XXXII ✨Apolo✨

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                                      XXXII

                                   APOLO

Apolo distribuiu cadeiras paras seus convidados e antes de começar a história trocou de roupa, tinha que ficar apresentável para as visitas. O deus fez questão de sentar longe daquela coisa que eles chamavam de Helena ou Para-Raios, Apolo já tinha ideia do porque do nome e não podia negar que o apelido combinava com ela, já que estava fazendo sua função e atraindo raios, fossem os literalmente de Zeus ou o próprio Jason em si... Apolo quase riu com o pensamento.

— Bom — Apolo coçou a garganta. — Vamos lá:

''Tudo começou em uma bela e ensolarada tarde de verão. Eu havia descido até a cidade para comprar um presente de casamento para meus grandes amigos Percy e Annabeth. E tinha que ser algo legal, né? Óbvio!""

Percy Jackson arregalou os olhos e todos o encararam. Pelo jeito ele ainda não havia falado sobre isso, mas Apolo preferiu ignorar.

— Continuando:

''Eu havia acabado de sair de uma loja de antiguidades com um presente lindíssimo para o casal, quando resolvi tomar um sorvete e passear mais um pouco. Comprei o sorvetinho, virei em uma esquina e vi uma família entrando no carro, estavam saindo do shopping. Pai, mãe, dois meninos, uma tia baixinha estressada e uma garota de uns dezoito anos, alta e com longos cabelos castanhos.''

''Obviamente que achei a garota linda, logo de cara e... Isso foi... estranho. Tinha algo nela estranhamente familiar, era uma atração que não parecia ser minha. Curioso que sou, cheguei-me mais perto e assim que vi os olhos azuis-esverdeados como as penas de um pavão eu gelei.''

''Eu tinha certeza de que estava vendo coisas, uma filha de tal divindade era impossível.''

''Segui essa família por uns dois dias, a mãe carinhosa, mas autoritária, um pai divertido e um tanto ausente, um irmão que gostava de construir coisas o outro que gostava de guerra... E a garota... Helena June Evans, sempre agindo e falando como se fosse uma princesa.''

''Precisei ouvi-la falando apenas uma vez para ter certeza de minhas suspeitas. Era filha daquela deusa e pior, com um mortal. Houvera uma traição e disso nasceu uma criança, uma semideusa. Que ficara escondida por dezoito anos sem ninguém suspeitar, sem sofrer qualquer ataque, sem ter tido qualquer contato com nosso mundo, a Névoa que a cobria era muito forte, nem sei como EU consegui vê-la.''

''Voltei para o Olimpo para conversar sobre isso com Ártemis e foi aí onde que eu talvez... tenha errado. Não me certifiquei muito bem de que estávamos sozinhos e Afrodite nos ouviu, foi quando começou o Telefone Sem Fio do Olimpo. Foi mais ou menos assim:''

'' — Ártemis, eu vi uma garota no centro, que se o mundo realmente fosse de cabeça para baixo eu juraria que ela era filha daquela deusa.''

'' — Impossível Apolo, ela nunca o trairia'' —disse Apolo imitando perfeitamente a voz de sua irmã.

'' — Bom, eu espero que não mesmo, isso nos traria problemas sérios.''

'' — Ah então quer dizer, que a Senhora Puritana Dona do Lar, #FamiliaTradicional, andou pulando a cerca?'' — disse Apolo fazendo uma perfeita imitação de Afrodite chocada.

'' — O que?! Não!'' — exaltou Apolo como se estivesse vivendo a cena pela primeira vez.

— A parte que eu vou contar agora foi o que eu ouvi das minhas fontes, pois eu não estava presente — Apolo se levantou, ajeitou o cabelo, a postura e iniciou o teatro.

A Traição do Olimpo Onde histórias criam vida. Descubra agora