— Eu realmente tenho as cópias das chaves, mas por favor, poupe o meu tempo.

O que ele quer comigo??

— Te dou três segundos para pensar. Um, dois, dois e meio...

Ele vai entrar de qualquer forma mesmo. Depois de um tempo pensando, eu destranco a porta.

— Ótimo, agora te dou 3 segundos para abrir a porta pra mim, como um cavalheiro . - Reviro os olhos. — Um...

Enquanto ele conta, eu ando e volto me sentar na cama.

— É, eu sabia que você não ia abrir. - O mesmo abre a porta, mas eu não faço nenhum esforço para olhar pra ele, ainda mais assim.

— Fala o que você quer e vaza.

— Não que eu me importe com você, mas eu vim ver como você está.

— Se chorar igual uma vagabunda depressiva, pensar em mil coisas de uma vez só e se afogar nos pensamentos, e pensar em alguma forma de morrer sem sentir dor for bem, eu estou ótima. - Suspiro.

Eduardo se senta do meu lado.

— Vim aqui conversar com você. - Ele afirma e eu reviro os olhos.

— Não vou conversar com ele, e não vou no psi...

— Esquece isso, eu vim conversar sobre você. - olho para ele confusa. — Sei que você precisa desabafar com alguém, e eu estou bem aqui!

— Por que você não vai assistir o filme e me deixa em paz, hein?

— Porque ninguém vai ver filme mais. - Da de ombros.

— Oh, me esqueci que eu estraguei o momento em família.

Meu Verdadeiro Lar - Cretinos Nível Hard (1° Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora