𝐕𝐈𝐈

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13Evelyn Narrando

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Evelyn Narrando

Calmamente, Louis Chalamet lava o rosto na água gelada da pia. Seca o mesmo na toalha exposta na parede. Permaneço imóvel sem saber qual a melhor resposta para isso.

O lenço umedecido em minhas mãos foi esquecido, e não apenas o rosto borrado machuca a visão. Louis está apreensivo. Talvez o álcool lhe causa o pequeno efeito de ressaca. Sinto a cabeça, a parte que bati na prateleira, mostrar sinal de vida. A história está sendo escrita errada.

Friamente, ele perpassa por mim com olhar de raiva. Uma brisa seca queima as bochechas coradas pela agressão da maquiagem. Vejo-o negar com a cabeça ajustando a calça de moletom na cintura.

Os lábios vermelhos vivos de Louis Chalamet atraem a minha atenção. Acho tão lindo aquela boca que vejo. Minha parte predileta do seu corpo.

Não dirijo a palavra, nem se quer um bom dia, algo corta o peito incontrolável. Parecemos dois desconhecidos, como tão próximos, algo nos distanciava. Sabia o porque. Esse é o meu momento de dizer desculpas, mas o vejo provar do próprio veneno, a traição é o golpe da morte. Os olhos pingam aos fogos e os pulsos arqueiam. Você quer justiça, vingança, punição, qualquer coisa que faça a pessoa que tirou o seu amado dos braços pagar.

Por um segundo percebo que deveria estar feliz e satisfeita com a situação. Alcancei o almejo do ciúmes de Chalamet, e quem tem ciúmes tem amor. Não podemos senti-lo sem desejar. Porém, meu estômago revira incontrolavelmente, a garganta se fecha e como sempre, os olhos transbordam em lágrimas.

A gota aquecida desce petulante e na mesma medida, Louis cruza a porta de saída. Passo a mão pela lágrima e vou atrás do que é meu. Um pedido de piedade, abaixo a guarda. Não posso deixar que essa tampa se feche e o perca para sempre.

Com um instinto vivo, agarro as unhas em seu braço forte, virando de frente, obrigando a me fitar:

— É sério isso, bolinho? — ouvi sair as palavras de sua boca, enquanto nossos olhares se cruzam , o sentimento fala mais alto, posso ver pelo colo do pescoço as veias saltitando do rapaz, ele ainda sente, nem que seja pouco.

 𝐀 𝐑𝐀𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐃𝐄 𝐂𝐎𝐏𝐀𝐒 - Timothée Chalamet Onde histórias criam vida. Descubra agora