Mais um outono chega, e com ele mudanças na vida da jovem britânica de 17 anos, Nancy Moore, que precisará se adaptar com o novo intercambista que passará 6 meses em sua casa. Porém, a ruiva não imaginava quem seria o hóspede
As estradas vazias de Brighton ganhavam uma fraca iluminação da lua e de alguns postes. Mesmo não sendo tão tarde, a cidade parecia deserta aquela hora da noite.
O silêncio pairava no carro, onde apenas o leve barulho do ar condicionado podia ser escutado. Minha inquietação era notável, tentava entender o porquê do americano estar com um humor tão desagradável.
Segurei o braço musculoso do garoto, o impossibilitando de descer do veículo assim que chegamos em casa. Suas pupilas se fixaram nas minhas, porém logo desviam, fitando o banco de couro.
— Ei, pode me explicar o que aconteceu? Você ficou estranho do nada — o questionei, ainda o segurando.
— Não estou estranho — até o próprio Payton parecia não acreditar em sua resposta esfarrapada.
Ao ver que eu não havia acreditado em sua desculpa, Moormeier solta um suspiro longo, passando as mãos em seus sedosos fios castanhos claros.
— Eu fiz algo que te chateou? — confesso que temi que o garoto confirmasse minha suposição.
Porém, no mesmo instante que ouviu o que eu disse, o moreno me encarou como se eu fosse doida e pude ver um leve sorriso de canto de formar, porém era quase imperceptível.
— Não, claro que não Nancy — sua voz grossa me tranquilizou. — Na verdade eu também não sei porque estou assim — admitiu. O intercambista parecia querer dizer algo, porém sempre desistia antes mesmo de falar uma frase. — É só que o Cameron estava se exibindo mais do que o normal, você não viu o jeito que ele foi se gabar para você?
Não foi necessário que o americano dissesse mais nem uma palavra sequer e um sorriso surgiu em minha face ao perceber o que estava rolando.
— Você está com ciúmes, Moormeier? — perguntei com uma de minhas sobrancelhas erguidas e uma expressão divertida no rosto.
— Que? Eu não — o tiktoker negou quase que instantaneamente e não pude controlar uma gargalhada sincera ao ver suas bochechas mais vermelhas que um tomate.
— Você está sim — disse convencida, o lançando uma piscadela — Você não consegue disfarçar.
Uma de suas mãos pousou em minha coxa, apertando o local levemente enquanto se aproximava mais.
Seu perfume masculino adentrou em minhas narinas, trazendo aquela montanha russa de sentimentos à tona.
— Talvez eu esteja, mas é só pouquinho — Payton confirmou minhas suspeitas sussurrando baixo em meu ouvido, fazendo com que meu corpo inteiro reagisse — Mas não se ache por isso, ok? — seu tom de provocação o tornava ainda mais irresistível.
— Então quer dizer que Payton Moormeier está com ciúmes de mim? — Perguntei em um tom convencido, fazendo com que o americano revirasse os olhos, porém com aquele lindo sorriso.
— Cala a boca — foi a última coisa dita pelo moreno antes que selasse nossos lábios.
Seu beijo calmo parecia me deixar em transe, dando a sensação que apenas nos dois existíamos nos mundos.
Sua mão segurava o meu rosto delicadamente, fazendo carinho em minha bochecha como se fosse a pessoa mais frágil do mundo.
O intercambista pediu passagem para língua, aprofundando o beijo. Cruzei meus braços em volta do seu pescoço e desejei que o tempo parasse, que aquele momento não chegasse ao fim.
Meus dedos passeavam em seus fios castanhos e meu coração estava tão acelerado que temia que Payton pudesse ouvi-lo.
— Você me deixa louco, ruivinha — falou enquanto distribuía beijos molhados em toda a extensão do meu pescoço, me fazendo suspirar com o ato.
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