Mais um outono chega, e com ele mudanças na vida da jovem britânica de 17 anos, Nancy Moore, que precisará se adaptar com o novo intercambista que passará 6 meses em sua casa. Porém, a ruiva não imaginava quem seria o hóspede
Apoiei a minha cabeça nos travesseiros macios, sentindo a coberta aquecer e relaxar todo o meu corpo. Porém, foi praticamente impossível conseguir pregar meus olhos, mesmo que a exaustão me perseguisse.
Minha mente estava a mil por hora, repleta de dúvidas e mais dúvidas. Assisti novamente todos os acontecimentos da noite no mínimo umas dez vezes, me questionando se Payton realmente iria me beijar naquela hora e se fosse, como teria sido.
Só de lembrar que estive tão perto daqueles pares de olhos cor de mel e que aquele lindo sorriso estava sendo totalmente direcionado a mim, borboletas dançavam em meu estômago.
Perguntava-me se tal ato proibido, devido as regras do seu intercâmbio, era um desejo do americano ou ele apenas se deixou levar pelo clima.
Meu coração suplicava para que Moormeier quisesse de fato unir nossos lábios, mas meu cérebro o calava, dizendo que eu deveria esquecer o que não aconteceu.
Me remexia inquieta no colchão, tentando descobrir uma forma de apenas desligar-me do mundo e de meus próprios devaneios.
Porém eu sempre voltava para onde não deveria, relembrando todas as sensações que percorreram o meu corpo apenas com o toque suave do intercambista contra minha bochecha.
Por sorte, não precisei esperar muito para que o cansaço me vencesse, me permitindo mergulhar em meu sono mais profundo, rezando para que o dia seguinte não fosse sufocado por um clima constrangedor.
[...]
O filme que era reproduzido na televisão não conseguiu prender nem um pouco da minha atenção, mesmo que meus olhos permanecessem grudados na tela em minha frente.
Seu perfume masculino parecia ter se tornado mais atraente e me deixava completamente tonta, mesmo estando distante de mim.
Sua presença agora era ainda mais marcante e eu me esforçava ao máximo para demonstrar que nada da noite passada havia alterado algo em nossa amizade.
Porém, era totalmente impossível impedir minha mente de viajar nos "e se..." que pareciam me assombrar desde então.
Através da janela que era responsável por iluminar a sala de estar durante o dia foi possível ver os últimos raios de sol se despedirem, sinalizando o fim de mais um domingo à tarde na Inglaterra.
A brisa que entrava dentro de casa era gélida e eu desejava que ela levasse minhas dúvidas e pensamentos consigo.
— Alguém vai querer mais pipoca? — questionei a minha família que, diferente da minha pessoa, pareciam aproveitar cada segundo do longa metragem.
Mason confirmou com a cabeça e caminhei até a cozinha, ligando nossa pipoqueira na tomada. Acredito que eu estava tão distraída que nem tinha notado que alguém havia seguido meus passos.
Meus olhos se perderam naquele castanho tão intenso, aquele que perseguia meus pensamentos desde o primeiro dia que os conheci.
— Nancy, será que podemos conversar? — sua voz rouca saiu em um tom baixo, porém não chegava a ser um sussurro.
Murmurei uma afirmação, me sentando em uma das cadeiras, encarando os milhos recém estourados como se fossem a coisa mais fascinante do mundo.
— Ei, olha para mim — sua mão macia foi de encontro ao meu queixo, virando meu rosto delicadamente em sua direção. Seu toque queimava como fogo e eu temia que pudesse ouvir meu coração acelerado — Por que está tão estranha? Nem nos falamos direito hoje.
— Não estou — disse engolindo em seco, me sentindo uma tola por estar agindo de maneira tão infantil por algo que nem aconteceu — Acho que é impressão sua.
Moormeier abriu e fechou a boca algumas vezes, demonstrando que queria falar algo, porém logo desistiu e balbuciou um "que bom então", voltando para onde minha família estava e me deixando sozinha.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Oi genteee, não acredito que as aulas já voltam depois de amanhã 😵💫😵💫😵💫 não esqueçam de avaliar e comentar oq estão achando
