4.

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Pov Marília

- Lila, temos que escolher a cor das flores - Murilo fala chamando a minha atenção - Qual cores você quer?

" - O que você está fazendo? - Brigo com Maraisa.

- Eu... eu estava te abraç-

- Você não é ninguém para encostar em mim, é só uma funcionária.

- Me desculpa... eu s-

- Você tem dois dias para conseguir a sua meta - Falo cuspindo as palavras - E eu quero você fora da minha sala, agora."

Geralmente não me importo de ser rude com as pessoas, até porque eu não me importo com elas, mas hoje em especial, fiquei meio incomodada por ter sido arrogante com a minha funcionária. Não para de passar na minha cabeça que talvez a morena esteja chateada comigo e eu não quero isso, mas não sei pedir desculpas

Murilo continua falando, mas eu não me importo, meus pensamentos estão mais interessantes. Hoje nem apareci na empresa, fiquei o dia inteiro com Murilo, mesmo ignorando tudo que o homem fala.

- Lila... a cor das ros-

- Como que se pede desculpas para alguém? - Pergunto interrompendo o homem.

- O quê?

- Quero me desculpar com uma pessoa - Falo novamente - Como que eu faço isso?

Murilo começa a rir e eu fico irritada, cruzando meus braços e olhando para frente, ignorando a provocação do homem.

- Você está falando sério? - Ele pergunta me olhando - Você se desculpar?

- Vai se fuder, Murilo.

- Compra uma coisa que essa pessoa gosta - Ele dá de ombros - Alguma joia, coisa do tipo.

- Mas...

Eu não sei do que ela gosta, de modo geral ela se veste bem, mas as suas roupas são simples, talvez se eu comprar roupas de alta costura ela me perdoe.

- Eu vou ter que sair - Falo me levantando - Vou demorar para chegar.

- Marília, estamos resolvendo as coisas do casamentos - Murilo fala segurando meu braço.

- Eu sei, mas eu preciso ir - Me afasto mais ainda e pego meu celular na mão - Depois nós resolvemos isso.

Saio do lugar e vou andando até meu carro, mas antes, ligo para a minha funcionária, que contratou Maraisa.

- Oi, senhora Mendonça - A mulher fala educada.

- Eu preciso do endereço da Maraisa - Falo rapidamente - E a rota da casa dela.

- Com todo o respeito, não posso fornecer isso para a senhora, são documentos pesso-

- Ou é isso ou a sua demissão.

A mulher fica em silêncio e me manda pelas mensagens o endereço da morena, fazendo eu sorrir vitoriosa. Vou rapidamente para lojas aonde eu compro as minhas roupas e fico pensando, qual seria boa o suficiente para pedir desculpas. Nunca fiz isso antes.

- Você pode embalar todas? - Pergunto para a mulher - Eu não... não sei qual levar.

- Podemos, senhora Mendonça.

- Obrigada.

Fico esperando ansiosa e quando a mulher volta com as sacolas, eu pareço uma criança saltitante e levo todas para o carro. Quando coloco seu endereço no GPS, vejo que ela mora em um bairro longe da empresa, que demoraria horas para ela chegar, mesmo de carro.

Correntes e Cadeados (Malila) Onde histórias criam vida. Descubra agora