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Bom dia, como vocês estão? Voltei com mais um capítulo para vocês, recompensar o tempo que fiquei parada com essa tradução <3

Se puderem tbm, deem uma olhada nas minhas outras traduções <3 vcs encontram elas no meu perfil.

Boa leitura.

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AVISO: Comentário sensível sobre suicídio, avisarei assim que passar.

— Alguma vez você pensou em acabar com tudo? — Sullivan estava sentada em frente a mim com as mãos sobre a mesa. Meu coração acelerou mais forte ao escutar aquilo. Eu não respondi por um tempo.

— Eu quero me suicidar. — eu finalmente disse levantando o olhar até ela, que não desviou. Aquelas palavras soaram fortes na minha cabeça, ainda mais quando eu disse em voz alta, mas essa era a realidade.

— Não tem porque. — a doutora respondeu, mexendo nervosamente com a caneta.

— Quero fazer. Penso nisso todos os dias, no bem que isso me faria, que eu pararia de incomodar e ninguém se importaria. Mas eu não posso. — terminei baixando a cabeça, pressionando os dedos na parte de trás do meu sapato direito apoiado no meu joelho esquerdo.

— Sua namorada? — eu balancei a cabeça apertando minha mandíbula, uma lágrima escorrendo pelo meu rosto sem que eu sequer sentisse.

— Não posso ser tão egoísta para fazê-la sofrer dessa forma. Não posso. Mas se ela não estivesse... — soltei uma risada, balançando a cabeça, limpando aquela lágrima que se fundiu com a minha pele. — Não estaríamos tendo essa conversa.

AVISO: PODEM VOLTAR A LER NORMALMENTE A PARTIR DAQUI.

— Como vai a escola? — Dra. Sullivan pareceu não se comover com aquilo, ou talvez era parte daquela terapia.

— Eu saí. Vou tentar me formar em março. — dei de ombros um tanto distraída, olhando o quadro do consultório. Era a foto que ela me pediu.

— Isso é ótimo.

— Segundo meu pai, quem se forma assim acaba embaixo de ponte, sendo faxineiro, caixa do McDonalds... — suspirei, passando as mãos no rosto, balançando a cabeça negativamente.

— Olha, vamos fazer uma coisa. Você vai deixar de chamar seu pai de pai. A partir de agora, os chamaremos de Mike. Mike e Clara, Ok? — eu assenti, porque era muito melhor assim. Era melhor não chamar alguém de pai, uma pessoa que me torturava dia a dia.

— Por quê?

— Porque sei que te machuca chamá-lo assim, e porque alguém que trata sua filha dessa forma, não é um pai. — ela disse enquanto anotava algo em seu caderno com o cenho franzido. — O que você irá fazer depois que se formar?

— Não sei, procurar um trabalho, talvez.

— Qualquer trabalho que possa te tirar de casa, te fará bem.

[...]

Mesmo estando na merda, ver Camila sempre me fazia sorrir, por menor que fosse, até mesmo quando estávamos na biblioteca da escola. Os insultos pararam e, se Luis chegasse perto de mim de novo, eu jogaria a bomba da Alexa sobre ele. Mas enquanto isso, Camila estudava com os fones de ouvido e eu com os livros abertos na minha frente.

Nos intervalos de filosofia, eu estudava biologia. E nos intervalos de biologia, eu estudava história E assim por diante, embora eu não estivesse me saindo nada de mal, ou assim eu pensava, eu já tinha gastado três canetas desde que comecei a estudar, e o melhor de tudo, Camila estava tão orgulhosa de mim.

Cold - Português (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora