É assim que Eu te amo

OUTONO

Já se passaram dois meses desde a grande festa de Anthony. Esses dias foram um saco, provas, trabalhos e mais provas. Resumindo, entediante.

Umas das poucas coisas que salvou foi as caídas no trabalho da Maghie.

Como esse mês foi mais puxado, Maghie chamou Anne e eu para ajudarmos no trabalho. Nessas idas e vindas, fomos andar de patins no final do turno, fornecendo várias fotos ridículas e engraçadas de nós andando - mais caindo na verdade - de patins.

Além disso esses meses que passaram terminei de ler "Cemitério Maldito". A maioria das conversas com o Percy foi sobre o livro. Muitos e muitos surto da minha parte, ele rindo de mim por estar apaixonada pela obra.

Entramos em outubro, mas não costumo chamá-lo assim. O chamo de Mês do meu aniversário, amo fazer aniversario, adoro o poder que ele me traz. Podemos pedir tudo que é possível apenas pelo poder da fala: "Mas é meu aniversário", e magicamente a pessoa é obrigada a te obedecer. Pode se dizer que estou sendo uma exploradora, e é verdade, estou.

Por dizer que amo Aniversários, devem pensar que faço grandes festa, lei do engano. A maioria das minhas comemorações são: Viagens, sair com minhas amigas, um jantar com a família. Pode se dizer que é uma coisa simples, mas esses momentos são muito valiosos. E esse ano não vai ser diferente disso.

- Olha a aniversariante do mês chegando. - Minha mãe diz toda animada. Rodo e aponto para mim mesma me exibindo.

- Sou eu mesma. - Digo com sorriso enorme no rosto.

- Quantos anos vai fazer mesmo? - James pergunta abaixando o jornal para me olhar nos olhos.

Nunca entendi porque ele ainda lê isso, e também tenho preguiça de entender.

- Dezesseis pai. Como sempre esquecendo a idade da sua filha.

- A minha ele não esquece adotada.

- Qual é mesmo? Dezesseis também, não é?

- Caraca pai, meu aniversário foi esse ano. E é dezessete. - Fala Jacob incrédulo. Bem feito babaca.

- Engraçado vocês não terem se acostumado. O pai de vocês sempre esquece do nosso aniversário de casamento - Minha mãe revira os olhos - Lembro-me de quando apareci com o seu presente de casamento e ele me perguntou o porquê daquilo - Pamela riu junto com todos. - Engraçada a história, mas nesse dia quase o matei.

- Ok, já entendemos, nosso pai é péssimo em datas. Menos se perguntamos a ele quando foi que seu time ganhou o último grande título. - Digo pegando uma maça.

- Foi em 2016. - James diz animado. - Minha memória ainda é boa.

- Para isso é né? - digo me levantando pegando minha mochila.

- Já vai? - Minha mãe pergunta. - Ainda está cedo.

- Sim eu vou de a pé com a Anne hoje. Tchau!

- Mas você nem comeu... - Ouvi a voz de James já saindo de casa.

- Como na escola. - Gritei fechando a porta de entrada.

♧

A casa da Anne não é muito longe, fica a cindo minutos da minha. Chegando na residência sou recebida por um ursinho querendo infernizar minha vida. Esse capetinha se chama Joaquin, o irmão mais novo de Anne. E quando eu falo novo digo que essa pessoinha tem apenas 3 anos de idade.

- Tia, tia! - Joaquin abre a porta animado. - Venho brincar com minha irmã?

- Hoje não pestinha, outro dia talvez. - Abaixo para ficar do seu tamanho e bagunço seus lindos cachinhos.