Capítulo 62

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Eduardo

Abro a porta da sala devagar, e a luz está acesa, entro na sala e vejo minha tia e Leandro ali sentados, assim que eles me vêem, ele se levantam rápido.

— Porra! Graças a Deus! - Leandro passa as mãos na cara.

— Você bebeu??? - Tia Karen pergunta se aproximando de mim. — Fumou???

— O que? Não, tia! Eu estou bem, sóbrio, sem drogas, não fiz nada.

— Eduardo, você sumiu! Sumiu desde a hora que saiu daquele hospital! Agora são 02:30 da madrugada!!! Aonde você estava?? - Leandro pergunta e eu sorrio pra ele.

— Que fofo, todo preocupado. - Ele me olha sério. — Certo, eu precisava pensar um pouco, gente, minha cabeça estava cheia e... E eu estava mal, mal por ter destruído a vida da Rayane.

— O QUE? - Tia Karen estapeia meu braço. — Você não fez isso!

— Eu engravidei ela, tia, ela tem 17 anos!

— Você não pode pensar assim! - Diz brava.

— É, mas estou pensando. - Ando até a escada. — E vocês sabem que eu estou certo, não tentam falar ao contrário. - Começo a subir as escadas. — Boa noite!

Passei o dia todo pensando em como olhar para a cara dela e dizer: "estou feliz com essa notícia" sendo que destruí a vida dela.

Não, eu não queria ser pai agora, mas aconteceu, e porra, ela tem 17 anos, tem uma vida tão longa para frente, eu sei que destruí a vida dela, mas só de pensar que ela está GRÁVIDA de mim, meu coração pula de felicidade.

Meu sonho é ser pai, e agora eu estou prestes a realizar, mas e se ela não quiser? E se ela não quiser ser mãe? E se ela olhar nos meus olhos e dizer "não quero esse bebê"? Se isso acontecer eu juro que desisto.

Eu estou apaixonado por ela, quero ela perto de mim, quero ver ela sorrir e ser o motivo do sorriso, quero fazer ela feliz, quero fazer parte da vida dela! Eu quero!

Entro no corredor aonde fica meu quarto, ando devagar e paro na porta dela, será que ela está acordada? Será que ela vai querer conversar comigo?

Melhor não, melhor deixar para outro dia... Não, eu preciso ver ela, eu preciso saber se ela está bem, eu preciso pelo menos ver ela dormindo, eu preciso.

Abro a porta do seu quarto devagar, apareço na porta, prendo a respiração quando a vejo sentada na cama, com o celular na mão, ela está mordendo a ponta do celular parecendo pensar, seus pensamentos estão longe longe, solto a respiração devagar e sorrio quando a vejo distraída.

— Pensando em mim? - Pergunto entrando no quarto e fechando a porta, a mesma me olha rapidamente, ela joga o celular na cama e vem correndo me abraçar.

Ela aperta minha cintura forte, e eu a abraço ainda mais forte.

— Desgraçado! - Ela me xinga. — Idiota, otário! - Ela me solta e começa a me bater.

— Que mudança repentina é essa?? - Pergunto segurando suas duas mãos, solto ela, e ela envolve seus braços no meu pescoço e me beija, a seguro pela a cintura a beijando.

Meu Verdadeiro Lar - Cretinos Nível Hard (1° Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora