Barcelona, Espanha
ᶠᵉᵛᵉʳᵉⁱʳᵒ ᵈᵉ ²⁰²²LEANNA MARTÍNEZ
Já era de manhã quando abri meus olhos e me senti cegada pelos raios de sol. Minha cabeça estava latejando e meu quarto parecia um lixão de tão desorganizado. Haviam roupas por toda parte e maquiagens espalhadas por toda a penteadeira.
Peguei meu celular, encontrando diversas notificações no twitter, levei um tempo até entender que meu nome estava nos trending topics, junto a diversos nomes que estavam comigo ontem. Odeio essa parte da fama. Mudei para minha conta privada, aceitando algumas solicitações e vendo a resposta quase imediata de Pedri à um de meus tweets.
Babaca. Deixei meu celular de lado, indo até a janela e vendo um movimento um tanto quanto estranho do lado de fora. Titia estava lá, junto a uma mulher que não faço a menor ideia de quem seja, elas pareciam discutir algo.
Terminei minha higiene matinal, dei uma geral no quarto e desci para o primeiro andar, parando diretamente na cozinha, onde se encontrava a tia Cecília. Ela parecia mais nervosa que o normal.
— Bom dia, que movimentação era aquela lá fora? — pergunto, me sentando na mesa junto a ela.
— Esses imprestáveis conseguiram confundir os pedidos e colocaram as coisas da obra do vizinho aqui na frente. — minha tia diz, tomando um gole de seu café.
— Obra?? Que pedidos? Do que a senhora tá falando? — questiono confusa, passando geleia no meu pão.
— Os Gavira, nossos vizinhos, encomendaram um caminhão de terra no mesmo local em que eu encomendei a areia pro meu laguinho artificial. — ela revira os olhos ao contar. — Resultado: trocaram nossos pedidos.
— Tinha que ser esse povinho. — comento fechando a cara.
— Pelo visto já os conheceu.
— Já conheci sim. Aliás, preciso resolver uma coisa. — termino meu café rapidamente, me levantando e saindo correndo pela porta da frente.
Não precisei andar nem 50 metros para encontrar meu objetivo. Ele estava ali, de braços cruzados e encarando o monte de areia em frente a sua casa. Pablo usava uma camiseta preta, a qual destacava seus bíceps. Deveria ser um crime existir alguém tão bonito e babaca.
Assim que me viu, ele tirou os óculos escuros para me encarar. Foi minha vez de cruzar os braços e andar até a calçada.
— Esse desserviço só poderia ter vindo de alguém como você. — Gavi comenta, me alfinetando.
— Ah claro, espero que tenha gostado do presente tanto quanto eu gostei dessa terra na frente da minha casa. — reviro os olhos, expressando o óbvio.
— E eu espero que tenha ficado bem claro que não tenho nada a ver com isso. — ele me olha fixamente, desviando o olhar por alguns segundos.
— Tem certeza? Porque só alguém com um mau caráter como o seu poderia fazer isso. — sorrio em falso, vendo seu rosto mudar de expressão.
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𝙈𝙄𝘿𝙉𝙄𝙂𝙃𝙏 𝙍𝘼𝙄𝙉, pablo gavi.
RomanceLeanna sempre sonhou em expandir seus horizontes além das fronteiras de Madrid. Criada em Barcelona pela tia-avó quando criança, ela retorna à vibrante cidade com a esperança de impulsionar sua carreira de modelo e escapar dos negócios opressivos de...