Capítulo 25 - Acredite!

148 29 6
                                    

Publicado em: 03/03/2023

🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺

SKY

Eu percorri o caminho de volta remoendo todos os acontecimentos daquela noite, já era muito difícil chegar até o N’Jao, por ele ser uma criatura muito fechada, então, depois daquele tumulto todo era impossível saber o que aquela cabecinha estava pensando. E, cada vez que eu roubava um olhar para ele e o via apenas mirando a janela com o rosto sisudo, minha angústia aumentava. Qualquer pessoa que o conhecesse minimamente saberia que ele estava fazendo altos debates dentro de sua mente e, meu medo era saber quem estaria vencendo: o menino assustado com pouco fé em si mesmo ou aquele que começa a abrir espaço para mim? Naquele momento, apesar do meu espírito sempre de boa índole, eu queria mandar N'Peach e suas amigas para muitos lugares nada decentes.

Kaojao estava tão absorto, que quando chegamos em seu dormitório ele saiu do carro apressado e, nem reparou que ao invés de eu ficar no estacionamento, como de costume, subi as escadas logo atrás dele. Não iria correr o risco dê retroceder toda minha longa batalha para estar ao lado dele, para conseguir sua confiança. Era notório para mim o quanto ele estava amedrontado com os sentimentos que brigavam dentro dele, pois os meus, também, estavam assim. Meu temor por perde-lo me movia, eu tinha que limpar qualquer resquício de dúvida que nublasse seu coração... Eu precisava disso para respirar aliviado, pois não sei mais viver sem a presença dele, por isso, fui até a porta do seu apartamento para conversar.

- Eram... – N’Jao se assustou ao me perceber  ali. – Muito obrigado, P’Sky ... – Ele me disse meio incerto.

Definitivamente, eu não iria recuar naquele momento crucial, queria muito que meu pequeno acreditasse que só tenho olhos para ele, que meu coração é realmente dele. Em um pensamento rápido, já prevendo que o próximo passo dele seria entrar e fechar a porta, eu passei por baixo do braço dele para dentro do apartamento. Chocado Kaojao resmungou um monte de coisas inaudíveis, enquanto fechava a porta se virando para mim  e, eu o olhei tentando pensar em como iniciar nossa conversa, mas foi o próprio que rompeu nossa disputa silenciosa.

- Erm ... Há algo que eu gostaria de perguntar a você... – Minha criança começou, mesmo com um leve desconforto que soava em sua voz.

- Atire... – Mesmo sabendo o quão imprevisível o Nong era, eu resolvi arriscar, talvez fosse um bom sinal, que ele tomasse a iniciativa do diálogo.

- Porque você disse isso? – Ele buscou meus olhos na expectativa de uma resposta.

- O que você quer dizer? – Questionou  para ter certeza do quê ele estava falando.

- Estou falando sobre o quê você disse na frente das pessoas... – E, lá estava a insegurança e o medo estampados em seu doce rosto.

- Por quê? Você não gostou do que eu fiz? – Eu, também, estava amedrontado por aquela conversa ao mesmo tempo que a achava necessária. – Eu só quero que outras pessoas saibam que estou falando sério sobre você... Especialmente você! Eu quero que você saiba disso. – Confessei a ele.

- E, você já pensou sobre isso com cuidado, P’Sky ? – N’Jao me questionou cheio de dúvidas.

- Deixe-me te perguntar, N’Jao ... – Eu contra ataquei. – Tem alguma coisa que fiz que ainda te faz duvidar de mim? – Questionei me aproximando mais e, pegando suas mãos. – Eu costumava brincar, mas já desisti. – Eu fui bastante sincero. – Agora sou apenas um cachorrinho perdido que está esperando pelo seu amor agora, Jao. – Refleti sobre minha situação atual, ele franzi a testa nervoso, o que faz doer minha alma. – Jao! - Eu chamei imitando um latido e, ele ri finalmente. – Por favor, me adote... Hum... Eu prometo que sou fácil de manter... Eu sou domesticado e, eu amo muito meu dono! – Brinquei com minha verdade para suavizar nossa conversa.

- Pare com isso! – Kaojao  resmungou, mas ele estava rindo, sinal que minhas palavras o atingiram.

- Eu prometo que não vou te decepcionar! – Joguei todas as minhas cartas.

- Humm – N’Jao resmungou e, eu sabia que aquile era o máximo que eu obteria naquele momento, mas eu queria arriscar mais um pouco.

- Posso te abraçar? – Eu pedi fazendo beicinho e abrindo os braços.

- Você tem certeza disso? – O pequeno me questionou agitado.

- Só um pouco... – Insisti com meu pedido. – Apenas dois segundos. – Eu o persuadi.

- Dois segundos... – Ele ponderou, tentando chegar a uma decisão.

- Por favor... – Implorei, por ele eu faria o inimaginável.

- Hum... – Por fim ele se rendeu e abriu seus braços para me receber, com um pequeno sorriso nos lábios.

E, eu não perdi tempo, o abracei bem forte, enquanto ele contava. Meu pequeno ingênuo achou que eu não aproveitaria ao máximo esse momento tão esperado, me agarrei a ele até que o Nong pareceu realmente desconfortável. Mas apesar disso, meu menino estava com o rosto rosado e, com o pequeno sorriso, que assim como o meu, era impossível de esconder.

- Boa noite, meu futuro namorado! – Desejei  afirmando minhas sinceras intenções com ele.

- Você é louco! – Ele declarou, mas o sorriso no rosto mostrava constrangimento e felicidade, nada a mais, enquanto me empurrava para fora. – Dirija com cuidado. – Ele me desejou dando tchau.

- Eu vou! – Prometi enquanto o via fechar a porta, eu ainda estava descendo da minha nuvem quando o ouvi dizer do outro lado...

- Boa noite, P’Sky, meu futuro namorado! – Obviamente que quando ouvi isso me descontrolei chegando a gritar, eram muitas emoções para uma única noite.

- Boa noite, P’Sky, meu futuro namorado! – Obviamente que quando ouvi isso me descontrolei chegando a gritar, eram muitas emoções para uma única noite

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


ENTRELINHASOnde histórias criam vida. Descubra agora