(João)Ainda estávamos no hospital, um dias antes da Ana chegar, ela apressou um poucos eu retorno, ela embora fosse uma pessoa ruim, ainda gostava dos nossos pais.
— Pai, eu sei que o senhor não quero falar mais sobre isso, mas eu queria lhe pedir uma coisa —.
— João Pedro, nós vamos ter uma conversa bem séria não se preocupe, espere só eu ficar bem, se acha que vai sair dessa história ileso está muito enganado —.
— Eu sei que eu tenho coisas a pagar, mas eu queria lhe pedir pra não fazer nada que prejudique o Luiz —.
— Você tem coragem de proteger aquele vagabundo na minha frente garoto? Depois de tudo que ele fez. Mesmo eu estando nesse estado? —.
— Eu sou tão culpado quanto ele —.
— Não venha se auto mutilar aqui. Me poupe disso. Você me decepcionou, de todas as minhas decepções você foi a pior. Se vitimizar nao vai mudar o que você fez —.
— Eu sei, eu tenho ciência disso. Eu aprendi com meus erros. Eu passei semanas da minha vida me sufocando com essas coisas, apenas para não ouvir essas coisas vindo de vocês —.
— Você acabou prejudicando a todos nós com suas atitudes, você quase fez sei irmão perder a carreira, me hospitalizou, está tirando o sono da sua mãe, e sua irmã... —. Ele não prosseguiu.
— Se quiser eu vou embora —. Digo, é logo em seguida seco as lágrimas que caíam do meu rosto durante essa conversa.
— Não, eu quero que você fique, você me decepcionou, mas ainda assim é meu filho. Dos seus irmãos você sempre foi o mais carinhoso, eu preciso de você nesse momento —.
— Tudo bem pai, só não me trate como se eu fosse um monstro, eu sou humano, e seres humanos cometem erros —.
— João Pedro, você não é um monstro, não fale mais isso, você é meu filho, eu quero o seu bem, assim como eu quero o bem dos seus irmãos —.
— Eu sei pai —. Ele se afastou um pouco para o lado, deixando um espaço para eu me deitar ao seu lado. Me deitei, ele me apoiou sobre seu peito. Ele dormiu. E fiquei assim até que o médico chegou e disse que eu não podia ficar no leito. Então eu saí para comer alguma coisa.
Eu vi o Luiz, ele estava em uma sala fazendo manobras de ressuscitação em um paciente. Ele levantou a cabeça momentaneamente, me viu mas logo em seguida voltou sua atenção ao que estava fazendo. Haviam se passado três dias desde aquela conversa. E mesmo assim eu ainda eu não conseguia esquecer.
Comprei meu lanche e voltei para o quarto do meu pai, eu só sairia de lá quando ele fosse de volta para casa. Ele acordou e falou:
— Filho vai para casa, você tem escola amanhã, sua mãe vai ficar aqui comigo —.
— Não pai, eu quero ficar aqui, deixa eu ficar aqui por favor —.
— Eu vou ficar bem, vou mandar seu irmão te levar para casa dele —. E assim ele fez, no fim do plantão do Gabriel, ele me levou para sua casa, no corredor passamos pelo Luiz, segurando alguns prontuários, quando Gabriel o viu ele colocou a mão sobre o meu ombro, como se quisesse me proteger dele e impedir que ele chegasse perto. Luiz apenas passou direto, apenas me olhou rapidamente, seu rosto já estava bem melhor.
— Não precisa ficar assim na defensiva —.
— Precisa sim, não ver todo o mal que ele nos causou? —.
— Já conversei com ele, ele não vai mais se aproximar de mim —.
— Você se encontrou com ele de novo? —.
— Eu apenas quis conversar com ele expor os fatos —.
— Ah meu Deus, você também não ajuda não é garoto —. Entramos no seu carro.
— Eu só não quero que vocês fiquem tratando ele como se ele fosse o monstro que veio destruir nossa família perfeita —.
— Ele é uma pessoa horrível João —.
— Ele disse que me ama! —. Gabriel olhou para mim rapidamente depois voltou sua atenção para a estrada.
— Eu sei que é difícil para você ouvir isso, mas é a verdade, ele não quer brincar comigo, ele quer algo a sério, bem a sério, ele vem querendo isso há muito tempo —.
— Eu sei disso, acha que eu não sei que ele gosta de você? —.
— Então para de tratá-lo feito um monstro, e aceita que eu tenho tanta culpa quanto ele nessa história —.
— Eu só quero te proteger, eu não quero que a Ana te machuque como ela fez comigo —.
— Gabriel, eu quero que você viva sua vida sem se preocupar comigo, eu sou adulto eu sei lidar com meus problemas, não vai ser a Ana quem vai me fazer viver com medo —.
— Se você está pensando João Pedro que nos vamos te apoiar nesse envolvimento com o Luiz você está muito enganado —.
— Eu não tenho envolvimento com o Luiz, não estou pedindo apoio de vocês para isso, estou apenas pedindo que parem de tratá-lo como se ele fosse uma pessoa horrível. Ele é seu amigo, ele te protegeu da cadeia, mesmo você tendo destruído o rosto dele. Ele te ama como se você fosse o irmão dele —.
— E mesmo assim foi capaz de me esfaquear pelas costas, quase destruiu minha família, quase matou meu pai —.
— Eu também estou envolvido nisso, quer dizer que eu quase matei nosso pai é isso? —.
— Eu não estou dizendo isso, mas não lhe cause mais dor e decepção do que já causou, ele merece viver com um pouco de paz —.
— Eu vou ser o filho que eu sempre fui. E espero que eu não deixe de ser para ele. Nem quero que você deixe de ser o irmão que sempre foi para mim —.
— Não vai ser o Luiz que vai fazer você deixar de ser meu irmão —.
CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO
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O Dono do Meu Corpo [+18]
RomantiekJoão Pedro é o caçula, muito amado pelos pais, ele vive uma vida tranquila, até que o namorado de sua irmã aparece em sua casa e... E-book completo no link abaixo: O dono do meu corpo https://a.co/d/5TnR9ru