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Sabe qual é o problema? Esperamos demais de pessoas que muitas vezes não vão atingir nossas expectativas...

___ Joel Oliveira


Fazer alguma coisa esperando algo em troca é arriscado, aspirando gratidão é a maior tolice que podemos cometer. O certo é fazer esperarando reconhecimento apenas de si mesmo, acredito que decepções não farão parte de sua vida. No entanto, você não precisa ouvir conselhos dessa digníssima narradora. Vamos nos ater a história.
— O que está fazendo, Dudu? Achei que passaríamos a noite junto.

— Não Bruna, infelizmente não dá. Preciso ir para casa... — Ela o interrompeu zangada.

— Por causa dela? Sei que ela está no hospital, vai me deixar sozinha para ir ficar com ela?

— Não é nada disso, vovô me deu um esporro ontem devido a ela, não posso vacilar, ou tudo vai por água baixo. — Explicou paciente.

— Não sou um depósito de porra para você vir, gozar e sair fora.

— Eu disse que não poderia, você insistiu. — A paciência de Eduardo estava se esvaindo.

— Desculpa, Dudu, você esta certo. É apenas meu ciúmes falando. — Ela o beijou e ele retribuiu. Eduardo se dirigiu ao carro pensativo, chegou em casa em tempo recordes, pois, ainda era cedo, não passava das 06h00min. Entrou em casa sentindo uma sensação de vazio, entrou no quarto, sentou na cama passando as mãos no rosto, é um suspiro escapou de seus lábios. A verdade é que a culpa de ter deixado sua esposa sozinha no hospital o consumia. Por isso, entrou no closet escolheu uma roupa e entrou no banheiro. Ele iria ficar com ela, era o certo a se fazer. Após o banho o verificou seu celular e viu uma mensagem de um número desconhecido.

"Deveria cuidar melhor de sua esposa. Ela desmaiou dentro do banheiro do hospital."

A pessoa não se identificou, por isso ele não esperou mais, saiu correndo para o hospital, sem pensar duas vezes.

Evelin ficou chocada e sóbria num instante, se perguntando o que ele fazia ali. Não demorou muito e, ela fez a pergunta em alta voz.

— O que faz aqui, Alex?— Inquiriu séria. Ele sorriu descontraído, ignorando o tom de seriedade.

— Sabe para quem você ligou, ontem?

— Liguei para o meu... Oh, céus! Liguei para você? — Percebeu sem graça que discou seu número ao invés do seu primo.

— Sinto muito, senhor.. não quis incomodá-lo. — Disse se sentindo culpada. Evelin pegou o celular em cima da mesinha ao lado de sua cama e ligou para seu primo.

— "Vinha! O que foi? O que aconteceu?" — Louis perguntou aflito. Ele sabia que algo não estava bem, quando acordou pela manhã e não recebeu nenhuma notícia de sua prima.

— Estou internada no hospital Teresa de Lisieux, pode vir me fazer companhia? — Ela Indagou temerosa. Seu primo chegou a poucas horas e, mesmo assim ela o atrapalha com seus problemas.

— "Não precisa pedir duas vezes, posso demorar um pouco pois estou longe do outro lado da cidade, mas estarei aí."— Disse firme

Agradeço primo! — Ela desligou sentindo-se muito melhor.

— Quem era? — Alex perguntou curioso. Ela havia esquecido dele.

— Meu primo. — se apromou na cama — Quero agradecê-lo mais uma vez Alex, mas pode ir, meu primo vem ficar comigo. — Quer manter distância dele o máximo que puder. Sua vida já não é fácil, ter intimidade com o desafeto do seu esposo só pioraria mais.

Sou Presa a VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora