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Twitter: @TraducaoCamren

Boa leitura

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Lauren's POV

— Você acha que sou uma idiota? Levante-se. Já. — minha mãe gritou da porta, mas a febre, a tontura, a tosse e a dor no peito me impediram. Eu não conseguia me mover, e calafrios percorreram meu corpo enquanto minha mãe batia na porta. Mas eu precisava desesperadamente de um médico, porque eu não conseguia respirar. — Levanta, Lauren! — ela gritou de novo e meu pai enfiou a cabeça para dentro do quarto.

— Lauren levanta, eu não quero mais ouvir sua mãe gritar.

Quase me expulsaram da cama e me levaram de carro para a escola.

— Meu peito dói... — eu disse quase sem fôlego, mas meu pai não respondeu. Tentei respirar profundamente, mas, ao fazer isso, uma forte dor no peito me inundou e eu só pude reclamar na janela.

O frio de Vancouver estava congelante, -5°C naquela manhã, e piorava tudo. Febre, resfriado, dores no peito e tosse me acompanharam enquanto eu caminhava para a escola. Tropeçando, tentando respirar, mas não conseguindo ar suficiente, e enquanto caminhava por aqueles corredores vazios, eu comecei a tossir, colocando a mão sobre a boca. Quando a afastei dos meus lábios, algumas gotas de sangue cobriram a palma da mão e minha garganta estava queimando, coçando, e eu simplesmente não aguentava mais, eu não conseguia respirar.

— Querida, o que há com você? — a enfermeira levantou-se assustada indo até mim, enquanto eu tossia ainda mais forte, e então... tudo escureceu.

[...]

— Você vai ficar bem. — eu ouvi a voz de Camila dizer em um tom baixo, suave, terno, conciliador. Sua mão acariciava minha testa suavemente, e eu sorri um pouco, embora já tivesse saído totalmente dos antibióticos. Pneumonia, disseram os médicos. O resfriado não me ajudou a curar aquela gripe, mas foi tudo culpa dos meus pais. Talvez, apenas talvez, se eles tivessem se preocupado um pouco comigo, comprando os remédios que eu precisava, acreditando em mim e me deixando recuperar por mais alguns dias, eu não estaria no hospital.

Eu abri meus olhos e a vi ali, sentada ao meu lado segurando minha mão, e embora nada de ruim fosse acontecer comigo, ela estava comigo.

Olhei para a porta, que se abria, e vi minha mãe aparecer por trás dela, mas ela não teve tempo de dar um passo quando levantei minha mão, levantando meu dedo indicador, tirando a máscara de oxigênio ao mesmo tempo.

— Fora. — eu disse rouca, tossindo um pouco. — Fora daqui. — eu coloquei a máscara de volta e o médico fechou a porta rapidamente. Tateando, Camila alcançou minha mão e a apertou, embora eu tenha gemido porque tinha uma agulha presa lá, e ela rapidamente afastou. Eu peguei sua mão, acariciando-a delicadamente, olhando de lado para ela, que tinha o rosto para a frente.

— Era sua mãe?

— Sim. — ela fez uma careta e eu fiz outra assim que vi.

— Eu gostaria de fazer você se sentir melhor, mas não posso. — seus dedos pressionaram a palma da minha mão, mas eu não respondi, apenas fiquei em silêncio, gostando do que ela estava fazendo. — Se sente melhor? Eu preciso saber pelo menos isso. Se você não quiser falar, é só apertar minha mão, eu sei que é difícil falar e respirar. — eu apertei sua mão um pouco, passando meus dedos pelo dorso lentamente. Eu estava bem, eu continuava com aquele mal-estar terrível, mas era menos, e além disso, eu conseguia respirar muito melhor com aquela máscara. E a febre, agora não eram esses 40 graus. Eu estava com 38, mas já era algo.

Cold - Português (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora