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Tudo parecia estar em câmera lenta. Quando vi aquela bala vindo em minha direção, eu automaticamente tirei minha pistola da cintura e me joguei sobre a Gisele.

Atirei contra o JG e obtive sucesso ao atingi-lo.

O problema foi quando comecei a sentir uma queimação e uma dor intensa.

Ainda embaixo de mim, Gisele notou que fui atingida. A mesma começou a chorar e chamar meu nome, porém eu não ouvia mais nada, apenas um enorme “piii” infinito.

Rolei para o lado saindo de cima da Gisele, olhei para o lado tentando encontrar o Martin, mesmo sentindo aquela dor absurda a minha mente só citava o nome dele.

Senti o gosto de ferro em minha boca, minha visão ficou turva, mas mesmo assim, sentindo minhas forças indo embora eu só procurei pelo Martin, me certifiquei que nenhum dos tiros foi nele.

Afinal, após os primeiros tiros serem trocados entre mim e o JG, começou uma chuva de bala.

Quando meus olhos lhe alcançaram, vi que o mesmo estava deitado no chão com as mãos na cabeça, evitando ser alvo dos tiros.

O tiroteio durou alguns minutos, eu sei que a troca de tiro cessou quando o Martin levantou-se e nos procurou com o olhar.

Nossos olhos se encontraram e os deles se arregalaram, só consegui o ver correndo em minha direção, e essa foi minha última visão antes de tudo escurecer.

[...]

Não conseguia mexer meu corpo, tudo doía muito, senti uma enorme tontura ao abrir lentamente os olhos.

Eu estou com muito sono, não sei onde estou e muito menos o que aconteceu comigo.

Senti uma pressão em minha mão e logo percebi que tinha alguém a segurando. Quando minha visão focou, percebi que se tratava do Martin, o mesmo segurava minha mão e estava com a cabeça apoiada da cama, na cama hospitalar...

Me permiti olhar ao redor e só aí notei vários aparelhos na sala e vários fios grudados em mim.

Levei minha outra mão para os cabelos do Martin e acariciei, ele pareceu acordar, o que me faz pensar que ele está a bastante tempo ali comigo.

Tentei falar, porém minha garganta está seca o suficiente para não sair nenhum som dela.

Visto isso, o Martin levantou-se e foi até o bebedouro no canto da sala e pegou água em um copo descartável.

Vi em seu braço um adesivo, aqueles adesivos que colocam após tirar sangue.

Os últimos acontecimentos atingiram minha mente e eu arregalei os olhos, passei minha visão por todo o corpo do Martin vendo se possuía algum machucado e visivelmente estava tudo bem.

Ele levantou minha cabeça e colocou o copo descartável na minha boca, bebo toda a água do copo e só assim consegui falar.

-O que eu estou fazendo aqui?

-Você levou um tiro, esqueceu?

-A Gisele...

-Está tudo bem com a minha mãe, fique tranquila, o foco é você!

Suspirei.

-Não sei como te agradecer, na verdade eu gostaria de te chamar de louca em todas às línguas existentes!- Martin falou baixinho após agarrar minha mão novamente.

-Por quê?- Minha voz ainda está rouca e sonolenta.

-Você tem noção do que fez? Sara, você levou um tiro, ainda por cima protegeu minha mãe de ser atingida... Você...

MINHA SEGURANÇA • SÉRIE SEGURANÇAS ÚLTIMO LV2 Onde histórias criam vida. Descubra agora