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— Alguém lembrou que tem um amigo! — Louis debochou quando entrou no apartamento de Evelin. Ela sorriu e o abraçou apertado.

— Sentir sua falta.

— Será? Tenho minhas dúvidas. — Comentou agarrando ela de lado e arrastando até o sofá.

— Não diga isso, não entrei em contato porque precisava resolver algumas questões.

— E resolveu? — Indagou com um sorriso travesso.

— Sabe que sim, pelo menos parte dele

— Está diferente. — Disse analisando sua face relaxada. Ele nunca a viu assim, tão despreocupada.

— Espero que um diferente bom. — riu — Agora, chega de falar de mim, vamos falar de você, primo.

Eles entraram em uma conversa nostálgica e reflexiva. Quando menos esperam já é noite e bem tarde. Quando Louis resolveu ir embora, a porta da frente abriu. Eduardo encarou o homem à frente nem um pouco feliz.

— Deve se lembrar do meu primo, Louis? — Ela perguntou entrando no meio dos dois.

— Infelizmente! — Schramm respondeu puxando sua mulher até ele. Mesmo com raiva lhe deu um beijo na testa, amenizando a feição dura.

— O que é isso, Eduardo? Não destrate meu primo.

— Não se preocupa Vinha, a recíproca é verdadeira. — a abraçou — Te vejo em breve.

Quando ele saiu, ela olhou para seu esposo e não escondeu seu desapontamento.

— Não quero que vocês briguem.

— Ele me irrita! — Bradou não escondendo o ciúme.

— Te irrita como? Mau se veem. — Atou os braços um no outro esperando ele admitir o verdadeiro problema.

— Ele fica muito grudado em você, é Vinha para lá,Vinha para cá. Nada me tira da cabeça que esse cara quer você pra ele.

— Senta aqui meu esposo. — pediu apontando para o sofá — Não é nada disso que está pensando, o amor dele por mim é paternal. Quando perdi meus pais ele estava no segundo semestre da faculdade de psicologia, meus avós não quiseram pagar um para mim, então, tudo que aprendia, ele trabalhava em mim. Além de meu primo, ele é o meu psicólogo. Me conhece mais que a mim mesmo. Preciso que se entendam, se conheçam. Sei que vão se tornar grandes amigos.

Eduardo bufou vencido. Ele jamais a magoaria por causa do seu ciúme. Engolirá o orgulho e dará uma oportunidade ao homem, tudo por ele ser o único a proteger sua amada desde sempre.

— Tudo bem, farei isso. Agora vem cá, quero matar minha saudade. — Evelin sentou no colo de Eduardo e o beijou apaixonadamente, porém sentiu algo estranho em seu corpo, algo descia do seu centro. Ela parou de beijá-lo e saiu correndo. Quando averiguou sua calcinha, seus olhos se enxeram de lágrimas.

— Evelin, está tudo bem? O ué aconteceu? — Ele batia na porta querendo derrubar.

— Já estou saindo. — Avisou com a voz embargada. Ela trocou a calcinha por outra, pôs um absorvente e saiu do banheiro.

— O que foi?

— Eu... achei que seria dessa vez, mas não foi. — Começou a chorar.

— O que foi? Está me assustando minha linda.

— As minhas regras desceu, não estou grávida. Desculpa... — Se calou com a cabeça baixa. Eduardo levantou carinhoso.

— Nem sempre acontece de primeira, temos muito tempo para tentar. Podemos nos conhecer melhor, tirar esse ano para nós. O que acha?

Sou Presa a VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora