Flamingos e Crocodilos | One Piece

𝑴𝒂𝒓𝒆 𝑻𝒖𝒓𝒃𝒖𝒍𝒆𝒏𝒕𝒂

Recomendação de música: Tempo Perdido - Capital Inicial

Crocodile 🐊

Separo as fatias de peixe para servir Valéria, a lontra da Vênus.

Aparentemente essa última missão dela seria muito perigosa e era melhor a bichana ficar no QG.

Vejo a pequena se alimentar, ao terminar ela me olha satisfeita e volta para sua banheira.

Lembro-me de se sentir inveja dela em Alabasta. - Rio do pensamento. - Eu tive inveja de uma lontra por ela poder viver entre os cachos de Vênus e sempre colada ao seu pescoço.

- Satisfeita menina? - Me aproximo da água e a faço um leve carinho na cabeça, que corresponde se esfregando contra meus dedos. - Que bom, logo sua dona volta.

A deixo ali e saio do quarto da ruiva. Alguns colegas tiraram sarro quando descobriram que eu estava encarregado de cuidar do bichinho de estimação da comandante.

Mal sabem eles que eu faço isso pq é o bichinho da minha namorada e não por ela ser minha superior.

Na primeira vez que tentei carinhar Val, levei uma mordida na mão. Mostraria a cicatriz para provar mas, perdi a mão esquerda faz um tempo.

Mês passado, Vênus me deu um gancho que era possível usar veneno. Fico encantado com a forma que essa mulher se importa comigo.

Estou começando a me acostumar a te-la do meu lado, e pela primeira vez na vida, sinto medo de perder essa felicidade.

Percebo uma multidão nas docas do QG. Usando de minha altura, me aproximo e vejo o que está acontecendo.

- Ela acabou de voltar de missão! - Uma voz feminina diz.

- É a primeira vez que vejo a comandante tão ferida assim! - Escuto um homem dizer.

- Parece que o barco que ela tava foi explodido pela marinha, enquanto fugia. - Uma terceira pessoa especula.

- Sério? Achei que ela tinha explodido um quartel que fazia experiência com crianças. - Alguém fala.

Encaro o grupo de pessoas, de quem eles estão falando??

Vênus não seria gravemente ferida? Seria? Ela é forte.

Enquanto tento me separar da multidão, sinto alguém tocar no meu braço.

Hack, o homem peixe que ensina a arte da luta.

- Não é ela, certo? - Pergunto baixo.

Sua mão aperta com mais força meu braço.

- Venha comigo ate a ala médica. - Pede.

Engulo em seco e apenas deixo o homem me guiar.