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Você e Pedri tinham acabado de chegar no clube. Após o triunfo do Barça, eles se organizaram com alguns companheiros para comemorar juntos. Porém, poucos minutos depois de sua chegada, enquanto Pedri conversava com Raphinha, Pablo Gavi havia roubado você de seus braços.
Agora você estava conversando confortavelmente com o menino, que a cada poucos segundos baixava a vista para olhar seus lábios. Pedri odiava o ciúme moribundo, odiava sentir ciúme de qualquer humano que te enfrentasse e tivesse o direito de flertar com você, na frente dele. Porque ele não teve coragem de deixar você saber seus sentimentos. Infelizmente, vocês não eram nada além de melhores amigos. Pelo menos, ele pensou que você não o via como nada além de amigos.
Alguns minutos depois, você voltou para ele e notou que algo estava acontecendo com Pedri. Algo estava errado com ele. Ele te abraçou, um pouco mais do que o normal.
── O que há de errado, Pepi?
Ele sorriu para você ── Só estou cansado, guapa.
── Você já quer ir para casa? ── você havia chegado ao clube há cerca de dez minutos, mas entendeu que depois de um jogo e daquele esgotamento de energia, ele pode estar cansado demais para ficar.
── Não, vamos ficar.
Alguns minutos depois, quando o ciúme de Pedri havia desaparecido, Gavi voltou como um cachorrinho perdido, em sua busca. Vocês dois conversaram e riram. Pedri odiava pensar que alguém era mais engraçado do que ele aos seus olhos. Pedri foi quem esteve ao seu lado desde sempre, vocês foram melhores amigos desde a infância. E em algum momento, quando ele menos pensou nisso, começou a desenvolver sentimentos por você. Ele estava apaixonado por seu melhor amiga, por mais irônico que pareça.
E talvez, agora mesmo, ele estivesse com ciúmes de novo. Por que você não sentia o mesmo que ele? Tudo seria tão mais fácil se ele não fosse um covarde, que tinha tanto medo de perder sua amizade.
Pedri esperou uma hora inteira e decidiu que estava cansado e não estava gostando da festa. Como foi ele quem trouxe você para o clube, ele se aproximou de você para avisar que estava saindo.
── Eu vou com você, Pepi.
Vocês dois se despediram de seus amigos, embora ele tenha notado a forma como Pablo beijou sua bochecha e sussurrou algo em seu ouvido. Pedri abriu a porta do carro para você. Você se sentou no banco do passageiro, ouvindo música a caminho de seu apartamento. Você o convidou para entrar, porque já era tarde e seu lugar era o mais próximo. Era comum Pedri dormir no sofá e acordar na manhã seguinte, com um café da manhã feito por você. Vocês eram melhores amigos, afinal.
Você não teve tempo de acender todas as luzes da sala, quando Pedri a confrontou.
── Eu não posso mais fingir. Você merece saber.
── O que há de errado, Pedri?
Você começou a se preocupar.
── Por favor, por favor, apenas me escute.
── Ok.
Ele levou as mãos ao rosto e vocês dois se sentaram no sofá da sala. Algumas luzes ainda estavam apagadas, embora algumas lâmpadas pudessem iluminar as feições do seu melhor amigo. Ele estava nervoso.
── Eu não gosto do jeito que Gavi estava falando com você, eu estava com ciúmes.
── Pedri, você é meu amigo.
── Esse é o problema.
── Você não quer mais ser meu amigo? ── vocês estão confortáveis um com o outro há tanto tempo, perder a amizade dele era o seu pior medo.
── Você é tudo em que consigo pensar.
Você abriu a boca, seu coração parou por um momento. E Pedri continuou falando ── Eu te amo desde a primeira vez que coloquei meus olhos em você, quando éramos crianças.
── Me amando... como um amiga?
Em algum momento, o 'eu te amo' de Pedri mudou o significado. Para ambos.
── Mais do que como amiga.
── Pedro, você não está falando sério.
── Não é tão óbvio o quanto estou apaixonado? Toda vez que alguém pergunta por que estou solteiro, se estou namorando alguém ... só penso em você. É você. Sempre foi você. Estou tão apaixonado por você.
── Pedri…
── E tudo bem se você não sente o mesmo, estou feliz por ser seu amigo. Estou feliz por estar perto de você. Já aceitei a verdade.
── Pedro, cala a boca. Deixa eu falar.
── Bom.
── Achei que você me visse como uma irmã, não mais que isso. Achei que estava imaginando coisas, Pablo me disse isso...
── Oh, Pablo. Eu não gosto dele.
── Ele é seu amigo ── você riu de sua atitude infantil.
── Quer dizer, Pepi, eu sinto o mesmo que você. Não sei quando começou, porque eu nem percebi. Um dia eu pensei que você era bobo e no dia seguinte eu queria ser sua namorada e casar você. Eu era uma garotinha, que não entendia nada do que eu sentia. No entanto, você sempre esteve presente na minha vida. Você é meu melhor amigo, mas eu também te amo. Eu te amo, Pedri.
Pedri Gonzalez não precisou esperar por nenhum outro sinal verde, com tudo o que você lhe havia dito, confirmando que seus sentimentos eram correspondidos. Depois de tanto tempo. Ele agarrou você pelas bochechas e seus lábios se juntaram a você em um beijo doce.
Foi estranho beijar seu melhor amigo, mas depois de sair da vergonha, vocês dois se beijaram como queriam há muito tempo. Docemente, com amor.
── Eu gosto disso, seja lá o que for ── você disse, entre beijos.
Pedri estava realmente apaixonado por você.
── Eu quero poder te chamar de minha.
── Eu sempre fui sua, Pedri. Muito antes de admitir meus sentimentos.
O momento foi abruptamente interrompido quando se ouviu o estômago de Pedri.Você viu a cara dele, ele ficou com vergonha e você riu.
── Alguém está realmente com fome ── suas piadas.
── Devo cozinhar algo hoje?
── Não confio em você com minha cozinha, guapo."
E então vocês dois começaram a cozinhar e se beijar.
