Capitulo 11 - Sorvetes

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Lucas acompanhou o homem em silêncio até se sentarem, o empresário pediu um suco e o seu namorado pediu uma agua somente. Depois de trazer a suas bebidas, eles se entreolhavam e continuava um silencio que estava irritando Hector.

- Baby, tem certeza que você não quer mais nada?

- Nós acabamos de almoçar.

- Você está triste?

- Eu estou vendo nós em um dos mais caros hospitais da cidade fazendo o tratamento da minha avó.

- Caralho Lucas, me desculpa a grosseria mas estou tentando ajudar um pouco meu doce, não cobrei nada de vocês.

- Mas Hector ninguém faz bem assim, olha ao seu redor. - Ele fez um movimento amplo com os braços. -Isso deve custar o olho da cara.

- Bom, como Ernesto me deve algumas coisas ele fez bem mais em conta, e algumas partes é ele que vai custear.

- Mas ainda assim você deixou de ganhar alguma outra coisa para ajudar um desconhecido.

- Eu não sabia que você era um desconhecido, até porque te apresentei como meu namorado para ele, e mesmo que você fosse um desconhecido não vou deixar sua avó sofrer por não saber o que tem.

- Bom, o dinheiro é seu, você sabe bem onde investe.

- Eu queria investir para te ver feliz, mas pelo jeito está te deixando puto.

Lucas se calou, terminou de beber sua agua e fez questão de pagar. Cordialmente pediu para irem pra algum lugar mais reservado para conversar, então decidiram ir para o carro e ficaram sentados frente a frente no banco traseiro do veículo.

- Hector, eu queria que você soubesse que sou imensamente grato por essa ajuda. - Surgiu uma lagrima no rosto do garoto. - Só eu sei a dificuldade que eu passei com minha avó, peço desculpas por essa minha preocupação, mas eu vejo você sempre tão centrado e tenho medo de você estourar seu limites por minha causa. - e outra lagrima escorreu. - Eu imagino que você seja bem sucedido, mas não queria ser um fardo, não quero ser bancado, e sim quero que tudo seja dividido. Mas você acha que eu não estou feliz de ver minha avó sendo tratada de uma forma digna? Eu estou morrendo de felicidade, mas fico só preocupado com tudo.

Hector não respondeu, apenas abraçou o menino e entendeu o que poderia estar acontecendo. Depois de ficarem algum tempo abraçado o homem olhou nos olhos do garoto, sorriu e secou as lagrimas do rosto do rapaz com seu polegar.

- Meu baby, fica tranquilo que o que vou gastar com sua avó não me fará falta, sabe por quê? - O menino negou com a cabeça - Porque eu posso trabalhar e conquistar mais, quando eu não puder você vai saber porque e vou te falar, mas já pedi para você parar de ficar falando em dinheiro, por favor. - Terminou dando um selinho que se estendeu para um beijo.

Como não tinham o que fazer, ficaram no carro, Hector sentado com a cabeça de Lucas em seu colo e fazia cafune em suas madeixas, até que de repente Claudia chegou a lateral do carro e deu um susto nos rapazes.

- Desculpa atrapalhar vocês, mas Ernesto nos chamou juntos.

Eles então se arrumaram e voltaram para o interior do hospital e Maria estava sentada na sala de espera acompanhada do mesmo rapaz jovem que o pegou na cadeira de rodas e a secretaria de Ernesto.

- Doutor Ernesto pediu para que todos entrassem quando chegassem

Todos entraram na sala do médico que os aguardava escrevendo em seu notebook. Apesar de tudo as feições para dona Maria eram serenas, e sabia que se o caso fosse muito grave ele não teria aquela atitude.

Hector e Lucas (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora