Não há absolutamente ninguém que faça um sacrifício sem esperar uma compensação. É tudo uma questão de mercado.
___ Cesare Pavese
Respira Evelin, você consegue! Ela repetia para si mesma. Sua perna dói muito, sua cabeça está pesada e ela se sente quente por dentro. Como treinou antes de sair de casa, assim que entraram, ela abriu um lindo sorriso. Quem a conhecia, como seu primo Louis, saberia que não é um sorriso sincero, mas aquelas pessoas não se relacionava com ela, então, estava tudo bem. Para ela ocultar o que pensa foi e, é o seu estilo de vida. Ninguém além de Louis, conhece a verdadeira Evelin, isso seria remediado em alguns meses, contudo, com o casamento tudo mudou.
— Meu filho, que saudades! — Uma senhora falou aproximando-se dos dois. Ela vestia um vestido tubinho de mangas longas, com decote discreto dá Coco Chanel, nas cores preto e bege. Ela está na faixa dos cinquenta, possui cabelos pretos e ondulados. Sorria amorosa para o filho como se ele fosse seu maior tesouro.
— Mamãe, por que não disse que chegaria de viagem?
— Perdão, filho, foi tudo tão rápido. Encerrei a viagem assim que soube do seu casamento.
— Por favor, não se zangue, como a senhora disse, foi tudo muito rápido.
— Meu único filho casou e não estive presente, tenho todo direito. — alisou a face de Eduardo — Agora, apresente-me minha nora.
— Está é Evelin, e, está é Lúcia Schramm, minha mãe.
— É um prazer conhecê-la, senhora. — Evelin sorriu sincera, pela primeira vez ao entrar na casa, afinal é a mãe do homem a quem ama. Elas conversaram um pouco e, a jovem notou que sua sogra lhe olhava estranho, porém não falava nada. O patriarca da família chegou, e a mulher esqueceu totalmente dela.
— Papai… — Lúcia saudou abraçando o senhor.
— Minha filha! — beijou a face da senhora e se dirigiu a Evelin — Evelin, minha linda neta.
— Olá, vovô Thomas! — Sorriu para o senhor. Não foi o seu melhor sorriso, o patriarca percebeu algo logo que se aproximou.
— Está bem, querida?
— Sim.
— Não parece. — O senhor insistiu.
— Não se preocupe, estou bem, apenas cansada.
— É a faculdade? Lembro-me que meus dias eram bem cansativos naquela época.
— É, mas gosto, me sinto bem.
— Gosto disso, uma mulher que sente prazer em trabalhar é um tesouro. — Disse olhando para seu neto. Ele beijou a mão dela e saiu para cumprimentar os demais convidados. Ela pediu ao esposo para sentarem, mas ele saiu sem dar explicações. Ela procurou um sofá e sentou. Evelin não sabia, mas está muito pálida. Ela bebericou a taça de champanhe sem nenhuma vontade.
Não muito longe dali, uma linda morena se perguntava porque estava naquele jantar dos Schramm, olhou para a mulher, a sua frente, esposa de Eduardo e sorriu. Foi até ela e sentou sem ao menos pedir licença.
— Oi! — Cumprimentou.
— Oi! — Evelin respondeu educada.
— Sou Carol, é um prazer conhecê-la.
— Sou Evelin. — Respondeu sem saber como se portar. Não demorou muito e Alex se aproximou entregando uma taça para Carol, que sorriu para ele.
— Como está Evelin? — Indagou tranquilo, como se a alguns dias não tivesse lhe insultado.
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Sou Presa a Você
RomantizmEvelin Ferreira, perdeu seus pais aos dez anos e foi morar com seu avós. Eles nunca lhe passaram amor, ou calor humano. Nunca lhe deram o que era preciso, mas exigiram muito quando a forçaram se casar com um desconhecido por contrato. Ela aceitou pa...