Lisa Manobal
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- A Agência Nacional de Polícia da Coréia acaba de encontrar um corpo ao norte de Seoul, próximo a Jeongdong-ri, Jangdan-myeon, Paju, Gyeonggi. Não se sabe ao certo se este corpo tem co-relação com os casos de desaparecimento do ano de 2021. - A repórter na televisão ditava com certa dureza no tom. - A identidade ainda não foi divulgada, voltaremos com informações o quanto antes.
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- Você fez o ninguém tinha feito até hoje, Lalisa. - Hwang me diz com um olhar apreciativo, nego com a cabeça e aponto para o rapaz sentado buscando informações.
- Han quem o fez, ele desvendou o bilhete, é um ótimo rapaz. - Hwang concorda.
- Mais você já sabia o que tinha no bilhete. - Ele diz e da tapinhas nas minhas costas. - E querendo ou não, você quem o contratou.
Depois disso foi só correria, Roseanne, que descobrir ser o nome neozelandês de Chae, trabalhava em descobrir a identidade do corpo, foi realmente algo que eu nunca achei que veria nesses onze anos em exercício. Os dedos das mãos dele estavam cortados e enfiados no crânio, como uma coroa de dedos. O meio do rosto afundado para dentro, provavelmente bateram com algo forte, estava irreconhecível.
O corpo porém estava em um bom estado, nada tão alarmante ou que preocupasse, além dos dedos, até então. Não dava pra julgar ainda sem aprofundar e era isso que Chae estava fazendo. Bato na porta ouvindo o seu "entre" baixo.
- Já tem algo para mim? - Abro a porta do laboratório de Rosé, ela me olha e aponta um papel em cima da mesa, pego o papel e começo a ler as informações. - Song Min-gi, 21 anos, de Bucheon, estudante de música.
- Já localizei a família também, ainda moram em Bucheon, vai ser um baque e tanto. - Rosé diz, ela tentava fazer milagre no rosto do garoto, havia retirado os dedos e costurados no lugar, tentou ajeitar o rosto, mas infelizmente estava desconfigurado demais para ser salvo.
- Achou mais alguma coisa? - Ela assena e retira as luvas, vindo até mim com um plástico em mãos, com um papel dentro.
- Parece outro código, o nosso molequinho vai ter que suar para conseguir descobrir o que é, só isso meu bem. - Diz e da tapinhas fracos no meu rosto, logo voltando a tarefa de antes, nego com a cabeça rindo silenciosamente e saio da sala indo até a mesa de Han, mostrando o papel a ele.
- Temos isso, se precisar de algo, chame Ryujin, ela tem uma intuição forte, além de ser muito inteligente, nos ajudou com o primeiro bilhete. - Deixo na mesa para que ele trabalhasse.
Todos estavam trabalhando em algo, buscando câmeras de seguranças, rastros, pistas, e nesse momento eu precisava preparar um relatório para entregar aos canais de comunicação, só que antes de qualquer coisa, teriamos que falar com a família do garoto, deixar que tenha um enterro digno, é o que ele merece.
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Quando parei o carro em frente a casa dos meus pais, uma pequena comoção acontecia na porta, novamente Jeon estava segurando os braços de Jennie e falava algo, uma feição aborrecida no rosto e um olhar irritado, saio do carro com calma e caminho até os dois que não me notam ainda.
- Que Déjà vu. - Digo alto, Jeon solta a garota e se volta para mim com um olhar magoado. - O que aconteceu agora?
- Ela quer te ver. - Diz com escárnio, um sorriso implicante nos lábios, deixo um suspiro escapar e olho com descrença para Jeon.
- E precisa segurar a garota pelos braços para que ela me espere? - Olho para ela que já me olhava, tinha um pouco de água nos olhos evidenciando o choro que queria soltar, mas que não o faria. - Não é assim que você trata alguém, Jungkook, não foi isso que a mãe te ensinou.
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My Ex's Sister
FanfictionLisa Manobal é uma mulher movida pelas realizações de seus sonhos, foi para o exército e tem uma carreira brilhante, ela não esperava ser chamada de volta para Seoul para ajudar a resolver um crime e em meio a confusão profissional que sua vida viro...