Os dias fora passando sem ao menos o casal perceber. Quando notaram um final de semana virou dez dias. Esse de muita paixão e entrega. Eles acordaram na manhã com o telefone de Eduardo tocando incessante. Ele atendeu a contragosto, querendo ou não, ainda é o CEO de uma grande empresa.
— Shrrmamm falando! — Ele ouviu a outra pessoa impaciente, logo em seguida desligou irritadiço.
— Algo sério? — Evelin perguntou arrumando o emaranhado que ficou seu cabelo com a noite agitada que ambos tiveram.
— Problemas na empresa. Precisamos voltar. — Avisou descontente, ela só não entende o que lhe deixou tão zangado.
— Eu entendo, já ficamos muito tempo fora. Tem minha faculdade, terei que recuperar todas as matérias que perdi.
— Está reclamando? — Ele indagou com a sobrancelha direita arqueada.
— De maneira nenhuma, pelo contrário. — sorriu sapeca antes de sentar em cima dele — Chega de perder tempo, vamos aproveitar os minutinhos que temos.
O cavalgou com maestria, como uma verdadeira amazona. Ele estava tão entregue quanto ela, saboreando cada momento. Assim como ela, o mesmo sabe que as coisas não serão a mesma quando voltarem.
— Bom dia! — Eduardo saldou com um sorriso lindo.
— Bom dia! — Ela o respondeu igualmente sorrindo. Se jogou em cima dele e ficou assim por muito tempo, como se despedisse do homem embaixo dela.***
— Oi, Luis! — Evelin atendeu o celular no segundo toque. Ambos já estavam no carro a caminho de casa. Ela nem notou a cara de poucos amigos que Eduardo fez ao ouvir o nome de seu primo.
— “Você não dá notícias há dias, Vinha!” — Censurou preocupado.
— Estava incomunicável, chego hoje em casa. Vamos tomar um sorvete as 15H00 p.m.?
— “Na sorveteria da Ribeira? Eu topo.”
— Combinado, até mais. — Desligou sorrindo, contudo, o sorriso fechou quando olhou na direção do seu esposo.
— Algum problema, Eduardo?
— Não, e com você? — Inquiriu mais enraivado ao ouvir seu nome inteiro sair da boca dela. Esses dias foi Edu, hoje as coisas já estão mudando e nem chegaram em casa.
— Comigo não. — suspirou — Para esse carro.
— O quê? — Perguntou sem entender o que ela queria.
— Para o carro em um lugar seguro. — Repetiu. Ele fez o que ela pediu. Parou o carro bem longe da estrada para não ocorrer nenhum acidente. Assim que desligou estava virando para ela, mas se assustou ao ver um vulto indo para cima dele. Notou que se trata de Evelin sentando em seu colo.
— O que… — Ele ia perguntar, todavia a boca dela cobrou a dele sem lhe dar chance. Sentindo o gosto dela novamente, Eduardo esqueceu de tudo, inclusive da raiva que estava sentindo a nenhum sentido. Ela o devorou com os lábios e ele deixou que tomasse as rédeas da situação, não por muito tempo.
Ele gosta de está no controle de tudo. Quando se separam, ambos estavam ofegantes e excitados.
— Melhor? — Evelin prescrutou mordendo o lábio inferior dele. Se pudesse ficar assim para sempre com ele.
— Como?
— Você está chateado com alguma coisa e estava me deixando nervosa. Por isso te ataquei, aliás, desculpa por isso. — saiu de cima dele — Misericórdia, dez dias foram suficientes para me viciar em você. Isso não é nada bom.
— Quer dizer que está viciada em mim? — Gracejou.
— Haha, engraçadinho. Nem fica se achando. — Deu língua para ele rindo. Notou que fez efeito, pois a cara dele mudou, está bem melhor do que estava antes.
— Agradeço, realmente me ajudou. — Disse voltando a ligar o carro. Agora em movimento a olhou esguelha se perguntando o ué estava acontecendo com ele. Há dias atrás ele a odiava, agora está viciado nela de tal forma que o simples pensamento dela longe dele é torturante.
— O que quer me perguntar? — Ela interrogou com uma sombra de um sorriso se formando.
— Você é uma mulher linda, gostosa. — a mediu dos pés a cabeça com um olhar de cobiça — Por que nunca fez sexo?
— Pensei que essa pergunta demorou de acontecer. — riu — Meus pais me ensinaram desde novinha sobre sexo e o quanto isso muda um mulher. Disse que o ideal é você se entregar ao seu esposo, ao homem que roubar totalmente seu coração, seu fôlego.
Ela se calou, devido ao nó que se formou em sua garganta. Falar de seus amados pais ainda lhe dói muito.
— Mas você a entregou a mim. — Eduardo lhe lembrou.
— Você é o meu esposo, Eduardo. Não importa as circunstâncias que ocasionou isso. — Ela se calou, demos transo ao homem que não quer mais falar sobre o assunto.
Eles chegaram em casa, ele foi se arrumar e ela foi preparar algo para o mesmo comer antes de sair. Ele saiu do quarto vestido socialmente. Todo de preto. Ela o devorou com os olhos sem nenhum pudor, porém quando lembrou estarem em casa e que ele não gosta que ela lhe olhe assim, parou de o fazer.
— Desculpa! — Falou sem graça, evitando o olhar dele.
— Vem cá, pequena. — Chamou sentado à mesa e batendo na coxa. Evelin foi sem pensar duas vezes. Ama ter contato com ele, seja de qualquer forma.
— Não se desculpe, gosto do jeito que me olha, mostra o quanto você me quer nesse momento. — abriu a calça e mostrou sua virilidade. Você me deixa assim, eu não me envergonho nenhum pouco disso.
— Também não me envergonho, apenas lembrei… — Ele a interrompeu.
— Eu sei, não irei tratá-la mal devido a isso, fique sossegada. Hum, quer dizer, talvez não lhe deixe sossegar se me olhar sempre dessa forma.
— É o meu intuito. — Ambos se olharam profundamente e não resistiram, fizeram amor ali, na mesa de jantar. Eduardo saiu atrasado, mas muito feliz.
Evelin permaneceu em casa, limpou a bagunça que fez na cozinha, tomou um banho e se jogou na cama exausta. Colocou os fones e ouviu a canção de TobyMac “Backseat Driver”. Ela lhe traz boas recordações. As horas passaram rápido, então, não demorou para que se encontrasse com seu primo na sorveteria. Ele a observava atentamente, não precisou de muito para descobrir que algo havia acontecido.
— Está diferente, mais confiante. — Sorriu.
— Descobrir o que tanto tinha contrato. — Contou tudo sem esconder nada, inclusive que aceitou a cláusula.
— Tem certeza dessa decisão? — Inquiriu clínico.
— Como nunca tive na vida. — segou nas mãos dele — Sei no que estou me metendo, Louis, estou entrando com os olhos bem abertos.
— Ele te tratou bem na hora? Foi paciente? — Perguntou preocupado. A emoção tomou a feição da jovem. Ela sempre soube o quanto seu primo a amava como uma irmã.
— Mais do que imaginei que faria. Assim que descobriu ser a minha primeira vez, inventou uma viagem se lua de mel. Disse que a primeira vez de uma mulher precisa ser especial. — riu — Eu o amei mãos por isso.
— Ganhou alguns pontos comigo. — Bufou — Que ele não faça me arrepender de lhe dar um voto de confiança.
— Eu o agradeço por sempre cuidar de mim, primo. Lhe serei eternamente grata. — Se abraçaram. Logo que viu que as horas estava passando, resolveu ir para casa. Faria uma janta maravilhosa para seu esposo.
Evelin escutou a campanha e achou estranho. O porteiro não lhe interfonou avisando que teriam visita. Abriu a porta com um pano de prato e um sorriso que desmanchou assim que viu de quem se trata.
— Enfim nos conhecemos ladra de homens! — A loira exclamou com desdém. A jovem contou até dez tentando controlar a ira que ameaçava lhe dominar. Hoje, tudo que não queria é passar por estresse devido a, contudo, bem sempre as coisas saem como a gente quer, ou imagina. Uma miríade de sentimentos tomou o seu ser. Ela não sabe o que fazer, entretanto, não se rebaixaria ao nível da vil a sua frente. Não mesmo.
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Sou Presa a Você
RomanceEvelin Ferreira, perdeu seus pais aos dez anos e foi morar com seu avós. Eles nunca lhe passaram amor, ou calor humano. Nunca lhe deram o que era preciso, mas exigiram muito quando a forçaram se casar com um desconhecido por contrato. Ela aceitou pa...