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Bom dia!

Twitter: @TraducaoCamren

Boa leitura :)

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Lauren's POV

Observei a loira por um momento, demorei um pouco para me sentar à mesa onde ela havia colocado duas xícaras de café, e me sentei em frente a ela. Ela tinha feições polinésias, olhos castanhos intensos e mãos compridas.

— Obrigada, de verdade. Se não fosse por você, eles provavelmente teriam me machucado muito. — eu abaixei a cabeça, porque eu teria feito aquilo por qualquer um.

— Por que eles bateram em você? — eu perguntei franzindo a testa, porque eu não conseguia entender aquilo. Dinah deu de ombros.

— Eu não sei. — ela respondeu simplesmente, tomando um pequeno gole do café fumegante à sua frente.

— O que você estava fazendo lá? — essa pergunta a fez sorrir, mas não de alegria e sim de uma forma triste e irônica.

— Eu moro com vinte e três pessoas em uma casa. Meu pai trabalha o dia todo, eu quase não o vejo, mas ele não consegue sustentar toda a família, e eu não suporto ficar em casa sem fazer nada, então... — ela deu de ombros outra vez, deixando com que eu imaginasse o final.

— Você estava pedindo dinheiro? — Dinah assentiu com a cabeça, seus dedos roçando a borda da xícara, e eu não quebrei o silêncio. Essas situações me tocavam, e junto com o que acontecia com Camila, me fizeram pensar que o que estava acontecendo comigo em casa não era tão sério.

— Eu sinto muito. — eu apenas disse e ela balançou a cabeça, olhando pra mim outra vez. Eu podia ver aquele brilho de tristeza em seus olhos, o que me dizia que havia muito mais sentimentos dentro dela do que aquele sorriso irônico.

— Você não tem culpa.

[...]

— Sim, Sra. Cabello. Não se preocupe, ela chegará bem à escola. — eu disse na porta da casa de Camila, pegando-a pelas mãos para ajudá-la a descer os degraus devagar até ficar na minha frente.

— Espero que sim, tenha um bom dia. — e ela voltou para dentro de casa, enquanto Camila e eu ficamos sozinhas.

— Você está bonita hoje. — eu disse a ela, colocando meu braço em volta de sua cintura para começar a andar com ela, que estava corada com minhas palavras.

— Eu acho que sim. — ela disse, dando de ombros. Ela usava uma trança sobre o ombro direito e, no final do cabelo, estava amarrado com um pequeno laço amarelo. Além disso, ela vestia uma camisa branca que só aparecia a gola e as mangas, pois ela estava coberta por um suéter de lã cor de vinho.

— Você já foi a uma festa? — eu perguntei enquanto saímos de seu jardim.

— Eu não gosto de festas. É muito barulhento e eu acabo sem saber onde estou. — eu fiquei na frente dela pegando suas mãos, observando a delicadeza de seus dedos e acariciando-os lentamente.

— Você já andou de moto ou bicicleta? — Camila franziu o nariz e tremeu, enquanto eu soltava suas mãos. — Você gostaria de fazer isso? Porque é algo que deve ser feito pelo menos uma vez na vida. Você sente o vento bater em seu rosto... enquanto vai acelerando pela estrada e, de repente, nada mais existe. Só existe você, voando no meio do nada e com a sensação de querer ficar ali para sempre, com a brisa no rosto, queimando suas bochechas por causa do frio. Você quer? — minha mão estava em sua bochecha, ela abaixou a cabeça com um sorriso até que assentiu.

Cold - Português (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora