𝐗𝐕𝐈𝐈

54 9 0
                                    

🃏🃏

🃏🃏

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

33Evelyn Narrando

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

33
Evelyn Narrando

Seus braços quentes envolveram-me em um abraço caloroso. Sua respiração abafada e os batimentos cardiacos que conseguiria ouvir ao longe perpassam-me. Sou confortada enquanto ele estanca o sangue e chora junto comigo.

Algo entre nós flui mais que o próprio líquido que escorre de meus pulsos. Sou acolhida pelo meu guia espiritual e permito que a consciência volte aos poucos, ainda em choque e com muita dor no local ferido.

Além de lágrimas, o meu corpo molhado e o pouco sangue sujam suas vestimentas, a blusa branca esta quase inapropriada para ir embora. Ele pouco se importa, está concentrado em não permitir que me machuque mais.

Triste e abatido, consigo ver seu olhar caindo sobre mim, e mesmo nua, não se atreveu em me desejar, apenas compreender o porque de tanto caos. Envergonho-me ao lembrar os reais motivos, isso não merece a minha atenção.

— Evelyn — falou com relutância após um tempo, quando os meus soluços se tornam algo leve, menos pesado.

Nego com a cabeça, não quero dar a licença poética para aquele assunto constrangedor. Não quero rememorar as lembranças muito menos me ver fraca em sua frente, por mais que ele estivesse ali por mim. Sinto-me culpada e é péssimo! Frágil, desnuda e ferida.

— Não faz mais isso, por favor — foca a atenção em fechar os olhos e atingir com as palavras ao pé do ouvido, seu nariz está vermelho e o mesmo se irrita com a possibilidade de me perder daquela forma.

A voz invadi meu peito abafado, não sei o que fazer, na verdade, só quero me esconder e acabar com isso.

Com a mão livre, buscou por gases e soro fisiologico dentro do mesmo armarinho que peguei a navalha. Fez suporte para que apoiasse-me sozinha envolta da pia, segurando o próprio punho. Vejo ele preparar a solução para limpar o ferimento, digo:

— Não, não, não — peço, suplico, mas , o mesmo arqueia com força o local exposto e mal se importa para meu pedido.

— Sou eu que digo não, Evelyn! — impaciente, muda a postura segurando a voz na intensidade do pulso — tem que limpar isso ai — aponta o olhar ao ferimento — já que presumo que não queira ir ao médico.

 𝐀 𝐑𝐀𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐃𝐄 𝐂𝐎𝐏𝐀𝐒 - Timothée Chalamet Onde histórias criam vida. Descubra agora