XI Helena

3K 399 228
                                    

XI

HELENA

Os romanos sabiam mesmo como dar um jantar. Pratos com diversos tipos de comida diferente voavam de um lado para outro, Jason explicara que espíritos do vento eram responsáveis por isso. Ela e Jason se sentaram junto de Percy, Annabeth, Hazel e Frank. As mesas eram baixas, rodeadas de sofás e a comida era maravilhosa. Helena devorava sem lerdeza seu hambúrguer e batata fritas, não havia se dado conta da fome que estava até a comida aparecer na sua frente.

O salão seguia com murmúrios baixos. Na mesa de Helena, o único que parecia confortável era Jason, os outros continuavam a olhando estranho. Helena estava tentando ignorar as encaradas, mas o queimar do olhar de ódio de Annabeth deixava até seu hambúrguer com gosto ruim.

— Então, Frank — começou Jason, em mais uma de suas tentativas de fazer Helena se enturmar. — Como está indo o cargo de pretor?

Frank deu uma olhada desconfortável para Helena, como se ela fosse uma espiã inimigas querendo descobrir segredos de estado.

— Bem, muito bem — disse ele simplesmente e não seguiu conversa.

Jason suspirou chateado e voltou a comer seu pedaço de pizza. Helena já nem tinha mais esperança de se enturmar ali.

Um som alto de portas se abrindo e fechando cortou o salão, fazendo todos ficarem em silêncio.

— É Reyna — sussurrou Jason para Helena.

Helena seguiu olhar para a porta e viu uma garota de cabelos escuros longos, preso em uma trança, vestindo sua armadura romana completa. A garota era seguida de dois cães estranhos, um prateado e um dourado, ambos com olhos vermelhos rubi, literalmente rubis. Pareciam robôs.

Reyna tirou seu elmo e deu a um dos campistas. A garota tinha uma expressão firme e séria. Jason explicara que ela era filha de Belona, deusa romana da guerra. Helena torcia para que Reyna não a odiasse, diferente de Piper e Annabeth, a pretora parecia que lhe cortaria a garganta antes mesmo de ter certeza se gostava dela ou não.

Para a infelicidade de Helena, Reyna caminhava diretamente para a mesa deles. Assim que se aproximou, ela se sentou ao lado de Frank.

Seus olhos escuros logo encontraram os olhos verde azulados de Helena, fazendo a expressão da pretora ficar mais séria ainda. Helena encolheu os ombros.

— Romana nova? — indagou a pretora erguendo uma sobrancelha.

— Nem romana, nem grega — murmurou Annabeth, dando um gole em seu refrigerante em seguida. Helena suspirou.

Jason fuzilou a loura com olhar, Percy franziu as sobrancelhas e fechou o punho em cima da mesa. Reyna pareceu não deixar nenhum detalhe passar.

Jason contou toda a história de Helena para Reyna, que escutava encarando a novata sem mudar a expressão séria.

— Viemos aqui na esperança de Hazel ajudar em algo. — Finalizou ele.

Todos olharam para Hazel, a garota seguia encarando Helena como se ainda estivesse montando um quebra-cabeças.

— Hazel? — chamou Annabeth, tirando a garota do transe.

Até onde Jason contara (o que foi bastante coisa, na verdade), Hazel havia nascido lá pela década de 30 e morreu tentando impedir que um gigante se erguesse. Ficou anos no Mundo Inferior e foi traga de volta por Nico, seu irmão, quando a Morte e as Portas da Morte haviam sumido. A garota havia ficado bastante experimente com a Névoa, escolhida pela própria Hécate.

A Traição do Olimpo Onde histórias criam vida. Descubra agora