Meu Verdadeiro Lar - Cretinos Nível Hard (1° Livro)

capítulo 2

Eduardo Styles

Minha vida sempre foi uma maravilha, simplesmente uma maravilha!

Até algo acontecer...
Tudo que é bom dura pouco, não é mesmo?

Bom, a dois anos atrás eu era filho único, e era feliz com meu pai e com minha mãe... Até minha mãe engravidar.
Fiquei feliz em saber que teria um irmãozinho, fiquei muito feliz, mas meu pai não.
Ele fingiu felicidade mas no dia seguinte ele sumiu, ele nos deixou, e ainda teve coragem de deixar uma carta.

Até hoje eu me lembro o que estava escrito no fim da carta.

"Eu te amo, mas não vou deixar os filhos acabarem com a minha vida."

E assim ele se foi, disse que queria viver mas eu e meu irmão não deixamos.
Passamos por muitas dificuldades, mas a minha tia sempre esteve lá!
Tia Keren e Leandro também.

Eles nos ajudaram muito naquele momento delicado.
Começamos a viver feliz novamente, mas... Infelizmente minha mãe se foi no parto.
Ela morreu quando Joseph nasceu.

E faz dois anos que estamos sem ela conosco...

Quando ela se foi eu passei a me culpar, comecei a me culpar tanto que eu já não via mais sentido de viver.
Eu entrei em uma depressão.
A depressão foi profunda, porque aquela dor não saía de mim de jeito nenhum.

E a mensagem que meu pai nos deixou martelava na minha cabeça e... Uau, aquilo era péssimo.
Eu comecei a pensar... Comecei a pensar demais, e aquilo estava me matando aos poucos.
Comecei a acreditar que meu pai tinha razão, que  eu realmente acabei com a vida deles e aquela culpa me dominou por completo.

Até que um certo dia eu não estava aguentando mais, eu tinha que parar com aquela dor, e isso aconteceria só se eu me matasse.
Pensei mil vezes uma forma de morrer sem sentir dor, até que eu pensei... Peguei todos os remédios que encontrei na casa, e ia tomar todos eles.

Me lembro que eu estava prestes a tomar todas aquelas pílulas, mas um choro me parou.
O choro do meu irmãozinho, o choro dele me chamou a atenção...
Então eu pensei: Se eu morrer como eu vou ver ele crescer? Como que eu vou dar risadas ao ouvir ele tentando falar, como que eu iria ver ele dar seus primeiros passos?

Eu finalmente encontrei o meu motivo de viver, o Joseph era o meu motivo de viver, o meu irmão! A minha preciosidade!
Joguei todos os remédio no vaso de dei descarga, e quando eu dei descarga eu senti toda aquela tristeza e culpa descendo junto os remédios.

E foi assim que eu comecei a seguir em frente, terminei os estudos e foquei na minha carreira.
Antes eu estava vivendo apenas pelo o Joey, mas hoje... Hoje eu vivo por mim e por ele!

E aqui estou eu! Vivinho.

Hoje o Joey está com dois anos, está bem espertinho, e eu amo ele! Amo ele demais!
Ele é meu irmão, mas eu trato ele como se fosse o meu filho, a melhor coisa que me aconteceu.
Foi difícil no começo, mas tudo se acertou, e bom, hoje eu sou o melhor jogador de NY!

Mas agora voltando ao presente, o pepino tem uma filha! UMA FILHA!

E qual é a dessa garota?
Ou melhor... Como ela gosta do merda do William Erts?

Ah, foda-se! Só sei que já não gosto dela.

— Filha? - Lucas me olha com uma sobrancelha arqueada. — Você está me dizendo que o pepino tem UMA FILHA?

— Sim, Lucas! É o que eu estou dizendo!

— Dio mio! - Michael Exclama. — O pepino tem uma Figlia!

Michael e esse sotaque chato... Puta merda!

Michael Salyn! O italiano da família, esse cara já passou por muitas coisas, mas valeu a pena porque hoje ele é um homem e tanto.

— Sim, tem. - Confirmo.

— Você está me dizendo que nós temos uma prima? - Lucas sorri de lado, demoníaco.

Começou!

— Não, porque ela não é minha prima. - Dou de ombros.

— Ela é filha do esposo da nossa tia.

— Muito bem, falou certo! Filha do ESPOSO, não filha da nossa tia, então... - Lucas revira os olhos.

— Tá, foda-se!

— E como a ragazza é? - Michael pergunta.

— Hum, morena, olhos claros, corpo maravilhoso, muito gostosa, e... - Paro de falar quando vejo os dois me olhando estranho. — Chata, insuportável, tem um péssimo humor, é uma garota petulante e o pior... Gosta do William Erts.

— O QUE? - Os dois perguntam juntos.

— Isso aí. - Assinto, indignado como eles. — Ela é FÃ do William Erts.

— Tá legal, eu estava gostando das qualidades, agora os defeitos são péssimos! - Lucas fala, perplexo.

— Cazzo, Lucas! E qual defeito é bom? - Michael pergunta.

— O defeito dela é o mais horrível que existe!

William Erts...

Meu inimigo, um idiota, estúpido, um sem noção.

William Erts simplesmente me odeia, e eu não julgo, também odeio ele.

Ele já tentou muitas coisas contra mim, já tentou de tudo para me derrubar, mas ainda estou aqui, de pé!
Eu não sei o que se passa na cabeça desse homem, só sei que ele faria qualquer coisa para me prejudicar.

— Mas todos nós temos defeitos. - Michael a defende.

— Mas talvez esses defeitos podem amenizar... - Lucas da de ombros. — Precisamos conhecer ela.

— Dio mio! Primeiro vocês simplesmente invadem meu trabalho para me contar que o pepino tem um filha, e agora vocês querem que eu saia do meu trabalho apenas para conhecer ela????  - Eu e Lucas nos entreolhamos e depois olhamos para ele. — Corrida! Quem chegar por último vai ter que pagar 100mil dólares pra cada. - Michael fala saindo do escritório como o flash.

— Espera!!!! - Lucas sai correndo da sala.

— Eu não vou pagar 100mil dólares pra ninguém! - Também saio correndo.

A casa fica cada vez mais cheia... Eu poderia simplesmente sair de lá, mas não posso.

"Como assim não pode?"

Antes de minha mãe morrer, ela me fez prometer que só sairía dessa casa quando conhecesse meu verdadeiro amor.

Isso pode ser estranho, engraçado e até mesmo patético, mas eu prometi, eu prometi para ela e vou cumprir!

Nem que eu saia dessa casa com os meus 82 anos, ou eu posso até morrer morando nela, mas a promessa que eu fiz com ela eu não vou quebrar!

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Conhecendo um pouco o nosso jogador!!! (Ficou bem pequeno essa capítulo né??)