O passado fode a seco

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Flashback

– Eu estou indo ao banheiro, querem algo? – Jisung perguntou aos amigos, apenas um deles dizendo que "queria uma lata de cerveja" mas este recebeu um dedo no meio e gargalhadas.

Minho não se sentia bem com os amigos de Jisung, nunca se sentia bem, Jisung sempre tinha péssimo gosto para amigos e amigas, eram tóxicos, eram invasivos e a maioria possuía segundas intenções.
Se não fossem segundas intenções consigo, seriam com seu filho ou com o próprio Han... Tinha nojo dos amigos de seu marido.

Por meses achava que se tratava de ciúmes, mas quando percebia as investidas nada discretas, as mãos que passavam no corpo do Han enquanto este estava bêbado, quando o próprio Lee recebia as cantadas dos amigos do Han, estes que sabiam que Minho e Jisung namoravam... Quando ouvia seu filho se queixar de algum amigo de Jisung que deu em cima de si.

Quando percebeu que todo o conjunto de fatos não era apenas ciúmes, resolveu dar limites.

Jisung nunca levaria seus amigos a mansão e Minho faria o mesmo, justo e resolvido, por isso nunca levavam visitas, apenas Felix e havia supervisão dos responsáveis por parte do tempo.

Isso era o suficiente, mas em momento de bebidas e comemorações era impossível se livrar totalmente disso.
A prova de tudo era a realidade.

Quando Jisung se levantou, contou nos dedos exatos cinco minutos e veio um dos imbecis se sentar a sua frente.
A mão forte roubou o último pedaço da torta de limão.
Minho não reclamaria de ver aquele doce sendo levado de si, preferia isso e iria para longe deles, mas quando tentou se levantar para sair dali sem sequer olhar na cara de pau deles, sentiu os dedos firmes que expremeram suas bochechas até o forçar a abrir a boca, enfiando aquele garfo de metal em sua boca até o doce ser enfiado em sua garganta a força.

O engasgo era inevitável, os dedos não o soltaram, pelo contrário, prenderam mais firme sua face, o obrigando a abrir a boca mesmo que tentasse se soltar.
Estava tonto, aquilo não parecia normal.

– Achei tão gentil que comesse algo feito pelo seu marido com diarréia, Senhor Lee... Sabe... Você é tão... Gostoso... – a voz asquerosa soou, os olhos violetas se abriram em choque com o que ouviu, não poderia ser o que pensava – Seu doce estava forte? Enjoativo, talvez?

– Ele comeu quase tudo, deve estar fraquinho... – outro homem riu, aonde caralhos estava seu filho? Mas eram cinco pessoas ali, seria perigoso ter seu pequeno ali... Mas estava assustado, ele sozinho não daria conta de tantas pessoas – Ow, olha a carinha dele, gente! Tão bonito com pavor! Vamos aproveitar essa meia hora que Jisung vai levar no banheiro? Prometemos que o seu cuzinho vai ficar intacto.

Minho sentiu os dedos asquerosos em seu corpo, subindo por sua pele, até tocar em seus mamilos por de baixo da roupa.
O grunido em ódio soava de sua garganta, não sentia prazer, ele era uma vítima que não mostrava a eles o que queriam ver.

– Own, ele é difícil! Vamos foder a boca dele com uma garrafa de cerveja? – questionou o homem que havia o feito engolir a torta.

Os olhos exóticos se arregalaram em pavor naquele instante, quando a mão forte ousou segurar em seu rosto, o Lee não segurou seu reflexo, seu joelho alcançou de imediato o pênis do homem entre as calças, arrancando o grito brutal do mesmo.

O Lee tentou, ele se debateu e debateu, mas estava tão fraco.
Mesmo que lutasse, recebeu um único soco em eu rosto, o gosto metálico se instalou e seu corpo despencou com o breu de sua cabeça.

Minho teve sorte demais, pois a porta e a maior parte das paredes eram de vidro e os homens estavam bêbados demais para lembrar desse detalhe, uma pessoa que passava percebeu que aquilo não era nada consensual e acionou a polícia.
Por se tratar de lugar nobre e pessoas famosas, a polícia agiu rápido, não aconteceu mais do que tentativa de estupro e assédio sexual.

Mas quando Jisung acordou magicamente em sua cama e em seu quarto, recebeu a notícia de que Minho havia sido assediado sexualmente e havia feito limpeza estomacal devido a ingerir uma quantidade absurda de "boa noite cinderela" .

Jisung cortou o contato com aqueles amigos, mas... O que adiantaria? Minho já estava com o medo instalado em si.

Desde aquele dia, Lee Minho nunca mais comeu doces.
Desde aquele dia, Lee Minho nunca mais ficou sozinho na rua, preferindo dormir na empresa, tendo problemas ne coluna e dores fortes de cabeça.
Desde aquele, horrível, fodido e maldito dia... O relacionamento entre Minho e Jisung nunca mais foi o mesmo.

O passado era uma pica de cimento de 1 metro que fodia a seco.

Fim do Flashback

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