𝐈𝐈

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3Evelyn Narrando

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Evelyn Narrando

Caio em escuridão buscando sentimentos que estão rondando a mente. Desprezo, solidão, abandono. Em dois tempos, abro os olhos sob a voz das minhas amigas chamando-me. Sem perceber, algo gela em minhas mãos, direcionando a atenção, um copo com um líquido transparente e posto a palpar. Sinto a boca seca e na necessidade de aliviar todas as sensações causadas pelo apagão, volto o líquido em direção aos meus lábios.

Vago em pensamentos e observações, respostas sobre todas as coisas que acontecem, aconteceram e vão acontecer. O vento penetra a pele suada esfriando os neurônios extensos e raivosos. Nitidamente, não estamos mais dentro da casa de show, ouço a música distante, como em uma tela de fundo. Aos poucos, a consciência retoma, bebo a água euforicamente, renovando as energias.

Noto que estou no assento do banco traseiro do carro que fez nossa viagem de vinda, com as pernas postas para fora, fito a calça rasgada nos joelhos. Um pequeno alívio ao revelar a segurança de estar cercada de pessoas conhecidas e que amo. Sina perde a postura de patricinha para uma versão mais máscula e preocupada, abana um folheto, que não faço a mínima ideia de onde veio, em minha direção, ajudando a amenizar o calor intenso que sinto. Um acúmulo de suor percorre a espinha dorsal, nivelando os níveis de alta tensão. Estresse excessivo, presumo.

Trêmula, passo a mão pelo cabelo contendo os cachos que sobressaem nos olhos, na maioria das vezes quando passo por momentos traumáticos meu cabelo costuma ressurgir em um grito de guerra mostrando seus sentimentos mais ocultos, uma rebelião capilar se forma, sendo ignorada por mim a passos que dou  a oportunidade de compreensão das vozes que ouço dizer:

–  "Você está melhor?" — uma fala que sobressai no circo dos horrores. Melhor envolve saúde, psicológico, ter o homem que amo, ser outra pessoa. Existem várias versões do que é estar melhor, é claro e evidente que não me encaixo em nenhuma delas estando nestas condições. Destruída. Apoio às mãos no joelho.

—  "Eu disse que ela não estava bem." — reconheço a voz de Sina que completa, talvez pela sua proximidade posso distinguir.

Engrossando a voz, sua presença arrepia os últimos fios e sequências de pelos pelo meu corpo, dizendo:

 𝐀 𝐑𝐀𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐃𝐄 𝐂𝐎𝐏𝐀𝐒 - Timothée Chalamet Onde histórias criam vida. Descubra agora