Comportamento estranho (parte 2)

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Quando o som extridente do elevador soou, todos os trabalhadores daquele andar já esperava o patrão.
Já sabiam que viria a fera de péssimo humor, principalmente com o tanto de trabalho que sempre acumula de domingo para segunda.
Esperavam o som do sapato batendo contra o chão e gritos de ódio sobre o quão imprudente foi alguma ação vinda inclusive do próprio Lee.

Hyunjin foi o primeiro a se sentar em seu lugar e já começar a trabalhar, mesmo que estivesse ali desde as 6:00.
Mas convenhamos, é raro alguém que começa a trabalhar desde o instante que bate o ponto.
Hyunjin é uma péssima influência, ainda por cima foi graças a Yibo, que também chegava a 6:00 e só começava a trabalhar quando dava 8:40, horário que Minho subia do escritório do térreo para começar a ajeitar os documentos pelo computador da empresa, no terceiro andar.

Porém quando a porta do elevador abriu e viram a feição caída, olhar profundo e o desânimo presente na face abatida, perceberam que algo não estava bem.
Algo estava errado nessa história.

Hyunjin franziu as sobrancelhas no mesmo instante que Minho apenas entrou no escritório e o som da chave trancando por dentro soou.
Quando o Hwang acordou, Minho já estava fora de casa e depois de pouco tempo havia visto Jisung saindo serelepe pela manhã, junto a Felix, pois iriam abrir a confeitaria.

Não sabia que Minho estava tão... Abatido.
A final, não havia se resolvido com Jisung? Qual a razão de tanto desânimo?

– O que tu aprontou? – a voz curiosa e julgadora soou baixo em seu ouvido, Yibo estava agaixado ao seu lado com um olhar penetrante – Ele nunca entrou assim na empresa, muleque. Desimbucha!

– Eu e o Lixie trancamos nossos pais no mesmo quarto, pois assim eles talvez fariam as pazes. – o Hwang respondeu baixinho, tentando não espalhar a fofoca juato pelo corredor de recepção do andar – O meu pai acordou bem hoje, bem até demais. Achei que estava tudo okay.

– Pelo visto o plano deu errado. Acho melhor dar um jeito de concertar a merda que fez. – o chinês apontou, se retirando em sequência.

Porém deixava para trás o rapaz confuso e preocupado.
Como caralhos iria concertar algo que nem sabia como?
Começaria pedindo desculpas? Era uma boa opção, então tratou de resolver logo, não era como seu pai, Hyunjin resolvia tudo na hora.
Por isso ele se levantou confiante, caminhando em direção da porta do escritório particular de Minho, respirando fundo antes de se aproximar da porta.

Quando estava a milímetros de tocar a porta, seu pulso travou, seus olhos se arregalaram, tudo o que ouviu foi um soluço e o som baixo de um fugar.

Minho estava chorando?

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