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Se podemos sonhar, também podemos tornar nossos sonhos realidade.

                           ___Tom Fitzgerald 

Segundo o dicionário, conhecimento é um substantivo masculino, que significa perceber ou compreender por meio da razão, ou da experiência. Vamos nos ater a palavra "razão" que é a capacidade de avalia com correção, ter bom senso.

Existem momentos para tudo em nossas vidas. Para sorrir e chorar, para plantar e colher, ou seja, para tudo. Isso significa, que há momentos em nossas vidas que é necessário agir através da emoção, mas, consequentemente, ouvir a razão. Ambos precisam andar em sintonia, pois um sem o outro não subsisti. Saber analisar a situação na totalidade, distinguir como usar cada um é um exercício continuo. Como disse anteriormente, ter emoções é ser humano, mas saber quando usá-las é ser sábio.

Eduardo ainda não entendia essa questão, por isso está tão confuso. A atração pela sua esposa o pegou de surpresa, ou não, mas ele não quer sentir nada por ela além de desprezo. Ela continua gemendo de dor encostada a ele e, ao invés de rechaçá-la, escolheu acolhê-la. Seu corpo está em chamas e atraído por ela como se ela fosse a luz e ele a mariposa. Mesmo que tentasse, não conseguiria ficar sem sentir nada.

— A vida é como um trem... — Evelin balbuciou chamando a atenção de Eduardo.

— A vida é como um trem, por mais que eu tente nunca consigo pegá-lo, sempre perco o horário...

— Está falando coisa com coisa, mulher. Cale-se, já estamos quase chegando.

— Por mais que eu tente, não consigo viver a minha vida, sempre perco o momento...— Terminou chorando e gemendo. Ele não entendeu nada, para ele tudo que ela falou era simplesmente a projeção de seu delírio.

No momento crítico Eduardo recebe uma ligação, ao ler o nome na tela, bufou. Ele atendeu no segundo toque.

— Oi, linda!

— "Cadê você, Dudu? Me prometeu que passaria a noite comigo." — Cobrou manhosa. Ele olhou para Evelin, pensou que estava dormindo, então respondeu.

— Não sei se poderei ir hoje, mas...

— "E, sua promessa? Sua palavra antes tinha mais valor, Eduardo!" — Choramingou. Ele segurou um xingamento, e se dirigiu a ela com carinho.

— Tem toda razão, preciso cumprir minhas promessas, ainda mais, contigo. Chego aí em dez minutos.

— "Sério?"

— Sim, linda!

— "Você é meu, Dudu?"

— Sabe que sim.

— "Eu o amo, mais que a mim."— Desligou sem ouvir a resposta dele.

O coração de Evelin afundou no peito, ela entendeu o que aconteceu ali e fez de tudo para não demonstra o quanto a abalou.

Seu esposo parou o veículo, ela saiu do carro e viu que tinham chegado no hospital. Sem a mesma pedir, Eduardo lhe amparou e a levou para ala de emergência, entrou com ela e saiu sem dizer uma palavra. Ele me deixou sozinha, por ela! Pensou. Mas só Eduardo sabia por que estava fugindo, devido ao desejo inexplicável por Evelin. Ele não conseguia mais suporta esconder, por isso fugiu como um covarde.
No carro ele não para de socar o volante sentindo-se um tolo, e raiva de si mesmo. A viagem toda foi assim, e quando chegou ao seu destino pela primeira vez não era ali que queria estar.

Evelin se arrastou até a máquina e fez sua fixa, logo em seguida entrou no banheiro feminino e fechou a porta. Se sentia quente e pegajosa. Entrou no cubículo com intuito de se lavar, mas não conseguia se mexer. Como estava ficando ainda mais tonta, a jovem então ligou para seu primo Louis. Ela sentia seu corpo sucumbindo a escuridão. A ligação foi completada.

Sou Presa a VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora