Ana Clara
- Oi. - Ele sorriu fraco e adentrou o quarto, vindo em minha direção, deixando um beijo em minha testa.
- Oi. - Sorri.
- O que aconteceu? - Ele perguntou.
- Acordei a noite um pouco mal e vim pra cá. - Eu disse amenizando o acontecido. - Queria me despedir de você antes da viagem.
- Tava' em casa arrumando as coisas, vim assim que recebi a ligação. - Ele disse. - O voo é daqui 2 horas.
- Você já devia estar indo então. - Segurei sua mão. - Desejo muita sorte pra vocês, tenho certeza que vão ganhar.
- Vou sentir sua falta lá.
- Vou torcer por você daqui. - Falei calmamente. - Eu não estou tendo a oportunidade de estar com você nessa, mas na próxima quem sabe.
O encarei seriamente e então falei algo que estava entalado:
- Me prometa - Comecei - Me prometa que se alguma coisa acontecer, não vai perder sua dedicação pelos jogos, você precisa continuar.
- Larga de falar besteira. - Ele pareceu perder a postura que ainda lhe restava e tentou deixar a situação menos tensa.
- Estou falando sério, Antony.
- Nada vai acontec-
- Me promete? - O interrompi aumentando o tom.
- Prometo. - Ele cedeu. - Mas não quero que você pense assim, você não vai morrer Ana Clara.
Assenti.
- Faz muito tempo que não me sinto tão conectada a alguém, então algo acontecendo ou não, quero que você saiba que você foi meu primeiro amor depois de tantos anos. - Mantive meus olhos firmes nele a todo momento enquanto eu falava. - Você me fez querer viver ele de novo, mesmo sabendo que seria tão cansativo lutar pra amar alguém sabendo que a qualquer momento eu poderia receber a notícia de que vou morrer.
Meus olhos se encheram de lágrimas mas tentei contê-las para não deixar aquilo ainda mais dramático.
- Eu te amo muito, Ana Clara. - Foi sua vez de falar - Mais do que uma vida, então se alguma coisa realmente acontecer... vou te amar além daqui.
- E eu vou te amar de onde eu estiver.
Seu celular bipou e Antony deu uma rápida olhada.
- Precisa ir? - Perguntei e ele balançou a cabeça afirmando. - Pode ir, não vou estar no estádio mas vou torcer tanto quanto.
Antony curvou-se e deixou selinhos divididos entre minha testa e em meus lábios.
- Eu te amo. - O mesmo disse antes de se ajeitar de pé.
- Eu também te amo. - Falei.
Em nenhuma momento de seu caminho da cama até a porta, Antony teve coragem de dar as costas para mim. E depois de muito custo, ele conseguiu se retirar do quarto.
Aquela sensação era horrível, a sensação de me despedir de alguém importante sem saber se vou estar viva quando ela voltar.
[...]
Passei cerca de 30 minutos analisando cada canto do ambiente. Preferi não avisar que ele havia ido embora, precisava de um tempo sozinha.
Ouvi 3 batidas na porta seguidas de um "Posso entrar amor?" Era minha mãe.
- Pode!
- Por que não avisou que ele já foi? - Ela perguntou se sentando á poltrona ao lado de minha cama.
- Queria ficar sozinha um pouco. - Expliquei.
- E como foi?
- Dramático. - Eu disse seguido de um riso fraco. - Odeio despedidas, ainda mais nessas circunstâncias.
- Eu sei filha, mas você vai ficar bem, ele vai voltar e vocês vão ficar bem.
Soava tão ridículo, eu não queria ser consolada pelas pessoas tentando me convencer de que vou ficar viva, ia totalmente contra a realidade em que eu estava vivendo. Eu não queria deixar meus pais aqui, sendo a única filha deles, não queria deixar o Antony, sendo a primeira e única pessoa que amei depois de descobrir que o amor não funcionava como nos filmes.
- E você tem uma visita importante... - A mesma disse, me tirando do transe.
Seguido de sua fala, a porta se abriu e Raissa se pôs dentro do quarto.
- E aí amiga. - A loira falou enquanto encostava a porta cuidadosamente. - Como você tá'?
- Ótima, já podemos ir pra uma boate chique pra beber. - Ironizei e a mesma riu. - Só preciso escolher minha roupa porque essa aqui tá' muito brega.
Falei me referindo a camisola hospitalar.
- Você não muda nunca. - Ela gargalhou. - Não que isso seja negativo.
- E como você tá' indo? - Perguntei.
- Briguei com o Gian. - Ela falou e a encarei confusa. - Mas fora isso, tô' bem.
- Porquê? - Me referi ao que ela havia dito sobre a briga.
- O querido achou que ia sair sem nenhuma e qualquer satisfação e disse que eu não tinha nada haver com onde ele ia ou deixava de ir. - A mesma disse em tom de indignação. - É mole isso? Esses americanos são muito mal acostumados.
Era incrível como Raissa tinha um talento único de me fazer sentir como se eu estivesse em casa, deitada em minha cama enquanto ela me conta sobre as fofocas de sua vida.
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Oi mores 🤗🤗
Hj to nessa vibe: 😭😞🥺😢 Odeio despedidas tb Clarinha 💔💔
Q dó dela e do Antony gente mds, porque a vida tem q ser assim tão cruel 😭😭😭😭😭
Raissa como sempre nunca erra, isso ai molier!!! Homem tem q se por no seu lugar 👏🏻👏🏻
Falando nisso, Q AMIZADE LINDA DELAS MDS Q BESTIES MARAVILHOSAS QRO SER AMIGA DELAS 😵😵🌃😓💘😻📍😤😻😞😆🥹🥹😻😆😵🌃🥱😞😁😡💘🌃👀🌅😤
Ana Clara eu acho é bom vc se manter firme e forte até o Antony voltar se não acabo com o resto da sua raça q sobrar 😡😡
Espero que estejam gostando, aproveitem p deixar os feedbacks aqui e não se esqueçam de votar que me ajuda muito!! Beijocass 💘
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𝐒𝐔𝐌𝐌𝐄𝐑𝐓𝐈𝐌𝐄 - Antony Santos
Fanfiction𝗢𝗻𝗱𝗲 - Ana Clara e seus pais resolvem passar suas férias de verão no Rio de Janeiro, onde acaba conhecendo alguém que se torna extremamente importante na vida da garota, mas que são separados contra suas vontades pelo destino com um final nada c...