Capitulo 17 - Judith

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O local onde chegaram eram quatro casas simples a com varanda foi a que Lucas pediu para encostar mais perto. Havia uma pequena senhora com cabelo branco preso em um coque em pé ao lado da casa amarela com uma varanda. O rapaz desceu junto com a prima, ele corria e deu um abraço na pequena senhora, que era menor até que ele. Ela retribuía o abraço apertado. Hector desceu com calma pois queria respeitar o processo de reconhecimento, pegou as bolsas de mão e começou a levar para a varanda. Ao chegar lá Lucas fez questão de apresenta-lo.

- Vó esse é o Hector, o amigo que disse que me traria e que me ajudou.

- Oi meu filho – O loiro estendeu a mão e a senhora apertou e olhou fortemente nos olhos azuis do homem e depois o abraçou. – Você exala um cheiro tão bom quanto você é internamente. Lucas que pessoa boa que anda com você.

- Obrigado dona Judith.

- Mas sinto algo em você que está escondido, não é algo ruim pois não exala podre, mas saiba que nada vai abalar vocês dois. É um prazer conhecer você.

Hector sem palavra ficou quieto e Lucas foi ajuda-lo a tirar todas as malas e bolsas de compras do carro. Quando estavam no carro o namorado percebeu o desconforto do empresário.

- Ela tem visões e não tem medo de falar se a pessoa é boa ou ruim, não fique com medo.

- Poderia ter me avisado.

- E perder sua cara de assustado. – Disse o pequeno rindo levando um pouco das compras.

Depois de depositar todas as sacolas na cozinha e colocar as malas no quarto onde Judith designou para eles Hector foi a cozinha conversar com a avó do seu namorado.

- Dona Judith nós tomamos liberdade e fizemos algumas compras para a senhora, espero que goste.

Ela olhava as sacolas do mercado e da padaria e era visível sua emoção de ver aquela comida naquele momento e depois de fazer uma rápida prece abraçou mais uma vez o loiro que sentiu a emoção e retribuiu o abraço.

- Eu não sabia o que faria para vocês, sabia que minha oração seria ouvida.

Depois de sentar na cadeira próximo a senhora o empresário ouviu que a mesma passava um momento difícil financeiramente e que a notícia da visita de Lucas foi um alivio pois o mesmo sempre a ajudava quando podia, mesmo sem vê-la a muito tempo. Hector entendeu que o pedido para vir aqui poderia ser a resposta que essa irmã pedia aos céus.

- Olha por enquanto que estivermos aqui não se preocupe com a comida, tá bom? – Ela acenou com um sorriso tão genuíno e um pouco tímido.

Lucas entrava na cozinha com um senhor com o mesmo tom de pele que ele e cabelos brancos raspados. Pela semelhança aquele era o pai do seu namorado. Hector ficou de pé e cumprimentou Alberto, seu sogro, que tinha um sorriso igual do pequeno, porem amarelado.

- Esse é o dono daquela coisa linda lá fora? – Disse o sogro indicando a Evoque.

- Digamos que sim – Disse o empresário rindo e olhando para seu companheiro que conversava baixo no ouvido de sua avó.

Depois de Lucas e Hector ajudarem a Judith cortarem os legumes e preparar o almoço a mesa foi posta de forma bela e do lado de fora da casa pois todos que estava em casa viriam comer ali e aos poucos os netos e filhos foram vindo se juntar. O que chamou atenção do homem foi uma moça que vinha andando segurando em um andador.

- Lucas, aquela é quem? – Discretamente perguntou olhando para a senhora acompanhada de uma menina quase na mesma idade de seu namorado.

- É minha tia Augusta, ela está com câncer, tem sido duro pra ela e pra todos nós. E a menina que está acompanhando ela é a filha dela, Bruna só não sei onde estão as outras duas.

Hector e Lucas (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora