Hector e Lucas (Romance Gay)

Capitulo 28 - Sepulcro

Amanheceu o dia e todos acordaram com o cheiro de café. Judith, Alberto, Bruna e o casal voltaram para casa e dormiram para poderem sepultar Augusta. Um dos motoristas havia ficado de vigília na igreja junto com o viúvo e as filhas vindo de São Paulo, o outro foi disposto o sofá da casa da matriarca.

A família tomou um rápido café e partiu para aquele que é o pior momento de todos, ver o caixão sendo fechado e descendo a terra. Lá estavam apenas as pessoas que tinham deixado, além do pastor que chegou junto com a família.

Todos se posicionaram para receber os amigos que chegava e Hector ficou na cozinha preparando a última refeição daquela tão dolorosa cerimonia. Desta vez, sobretudo, fizera apenas um café e um suco além de deixar um pouco de pão e biscoito para beliscar, pois logo tudo acabaria.

O pastor Junior fez o culto fúnebre, que rapidamente se encheu. Fez- se a fila para visualizar a moça pela última vez e os rapazes da funerária chegaram. O momento foi mais comovente, Judith segurou no loiro que afagava ela e o namorado; Bruna, Beatriz e Bianca foram acalentadas por Fabricio, Alberto e Junior e assim a urna foi lacrada e colocada no automóvel. Lucas e o diretor foram acompanhados pela matriarca e o sogro. Na van foram as filhas e o viúvo acompanhados por alguns membros receosos de ir ao cemitério.

- Eles voltarão para trazer todos novamente, então quem quiser ir e tiver com medo para a volta, fiquem tranquilos. – Expressou o empresário de forma alta para que fosse compreendido por todos.

O cortejo foi seguido da Evoque, o utilitário, carro do pastor e mais uma dezena de carros. De fato, muitas pessoas se dispuseram a prestar aquela última homenagem a Augusta, que pela forma era extremamente querida na sua comunidade.

Judith não aguentou ver sua amada filha sendo sepultada e ficou no carro acompanhada de algumas pessoas da igreja. O casal foi atrás da caminhada com o caixão, dando base para as filhas enquanto Alberto, Fabricio e Junior levavam a grande caixa com os funcionários da funerária.

Depois de acompanhar a van até deixar o ultimo passageiro eles partiram para casa ainda em silencio tanto no carro quanto no utilitário. Desembarcaram em silencio e partiram para suas casas e assim o diretor foi dispensar os rapazes.

- Quero primeiro parabenizar o serviço de vocês, conseguiram ser respeitosos a todo momento. – Entregou duas notas de cem para cada um dos rapazes. – Essa é uma bonificação pelo serviço de você. Vão descansar agora.

Depois de agradecerem eles partiram. O homem ficou analisando o veículo partir quando foi surpreendido pela Bruna que se aproximava.

- Hector, eu acho que nada do mundo vai retribuir tudo que você fez. Obrigada mesmo. – Ela, que era baixa como o primo abraçou o homem e bateu em seu peito.

- Eu sei a dor que você está sentido, saiba que sempre que vocês precisarem estarei aqui.

- Olha sei que é cedo para falar isso, mas se souber de algum amigo que esteja precisando contratar, eu agora terei de trabalhar.

- Vai descansar, toma um banho e relaxa um pouco. Ficaremos alguns dias na sua avó, então teremos bastante tempo para conversa.

Se dirigiram as suas casas e o empresário viu o namorado passando de toalha e ele sorriu ao ver a cena. Depois do amado foi a vez do loiro se banhar, mas esse levava sua roupa para o banheiro por medo da reação da senhora. A casa estava em silencio e uma coisa incomodava a mente do homem enquanto fazia caricias nas madeixas do seu companheiro, que estava deitado em seu peito despido.

- Bê, vamos levar sua avô e seu pai para almoçar fora hoje? Acho que ela não tem condições nenhuma de ficar em casa.

Eles conversaram e programaram para sair dali alguns minutos, já que estavam de banho tomado. Judith aceitou com facilidade, mas também ficou preocupada com as netas e assim mais uma vez a família toda, agora com a presença de Beatriz e Bianca, foram ao restaurante do dia anterior. O empresário mexia em seu telefone quando algo chamou sua atenção, as moças falando que iriam trancar a faculdade.