𝐗𝐈𝐈

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23Evelyn Narrando

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Evelyn Narrando

De todas as formas que imaginei terminar o dia, essa foi realmente a carta fora do baralho. Já não consigo mais absorver nada que há no livro de instruções a novos condutores ao passo que Timothée ainda tenta dançar pela vigésima vez o solo do espetáculo de Paris. Admiro a concentração e persistência para fazer a coreografia, de modo que fique perfeita!

Quando o mesmo se dá por vencido, é notado que o corpo não responde mais aos movimentos, encerra o ritual, dando o espaço para irmos embora. Após fechar a academia sou surpreendida pelo carro no estacionamento. Estava tão eufórica quando cheguei que mal notei sua presença.

Como em uma troca de favores, Chalamet ofereceu-me carona até em casa, uma vez que a mesma e no caminho central, o coração da cidade. Em seu percurso, músicas tocadas pela rádio, bem clima anos 2000 perpassa nossos ouvidos e somos movidos a cantarolar animadamente. Com os óculos escuros combinando e um suor que desce ao rosto. O sol se põe a colina e dou-me ao luxo de imaginar como seria passar todos os restos do meu dia ao lado de alguém que não me cobra afeto, atenção, sexo, que leva a vida de forma apta aproveitando e realizando seus desejos sem deslocar e transferir os proprios pesadelos para os outros. Que não tem vergonha de se mostrar e aparecer em locais públicos ao seu lado, ou negar encontros diurnos para apenas fazer absolutamente nada.

Em menos de uma semana Timothée tem se tornado a minha companhia favorita. Em tão pouco tempo, vejo-me apegar a alguém que possivelmente irá abandonar-me no primeiro sinal de recuperação.

Em minha surpresa, seu joelho não deu sinal de vida, e ele pode completar o caminho com maestria.

Ao visualizar a residência em meio ao asfalto, informo a direção a Chalamet. Estaciona o veículo perto do meio fio. Fico completamente eufórica e feliz, à medida que relaxo e esqueço a mente cansada de tanto ler. Eu precisava disso, descansar corpo e mente.

— Essa é a minha casa — aponto para a estrutura, faço a menção para que ele pudesse observar. A casa amarela de dois andares, com as janelas de madeira abertas e algumas cortinas que dançam ao vento. As árvores dão um ar de refresco na via, apesar de central, dão uma mistura de modernidade e luxuosidade para o momento. Devido a cor, não é possível esquecer onde era, espero que em algum momento Timothée venha fazer uma visita, sua companhia agrada-me muitíssimo.

 𝐀 𝐑𝐀𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐃𝐄 𝐂𝐎𝐏𝐀𝐒 - Timothée Chalamet Onde histórias criam vida. Descubra agora