37 - O Dumbo e a Dumba são tão bonitinhos!

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Respeitável público
Um show tão maluco, essa noite, vai acontecer aqui
A gente vai armar um circo, um drama com perigo
E nessa corda bamba, quem vai caminhar sou eu
Gloria Groove - A Queda

— Kiyomi, abre a porta! — Draken gritou, enquanto batia na porta com força. Sendo assim, Kiyomi e Mikey foram acordados.

Ela deu um pulo de sua cama, ouvindo Ken-chin bater na porta incessantemente. Seu irmão tinha essa mania insuportável de bater até que Kiyomi abrisse, sem se importar se ela estava dormindo ou não.

— Levanta! — ela sussurrou, sacudindo Mikey. Ele abriu os olhos preguiçosamente, analisando o lugar sem entender a agitação de Kiyomi — O Ken-chin tá na porta! Levanta, porra!

Kiyomi empurrava o Mikey sonolento em direção a porta do guarda-roupa, enquanto ele ainda não compreendia exatamente o que estava acontecendo.

— Kiyomi! Café da manhã! Vamo logo!

— Calma! — ela gritou, empurrando o corpo molenga de Manjiro para dentro do armário — Eu tô pelada!

Assim que ela fechou a porta atrás dele, ela rapidamente chutou as botas dele para debaixo da cama e juntou as poucas roupas que encontrou, jogando-as no mesmo canto em que suas próprias roupas estavam. Ela passou os olhos rapidamente pelo quarto, ainda ouvindo o som incessante das batidas de Draken, ela agradeceu por seu quarto sempre estar bagunçado.

Seria difícil que ele visse qualquer rastro de que Manjiro estava ali em seu armário.

— Sabe que você não nasceu de seis meses, né? — ela reclamou, enquanto abria a porta — E você não tem que ficar batendo na minha porta para eu ir tomar café, Ken-chin!

Ele estava parado na porta e encarava Kiyomi como um pai encara sua filha adolescente.

— Se eu não faço isso, você se atrasa todos os dias, ou então não acorda, ou não vai tomar café — ele respondeu, cruzando os braços. Kiyomi revirou os olhos, saindo do quarto e fechando a porta atrás de si, mentalmente ela contava que Mikey não fosse um idiota e saisse daquele quarto em breve.

— Vai a merda, Ken-chin!

Os irmãos caminharam em direção a cozinha, onde encontraram Emma, que tinha um sorriso doce na mesa de café da manhã. Eles se sentaram juntos à mesa, fizeram um agradecimento e então começaram a comer juntos.

Poucos minutos se passaram até o som da campanhia ser ouvido por eles.

— Há essa hora? — Emma perguntou, franzindo as sobrancelhas. — É dos grupos religiosos?

— Ah não — Kiyomi revirou os olhos — Querem que eu espante eles?

Na semana passada, um grupo religioso veio visitá-los de manhã para pregar sobre a crença deles. Kiyomi não tem problemas com religiosos, então declarou que não deseja conhecer sobre a religião educadamente nos primeiros momentos da conversa, entretanto eles continuaram tentando convertê-la.

Eles saíram correndo quando Kiyomi assumiu ser filha do pecado de uma prostituta e rosnar como se estivesse possuída.

Quando contou para Draken, ele brigou com ela, porém ela tinha certeza que eles iriam ficar bem longe daquela casa por muito tempo.

— Não! — Draken respondeu rapidamente, levantando-se da mesa — Eu vou!

Ela deu de ombros, enquanto Draken sumia da vista deles. Kiyomi e Emma continuaram comendo em silêncio, até que ouviram a voz de Draken e de uma segunda pessoa, e logo em seguida passos animados pelo lugar.

Pirulito de CerejaOnde histórias criam vida. Descubra agora