Capitulo 6 - Apê

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Na sexta Hector acordou com um fogo nos olhos, pronto para morder quem entrasse na sua frente. Essa ferocidade foi transmitida por um terno inteiramente preto que o diretor usava. O homem chegou ao seu escritório, pegou algumas pastas, deixou suas coisas e partiu em direção à escola. Ele foi caminhando e encontrou Rubens no meio do caminho.

- Bom dia professor, podemos ir?

O homem, que tinha um certo medo no olhar, assentiu e foram em direção a sala. Lá chegando viu que um alvoroço era formado antes e durante a entrada do professor, o que fez se enfurecer ainda mais. Ele deixou que todos se ajeitassem ao percebe a presença dele antes de começar a falar. Respirou fundo, fitou toda a turma e reparou que a sala tinha além de Otto, também Pedro e Caleb.

- Bom dia!

Ele foi respondido em uníssono pelos alunos.

- Eu estou aqui, para solucionar uma situação apresentada pelo professor Rubens. Por diversas vezes ele me chamou para conversar dizendo que estava incomodado com o comportamento de 3 pessoas dessa turma. Mas antes de tomar atitude eu queria fazer umas perguntas, vocês estão insatisfeitos com a escola? Vocês tem alguma coisa contra nosso corpo docente? Porque se estiverem, me avisem, amanhã mesmo eu coloco vocês em um voo de volta para casa. É isso que vocês desejam?

A forma estressada de Hector causava um certo medo em alguns alunos, porque nunca o viram assim. O silencio era imperado na sala.

- Se vocês não querem retornar as suas casas, então por favor respeitem o professores. Agora os senhores Otto Wannec, Ana Clara Freuth e Fabricio Morales me acompanhem imediatamente. Além do mais, se houver mais algum problema nessa aula, não somente os responsáveis serão punidos, como toda a sala por ser conivente e bater palma para maluco dançar.

Os estudantes foram até a sala o diretor e lá ele puniu cada um. Falou individualmente com cada e deixou Otto por último. O filho entrou num tom arrogante na sala, o que fez ainda ter mais raiva.

- Bom suas punições como aluno você já está ciente, mas saiba que como filho você vai para sua mãe nas férias.

- Mas e nossa viagem de Paris?

- Vou sozinho, você não merece.

- Mas pai...

- Não quero saber, e está proibido de sair até melhorar de comportamento.

O menino se emburrou e saiu batendo a porta do escritório, Hector queria dar uma lição pelas atitudes do filho, porem preferiu deixar o garoto pensar um pouco mais. Para distrair a cabeça o diretor encerrou o dia e decidiu viajar antes do combinado. Telefonou para seu piloto e decidiu ir para POA de helicóptero, arrumou apenas alguns itens que desejava ter consigo, já que roupa ele tinha no apartamento. Seu motorista foi leva-lo até o heliporto da escola.

- Marcos, você está dispensado esse final de semana, só atenda pedidos da Isadora e de Katia, ou Pamela se te solicitar.

- Mas e o Otto, ele tinha um compromisso domingo.

- Não o tire daqui a menos que não tenha uma ordem minha, entendeu? Sem ceder as chantagens daquele pilantra.

- Sim senhor.

- E se ele dizer algo sobre te demitir você sabe bem que só eu tenho esse poder, e de fato irei fazer se você desacatar minha ordem, fui claro?

- Muito. – O motorista engoliu o tom seco de Hector e seguiu a viagem em pleno silencio.

Voar durante a tarde é saber que o helicóptero irá balançar, mas o visual será lindo. Souza, o piloto estava contente sobre o chamado de Hector, pois havia muito tempo que não voavam.

Hector e Lucas (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora