Hector e Lucas (Romance Gay)

Capitulo 33 - Piano

Desafiado por todos, após de uma apresentação de Otto no instrumento o filho chamou o homem para que também mostrasse sua habilidade. O loiro sem muito jeito e forçado por todos, mais ainda por Lucas que não conhecia esse dom do moço, se sentou na frente item e disse.

- Não sei se lembro de tudo, mas vamos lá.

A introdução já deu uma noção do que iria ser tocado I Will Survive de Gloria Gaynor começou e alguns cantavam a letra enquanto ele fazia tudo com uma maestria incrível. Emendou a canção em Break My Heart de Dua Lipa, Forever Young, Stayin' Alive, Thunderclouds, Cheap Thrills foram algumas das músicas tocadas e acompanhadas com as vozes de Otto, Lucas e as mais antigas por Alberto e Katia.

- Agora deixa eu descansar minhas mãos.

- Faz tanto tempo que não vejo vocês tocarem juntos, toca uma com Otto. – Pediu a cozinheira.

Assim pai e filho encerraram com uma versão criada por eles quando o menino era pequeno. Lucas olhava com tanta ternura que faltava chorar com tamanha felicidade. Todos os presentes viam a cena tão contentes que balançavam a cabeça no ritmo ou os pés batiam.

Assim que tudo acabou foi uma salva aplausos de todos e Hector subiu para os quartos mostrar os aposentos dos novos convidados. Decidiu colocar Judith e Alberto no mesmo quarto e agradeceu mentalmente por ter colocado Ana na casa de hospedes da academia.

- Espero não ser um problema vocês dormirem no mesmo quarto por tanto tempo, se quiserem coloco vocês em uma das casa que tenho aqui perto.

- Eu não tenho questão nenhuma de dormi junto ao meu filho.

- Nem eu.

O anfitrião abriu a porta do quarto e mostrou o local onde eles dormiriam. Tinham já colocado duas camas de viúva e tinham as roupas já ajeitadas. As malas já ocupavam um armário disposto e quando os dois viram isso logo comentaram.

- Você tem funcionários fantasmas, de tão rápido que são. – Exclamou Judith.

- Olha tem esse controle que escolhe a temperatura do quarto, casa queiram aumentar ou diminuir a temperatura. – Mostrou o tablet na cabeceira da cama. – Se precisar de algo de alguém, só apertar esse botão que geralmente vem alguém. Além do mais, tem sempre comida e fiquem a vontade.

O sogro e a matriarca agradeceram e o loiro os deixou para que pudessem descansar ou tomar banho. Caminhava para o seu quarto quando viu seu filho subindo a escada e rapidamente o menino correu ao encontro do pai.

- Oi pai, obrigado por ter me mandado para a mamãe. Ela é legal, apesar da minha avó ficar me agarrando e apertando minhas bochechas.

- Olha só quem gostou, mas teve bastante tempo livre para aprender uma música nova.

- Às vezes eu treinava no meu simulador, mas senti falta do piano de verdade. Eu reparei que de fato se não fosse por você, eu não teria nada disso.

- Katia te mandou falar isso?

- Minha mãe, mas é verdade. Elas vivem muito diferente e prefiro sendo seu filho, tenho muito mais coisas aqui. – O rapaz surpreendeu Hector e lhe deu um abraço. – Pai, depois você me ajuda numa coisa?

- Se eu puder.

- Eu queria doar alguns brinquedos, já que nem uso mais e não faz sentido tê-los. Também queria mandar embora umas roupas.

- Ajudo sim, príncipe.

- Você não me chama assim a muitos anos.

O loiro apenas riu e foi para seu quarto, que tinha Lucas sentado em uma das poltronas lendo um livro que não conseguiu identificar. O cacheado tinha uma feição de tamanha concentração que resolveu voltar para a sala e sentar sozinho, com seu copo de hidro mel e tocar mais um pouco.