004| little confusion

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Barcelona, Espanha
ᶠᵉᵛᵉʳᵉⁱʳᵒ ᵈᵉ ²⁰²²

LEANNA MARTÍNEZ

Já era de manhã quando abri meus olhos e me senti cegada pelos raios de sol. Minha cabeça estava latejando e meu quarto parecia um lixão de tão desorganizado. Haviam roupas por toda parte e maquiagens espalhadas por toda a penteadeira.

Peguei meu celular, encontrando diversas notificações no twitter, levei um tempo até entender que meu nome estava nos trending topics, junto a diversos nomes que estavam comigo ontem. Odeio essa parte da fama. Mudei para minha conta privada, aceitando algumas solicitações e vendo a resposta quase imediata de Pedri à um de meus tweets.

 Mudei para minha conta privada, aceitando algumas solicitações e vendo a resposta quase imediata de Pedri à um de meus tweets

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Babaca. Deixei meu celular de lado, indo até a janela e vendo um movimento um tanto quanto estranho do lado de fora. Titia estava lá, junto a uma mulher que não faço a menor ideia de quem seja, elas pareciam discutir algo.

Terminei minha higiene matinal, dei uma geral no quarto e desci para o primeiro andar, parando diretamente na cozinha, onde se encontrava a tia Cecília. Ela parecia mais nervosa que o normal.

— Bom dia, que movimentação era aquela lá fora? — pergunto, me sentando na mesa junto a ela.

— Esses imprestáveis conseguiram confundir os pedidos e colocaram as coisas da obra do vizinho aqui na frente. — minha tia diz, tomando um gole de seu café.

— Obra?? Que pedidos? Do que a senhora tá falando? — questiono confusa, passando geleia no meu pão. 

— Os Gavira, nossos vizinhos, encomendaram um caminhão de terra no mesmo local em que eu encomendei a areia pro meu laguinho artificial. — ela revira os olhos ao contar. — Resultado: trocaram nossos pedidos.

— Tinha que ser esse povinho. — comento fechando a cara.

— Pelo visto já os conheceu.

— Já conheci sim. Aliás, preciso resolver uma coisa. — termino meu café rapidamente, me levantando e saindo correndo pela porta da frente.

Não precisei andar nem 50 metros para encontrar meu objetivo. Ele estava ali, de braços cruzados e encarando o monte de areia em frente a sua casa. Pablo usava uma camiseta preta, a qual destacava seus bíceps. Deveria ser um crime existir alguém tão bonito e babaca.

Assim que me viu, ele tirou os óculos escuros para me encarar. Foi minha vez de cruzar os braços e andar até a calçada.

— Esse desserviço só poderia ter vindo de alguém como você. — Gavi comenta, me alfinetando.

— Ah claro, espero que tenha gostado do presente tanto quanto eu gostei dessa terra na frente da minha casa. — reviro os olhos, expressando o óbvio.

— E eu espero que tenha ficado bem claro que não tenho nada a ver com isso. — ele me olha fixamente, desviando o olhar por alguns segundos.

— Tem certeza? Porque só alguém com um mau caráter como o seu poderia fazer isso. — sorrio em falso, vendo seu rosto mudar de expressão.

𝙈𝙄𝘿𝙉𝙄𝙂𝙃𝙏 𝙍𝘼𝙄𝙉, pablo gavi.Onde histórias criam vida. Descubra agora