-· Investigação ·-

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Lalisa Manobal

Certo, como explicar meu impulso em oferecer carona a uma garota que conheci em menos de 24 horas e ainda cobrar um café dela? Mesmo sabendo que ela é ex do meu irmão, não pude me impedir de querer conhecê-la, até porque, eu não estava morta e muito menos cega, Jennie é linda!

E incrivelmente, muito simpática, o tempo que passamos no carro foi confortável, agradável, melhor dizendo, ela tinha assunto para dar e vender, falamos sobre as ações, bolsa de valores, criptomoedas, moda, cosméticos, músicas... ela sabe o que fala e tem interesse em entender quando não sabe, é uma ótima ouvinte, não sei como Jungkook terminou com ela.

- Boa tarde, a senhora tem hora marcada? - Paro em frente a recepção e olho para a mocinha sentada ali, ela tinha olhos bonitos.

- Com o chefe do departamento de investigação, por gentileza. - Ela abre um sorriso bobo e logo disca o número do homem que me mandou uma carta pedindo minha ajuda, não que eu fosse ótima nisso de investigar.

- Ele está te esperando, no fim do corredor, sala sete. - Concordo com a cabeça e dou um tchau rápido indo até a sala. Me perderia fácil naquele lugar, fora que era tudo muito fechado e um pouco abafado.

O fato era que, eu sempre amei enigmas, códigos e essas coisas nerd, eu tinha livros de enigma que adora solucionar, amava quebra cabeças, passava horas dos meus dias de férias pesquisando sobre isso, lendo sobre teorias da conspiração, tentando achar soluções para elas, me frustrando e aprendendo a cada dia.

Tenho alguns prêmios escolares voltados para isso, os professores tentavam testar a gente, passava esses enigmas e esperavam que acertássemos, eu sempre conseguia o primeiro lugar,  inclusive fui proibida de participar por saber demais.

- Senhor Hwang. - Bato duas vezes na porta e abro de vagar, o homem se vira para mim e aponta a cadeira a sua frente, entro ali e fecho a porta, a sala era ampla e arejada, tinha duas mesas, uma que o homem estava e outra vazia, vários papéis e pastas espalhados. O semblante dele era cansado, suas costas estavam envergadas e os ombros caídos, apesar de tudo, ele era charmoso. - Lalisa Manobal.

- Senhorita Manobal. - Senhor Hwang se levanta e bate uma continência de brincadeira, deixo uma risada sair e nego com a cabeça.

- Não preciso disso, aqui eu sou apenas sua subordinada, não quero tratamentos diferentes, senhor. - Faço uma reverência rápida e me sento, ele da a volta e vai até uma cafeteira, serve dois copos de café e me entrega um. - O que posso ser útil, senhor?

- Este cara está me deixando louco, temos uma pista, temos a droga de uma pista e não conseguimos nada, Manobal, eu não consigo mais. - Diz irritado, suspiro e pego o papel verde, realmente era algo estranho, meio borrado, não sei, viro o papel, também vendo que não há nada ali atrás, estranho. - Está vendo? Quantas pessoas ele matou nesse tempo em que estamos tentando decodificar isso?

- É realmente estranho, senhor. - Murmuro, continuo olhando o papel, querendo que a resposta caísse do céu, o que eu faria com isso? - Bem, se vamos trabalhar juntos, quero fazer alguns pedidos.

- Fique a vontade, o ministro disse que faria o que você quisesse, temo que se pedir um tanque de guerra ele lhe dará. - Rimos juntos, bebo um gole do café e coloco a cabeça para funcionar.

- Certo, primeiro, odeio trabalhar em lugares assim, quero um galpão, com tudo o que é preciso, materiais de perícia, lousas, tudo o que eu puder ter, eu quero. - Enquanto eu falava ele anotava do jeito que dava, até alguém entrar na sala, afobada e suando.

- Está atrasada, senhorita Shin. - A tal Shin começa a fazer várias reverências rápidas murmurando pedidos de desculpas sem parar. - Pare, está me deixando com vertigem, sente-se e anote o que a senhorita Manobal pedir.

My Ex's SisterOnde histórias criam vida. Descubra agora