E tudo o que S/n queria era ter uma vida comum, com um passado sombrio ela tenta recomeçar em Tóquio, mas o que não esperava era que um líder de uma gangue tão temível ficasse de olho nela e para a sua surpresa ele tentaria ter você a qualquer custo...
Depois que saí da casa da Yuzuha, pude respirar um pouco. Não vou falar sobre isso com ela, até porque não quero envolver minha amiga nisso. Fui caminhando pensativa até a casa do meu pai, precisa saber o que aconteceu.
Quando cheguei vi ao longe meu pai me esperando na porta de casa, soltei um fraco suspiro e lhe abracei fortemente.
— Como isso foi acontecer? — perguntei mantendo meu olhar sobre ele.
— Sinceramente ela me pegou desprevenido — disse meu pai respirando fundo.
Entramos dentro de casa e me sentei no sofá, Mary está no andar de cima cuidando do pequenino.
— É bem o jeito dela mesmo — disse revirando meus olhos. — Só que nunca pensei que ela iria fazer isso!
— Ela quer ganhar pensão, tendo você morando com ela e acho que ela soube da sua herança — disse meu pai respirando fundo. — E eu deixei tudo certo com os meus advogados sobre isso, que quando você fizesse dezoito anos iria usufruir da sua herança, mas ela tendo sua guarda. Ficou complicado, porque ela terá metade de tudo isso.
— Você colocou essa condição na herança? — perguntei tentando me manter calma.
— Sim — respondeu meu pai suspirando pesadamente. — Apenas porque tendo sua guarda, isso não iria fazer nenhuma diferença. Até porque você iria pegar toda a sua herança, agora com isso tudo. Eu tentei conversar com o advogado, mas ele disse que para mudar as condições da herança, iria demorar algumas semanas ou até meses.
Concordei respirando fundo.
— Então preciso ficar bem longe dela — disse pensativa.
— É um ponto — disse ele sorrindo levemente. — Você não pode se encontrar com ela novamente.
— Kisaki disse isso também — disse suspirando levemente, meu pai me encarou com um leve sorriso.
— Ele sempre está por perto — disse meu pai. — Parece que sabe o que pode acontecer.
— Querendo ou não, ele sabe o que eles são capazes de fazer — disse segurando com firmeza na almofada. — Mesmo que ela seja minha mãe, ainda assim foi uma vagabunda por não ter ficado do meu lado, quando eu mais precisei. Eu não tive apoio dela e então foi onde tudo aconteceu, sinceramente se não fosse pelo Kisaki. Eu não sei o que teria acontecido......
— Você não tem culpa de nada — disse meu pai me abraçando e fazendo um carinho no meu cabelo. — Tente ficar um tempo longe, vou fazer uma viagem em família. Assim, Susan não terá como nos encontrar. Tente ficar bem longe da vista de sua mãe e daquele babaca, consegue fazer isso?
Concordei com um leve sorriso.
— Aproveita bastante a viagem — disse sorrindo.
Meu pai sorriu de volta e fez um leve carinho na minha mão.
— Isso tudo vai acabar — disse ele verdadeiramente. — É só questão de tempo para eles decidirem ir embora.
Concordei e ficamos conversando mais um pouco, mas eu tinha que ir embora. Me despedi de todos e voltei direto para o apartamento do Izana, demorei um certo tempo para chegar no local. Quando cheguei vi ao longe Kisaki, respirei fundo.
— Vai ficar de vigia? — perguntei encarando ele com um certo deboche.
— Provavelmente — respondeu ele no mesmo tom, revirei meus olhos com tudo. — Izana ficou esperando você, digamos que ele está lá em cima querendo falar com você!
— Ah tá bom — disse respirando fundo.
— Achei que iria apenas para a casa da Yuzuha — disse Kisaki cruzando os braços. — Demorou um tempo para voltar, não é tão longe quanto achei que fosse.
— Eu resolvi passar na casa do meu pai — disse respirando fundo.
— Isso foi arriscado — disse Kisaki sério.
— Eu sei porra — disse sem nenhuma paciência. — Só que eu precisava saber o que tinha acontecido.
— E conseguiu? — perguntou ele.
— De certa forma sim — disse respondendo sua pergunta, ele ficou esperando até que eu respondesse. — Acho que ela só está fazendo isso por conta da minha herança, meu pai resolveu mudar um pouco os termos para que eu pudesse viver em boas condições no momento em que completasse dezoito anos, infelizmente como ela descobriu eu não tenho a mínima ideia. Só que olhando para tudo isso, talvez ela tenha conversado com o advogado da família.
— Só que ele não devia.....
— Realmente não devia — disse lhe cortando —, mas ele também é advogado da minha mãe. E sem falar que ambos tem uma ótima relação, então já imagino o que ela fez. Manipulou até conseguir o que queria, não imagino o menos dela.
— Vadia como sempre — disse Kisaki bufando de raiva. — Ela não mudou mesmo, então é melhor ficar bem longe da vista dela.
— Meu pai também disse isso — disse lhe encarando. — Meu pai vai fazer uma viagem em família, não sei para onde e com certeza ele vai para outro país.
— Bom, isso já é bom — disse Kisaki passando as mãos em seu cabelo. — Agora você precisa ficar de olho, não tente sair sem ter alguém pra estar ao seu lado e não seja burra ao ponto de acreditar em tudo que aquela idiota falar.
— Relaxa Kisaki — disse sorrindo gentilmente. — Não sou idiota a esse ponto, mas sendo sincera não vou me arriscar dessa forma!
— Sinceramente eu tenho minhas dúvidas — disse ele.
— Olha, o papo está bom, mas estou subindo — disse passando por ele, mas Kisaki segurou meu pulso com tudo.
— Tenha cuidado porra! — disse ele revirando seus olhos. — A merda que acontecer deixa a porcaria do celular em algum lugar, já que tudo pode acontecer com você!
— Assim você me magoa — disse rindo logo em seguida. — Se caso venha acontecer alguma coisa, relaxa que você irá atrás de mim!
Kisaki apenas revirou seus olhos e então soltou meu pulso, fui caminhando até o elevador. Entrei e esperei pacientemente até o devido lugar, quando a porta se abriu fui direto para a cozinha. Izana está sentado olhando para o nada.
— E como foi lá? — perguntou Izana direcionando seu olhar sobre mim, sorri em sua direção e sentei em seu colo. Izana me abraçou fortemente, enquanto bebia uísque.
— Foi bom — disse sorrindo. — Depois resolvi ir na casa do meu pai, queria ver como ele estava.
— Ah, que bom — disse Izana sorrindo. — Kisaki está lá embaixo?
— Até onde eu vi, estava sim — disse lhe encarando —, mas não sei se ele ainda está por lá!
Izana concordou e ficou beijando meu pescoço, enquanto eu bebia uísque, mas aquela conversa com meu pai. Se isso for realmente possível, ela virá atrás de mim em qualquer momento. Observei Izana fazer um carinho em meu ombro e naquele momento vi que ele precisa saber, mas naquele momento eu não tinha intenção de contar nada para ele.
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