Capítulo 51

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Eduardo

Estou sentado na sala, junto com o pepino, e o Joseph que está brincando com os seus carrinhos no tapete, Joseph acordou há poucos minutos e não quero dormir por nada.

— Eles já estão lá faz horas, já vai dar 00:00! - Pepino fala.

— E vão demorar ainda mais, pepino.

— Pepino! - Joseph diz e Leandro revira os olhos.

— Não, Joseph, é tio lê! TIO LÊ! - Joseph olha pra ele atentamente.

— Tio... Pepino! - Ele diz e eu começo a gargalhar enquanto Leandro suspira desistindo.

— Vocês só ensinam coisas erradas para o garotinho! - Ele reclama.

— Ah, pepino é um bom apelido.

— Não quando se tem aquela história por trás! - Gargalho quando me lembro.

— Você foi o culpado, pepino.

— Culpado pepino! - Joseph me imita se levantando e vindo até a mim.

— Meu papagaio favorito! - Pego ele dando um beijo.

— Ele está crescendo tão rápido. - O lê diz. — Parece que vi esse bebezinho no meu colo ontem, olha o tamanho dele agora. - ele sorri de lado.

— Ele está crescendo rápido mesmo. - Digo. — É bom saber que valeu a pena tudo que passei.

— Você foi forte demais, Edu, não é qualquer pessoa que perde a mãe e continua caminhando.

— Tive alguns deslizes mas tudo bem. - Sorrio de lado enquanto ele ri.

— Culpa do Lucas e do Michael. — Diz. — Mas uma coisa que eu não entendi é que você estava indo tão bem, e do nada começou a usar drogas... Foi tão do nada.

— Não, não foi não lê. - Digo. — Não foi do nada, aconteceu algo muito ruim depois que aceitei a morte da minha mãe. - Ele franze o cenho.

— E eu não sei?

— Não... Mas mesmo assim, aquilo não foi motivo de usar drogas, nunca tem motivos, usa quem quer, e eu tive essa escolha... O que foi péssimo pra mim.

Depois do acontecimento da Jéssica, eu comecei a beber, e fumar muito, literalmente virei outra pessoa, eu fumava maconha porque a dor passava, mas quase a brisa acabava a dor voltava novamente, e parece que pior.
  E foi o Joseph que me tirou dessa novamente, eu não queria dar esse exemplo para ele, por isso me esforcei para ficar bem, com a ajuda dele, e das pessoas que me amam.

— É verdade, mas você conseguiu sair disso, graças a Deus.

— Pois é.

— Mas me conta, você disse que tinha acontecido algo para você fumar, e beber... Qual foi?

— O que aconteceu me destruiu, Lê, me destruiu mais do que eu já estava.

— O que houve??

— Bom...

— Oi. - Escutamos uma voz, nós três olhamos para a voz e vi a Jéssica na minha frente, reviro os olhos bufando.

— Oi Jéssica. - Leandro responde.

— Eu posso falar com ele? - Jéssica pergunta para o Leandro se referindo a mim. — A sós? Eu não consegui falar antes... Só o horário que estou vendo q vai dar é esse.

— Oh, claro...

— Eu não quero falar com você, muito menos a sós.

— Eu só quero me acertar, Edu, não vou tomar muito o seu tempo.

Meu Verdadeiro Lar - Cretinos Nível Hard (1° Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora