O QUE VOCÊ NÃO PEDE CHORANDO QUE EU FAÇO CHORANDO TAMBÉM

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Minha vida sempre foi monótona. Nunca fui aquela adolescente rebelde que sai escondido dos pais para ir em festas, namorar escondido ou ficar bêbada. Muitos acham que a felicidades está nisso, mas eu particularmente acho que a felicidades está em momentos pequenos que nem percebemos.

Por exemplo, eu me sinto feliz quando estou jantando com minha família e todos estão falando juntos e não consigo entender nada. Me sinto feliz quando estou sozinha, pensando na vida e orando. Me sinto feliz quando estou com minhas amigas tocando, vendo alguma série, ou apenas conversando. Mas acho que todos esses pequenos momentos são alegres pelo simples motivo de não estar feliz, mas ser feliz, há uma grande diferença nessas palavras.

Entretendo, tem uma situação que não me deixa nada feliz. Acontece quando a Maghie está com a famosa cara que está tramando alguma coisa, essa cara me assusta porque sempre vem ideias ruins. Lembra quando eu falei que minha vida era monótona? Então, ela só não é tanto porque tem a Maghie nela. Que as vezes inventa de fazer umas maluquices, e nós, meramente imbecis aceitamos.

Quando tínhamos 14 anos, ela nos convenceu a matar aula e viajar para uma cidade próxima, pelo simples fato dela estar com calor e queria nadar em uma praia. Não queira saber o final desta história.

- O que você está pensando Maghie? Você está com aquela cara - Anne pergunta - E vai tropeçar no corredor. - Anne a segura entes que seu lindo rosto beije o chão do corredor sujo da escola.
- Uma coisa muito interessante - Ela sorri - Lembra quando o Jacob falou que não iria deixar nós irmos no show porque o lugar era "perigoso"? - Maghie disse fazendo aspas nas mãos.

- O que você está tramando Maghie? - Anne perguntou.

- Uma coisa muito legal. - Deus me salva.

- Fala logo criatura! - alterei a voz um pouco, estava sem paciência.

-Qualéaprobabilidadedevocêsaceitaremirassistirosmeninosnosábado? - Maghie disse rápido demais para nós ouvirmos.

- Aprendeu a falar grego? - Perguntei.

- Fala mais devagar Maghie. - Anne disse.

- Qual é a probabilidade de vocês aceitarem ir no show dos meninos no sábado? - Eu disse que não saia coisa boa daquela cabeça.

- 0,00%. Você não era antissocial do grupo Maghie? - Anne disse indignada.

- Meu irmão me mataria se me visse lá. Ele TE mataria também. - Digo.

- Sem contar que ele disse que lá é perigoso, você enlouqueceu de vez. - Anne disse

- Credo, vocês são muito chatas. Primeiro, lá nem deve ser perigoso, ele só disse isso para não irmos.

- Ele falaria que não queria que a gente fosse, ele já disse isso. Lembra? - Eu disse.

- Errada, ele disse isso para mim e para você, Victória. - Ela disse apontando pra mim. - Mas como a Anne estava perto ele arrumou uma desculpa, porque não queria ser muito rude.

- Não tenho nada a ver com isso. Como se ele se importasse de ser rude perto de mim. Você está definitivamente louca.

- Tá, você pode até estar certa nesta questão Maghie, mas ainda não nos convenceu de irmos pra lá. - Digo parando perto do painel.

- Simples, eu vou com vocês ou sem vocês. Vai deixar sua amiga indefesa passar a noite em um bar perigoso sozinha? Vocês são péssimas amigas. - Chantagem. Olhei pra Anne, que estava balançando a cabeça em negação.

- O que você não pede chorando que eu não faço chorando também. - Digo, Anne reclamou do meu lado por ter aceitado o convite, e a Maghie quase me abraçou de felicidade.

- Vocês vão ser minha perdição. - Anne reclamou.

- VOCÊS são as melhores amigas deste mundo e de várias outras dimensões também. Não vão se arrepender, acreditem em mim. - Maghie disse.

- Já estamos arrependidas. - Eu e a Anne falamos.

Depois disso coloquei meu nome na lista das atividades extracurriculares junto com as meninas. Acabamos decidindo que vamos fazer coral e literatura juntas. Decidi me escrever em italiano.

Logo que as aulas acabaram, fui caminhando pra casa com meus fones. Hoje não teve nada demais, apenas os professores se apresentando e muita falação.

Resolvi passar na praça que diariamente leio. Ela era linda, com suas grandes árvores verdes, algumas flores e gramas tão macias que se deitar nem vê o tempo passar. Muitas pessoas veem aqui levar seus cachorros para passear, ou apenas ouvir música e ler livros assim como eu.

Sentei na grama perto da árvore que sempre em encosto, ela era muito grande e tem várias folhas, dando uma sombra muito aconchegante. Peguei meu café que comprei no caminho e coloquei do meu lado, abri o livro e me deitei apoiando a cabeça na árvore. Aquele era uns dos melhores momentos do meu dia. Era onde eu me desligava do mundo de fora e entrava em mundo completamente novo, onde meus problemas desapareciam e eu apenas focava no problema da protagonista. Fico por uns minutos até esse momento ser incomodado.

- Oi, licença. - Um garoto parou na minha frente. Me levantei assustada com o livro em cima de mim. No momento que olhei pra cima percebi que era o menino que vi no colégio.

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A pura verdade é que eu odeia sentar na grama, a bunda fica pinicando, e uma merda. Mas nós estamos em um livro, tem que romantizar esse tipo de situação sim.

Não esqueçam de me seguir plees e salvar a história!

Bjs!

É assim que Eu te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora