Cold - Português (Camren)

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Boa tarde, eu ainda estou com um probleminha no pulso, descobri uma síndrome do túnel do carpo (traduzindo para quem não sabe, é quando o nervo que passa pelo túnel do carpo é comprimido e causa dores e formigamento na mão, pode ser causado por movimentos repetitivos) então estou levando um tempo para traduzir, por isso a demora.

espero que estejam bem <3

Camila's POV

Lauren passou o dia todo debruçada sobre a bandeja lendo aquele livro, ela parecia uma criança, mas de certa forma era adorável. Seus cabelos estavam castanhos claros, pensei que era por causa da luz do sol que batia diretamente nela, eu nunca tinha notado esse detalhe. Prendi seu cabelo em um rabo de cavalo enquanto Lauren grunhiu e peguei o frasco de colônia derramando em minha mão.

— Laur, não se mexa. — voltou a grunhir novamente enquanto eu passava as mãos em seu pescoço para espalhar a colônia.

— Nãoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo. — disse balançando a cabeça e balançando o dedo enquanto olhava para o livro. — Maal. Mal. — abaixei-me para ver o que havia de errado com ela, olhando para ela com uma careta.

— O que aconteceu? — apontou para o livro com o dedo, batendo com o dedo indicador, olhando para mim. — Há algo errado no livro? — ela assentiu apontando novamente. Era uma frase, me aproximei e li. "Templo de San Pietro in Montorio, de Michelangelo Buonarroti." — Tem erros de ortografia? — ela balançou a cabeça negativamente, batendo o dedo.

— Bra.. Mante. Bramante. — fechei os olhos tentando entender o que ela estava dizendo. O que era Bramante e por que Lauren repetia isso. — Bramante... É... Bramante.

— Quem é Bramante, Lauren? — ela abriu os olhos com um suspiro, apontando para a foto de um modelo na página. Ela apertou os olhos, querendo falar, mas as palavras não saíam. Bateu na tábua de madeira onde estava o livro com um grunhido. — Ei, ei, ei, não importa.

— Bobo. — ela deu um tapa no livro com a testa franzida, me fazendo rir. Ajeitei a cânula em seu nariz, empurrando-a um pouco para trás na cama. — Bramante.

— Bramante. — repeti, dando-lhe um beijo na testa e tirando o livro de suas mãos. — Bramante é o autor, Lauren? — ela negou com a cabeça, os olhos fechados e os lábios franzidos. — É um... Arquiteto? — ela assentiu lentamente, brincando com os lençóis que cobriam suas mãos. — Ele é o arquiteto que fez o templo desta foto? — ela assentiu, abrindo os olhos para olhar para mim, brincando com os lençóis. — Tem certeza que não foi o Michelangelo? Ele também era arquiteto.

— Sim. — ela tinha certeza. Peguei o celular e pesquisei Bramante, e como ela disse, apareceu o templo que estava ilustrado no livro.

— Você é muito inteligente, Lauren.

[...]

Os dias se passaram e a fala de Lauren estava bem melhor, seus dedos ganharam um pouco mais de mobilidade embora ele não se afastasse daquele livro que eu havia comprado para ela. Ela podia ficar olhando para ele por horas sem parar, ela gostava disso. Ela pressionou o lábio inferior com o dedo indicador enquanto pensava, eu não sabia o que se passava em sua cabeça, mas eu realmente gostaria de saber.

— Lauren, não quer montar o quebra cabeça que eu comprei? — ela negou com a cabeça lentamente enquanto me olhava, e logo voltou a olhar para o livro. — Quer desenhar? — ela me encarou por alguns segundos e negou um pouco desajeitada, baixando a cabeça. — Mmh...

Então, depois dessas recusas e percebendo que ela estava obcecada por aquele livro, tirei-o da mesa. Lauren olhou para mim com um bico e eu comecei a ler. Poderia ser interessante se eu a estimula ao fazer perguntas sobre arte.