Epílogo

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TAEHYUNG


— Um pouco mais para a esquerda — disse para Seokjin, mexendo o quadril. — Assim! Perfeito.

Ele se ajustou e continuou acariciando a parte interna da minha coxa.

— Eu só quero que você se sinta confortável, amor.

Mesmo depois de quase dois anos de casados, ainda tínhamos muito fogo, como sempre. E isso não mudou mesmo quando eu estava grávido de nove meses e com os hormônios me dando a libido de um adolescente. O problema era que nem sempre conseguíamos encontrar uma posição compatível com minha barriga gigantesca ou as minhas pernas doloridas. 

Eu comentei que terei gêmeos?

Seokjin moveu a mão para baixo e acariciou exatamente onde eu queria.

— Você está tão molhado — sussurrou e soltei um gemido. Ele continuou, pronto para me penetrar, quando senti uma pontada de dor na barriga. Eu arfei, levando a mão à barriga. — O que foi? — perguntou, com preocupação clara em sua voz. — São os bebês?

A dor diminuiu e deixei escapar um suspiro de alívio.

— Está tudo bem, continue — disse. Demoramos quinze minutos para encontrar a posição perfeita, e de jeito nenhum eu desistiria de gozar agora. 

Seokjin não parecia convencido, então peguei seu pênis duro e o direcionei de cima para baixo. Movi meu quadril para a frente, pronto para ele me penetrar, quando senti mais uma onda de dor.

— Merda — murmurei, sem fôlego, porque a dor aumentou.

— Acho que é melhor irmos ao hospital — disse ele, saindo da cama e começando a se vestir.

— Eles só vão nascer na próxima semana — protestei, balançando a cabeça.

Ele levou a mão ao meu rosto, prendendo meu cabelo, que estava enorme, atrás da orelha.

— Vamos, acho que devemos dar uma olhada nisso.

— Não, estou bem. Acho que é um alarme falso — disse, balançando a mão para afastar a preocupação dele. — Só vou descansar um pouco.

Seokjin não estava convencido e me ignorou. Tirou minha bolsa do armário e pegou minhas roupas do chão.

— Você precisa se vestir — disse, enfiando meus pés pelas aberturas da cueca de algodão e puxando a peça para cima. Então, ele pegou o celular. Seus pais concordaram em ficar com Jisoo quando fôssemos para o hospital, e estavam aguardando o aviso.

Com relutância, vesti o resto das minhas roupas e me sentei na cama, esperando enquanto Seokjin terminava de falar com sua mãe. Quando ele desligou, pegou minha bolsa.

— Eu vou arrumar as coisas no carro enquanto eles vêm — disse ele, inclinando-se para beijar o topo da minha cabeça.

Durante a gravidez, Seokjin havia ficado muito nervoso. Todas as vezes em que eu andava muito rápido ou tropeçava na calçada — o que infelizmente acontecia muito —, ele corria até mim, para ter certeza de que os bebês e eu estávamos bem. 

Pensei que ele seria o mais controlado, porque já tinha passado por isso antes. Eu, por outro lado, fiquei surpreendentemente calmo durante os últimos nove meses, com exceção das reações causadas pelos hormônios furiosos e do desejo incontrolável por chocolate e picles.

Mas de repente, eu não tinha tanta certeza. Eu não me sentia pronto para trazer duas vidas ao mundo.

Era tarde demais para desistir dessa coisa toda?

Apenas por uma noite | TaejinOnde histórias criam vida. Descubra agora