Capítulo 4 • Temporada 2

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Yeji pov's on.

Acordei sentindo o meu corpo sendo chacoalhado por minha namorada, que assim que abri os olhos, percebi que estava toda arrumada.

— Anda, Yeji! — ela me balançava mais e mais.

— Calma, calma! Já acordei. — passei as mão no rosto — Por que ta toda arrumada e por que está me acordando de manhã?

— Já esqueceu? Eu vou na rua comprar algumas coisas e procurar emprego. Lembra que você pediu pra eu aproveitar e já te acordar?

— Ah, é, lembrei.

— Eu vou deixar dinheiro aqui pra caso você queira sair para tomar café, tá? — assenti — Está aqui encima do balcão. — disse, colocando algumas notas encima da pedra de mármore.

— Ta bom.

— Tchau, vida, até depois.

— Tchau.

Ryujin logo saiu de casa, me deixando ali sozinha.

Me levantei e fui até o banheiro para fazer a minhas higienes básicas de toda manhã e, depois disso, voltei para a sala e comecei a retirar os cobertores da nossa "cama". Feito isso, comecei a pegar as coisas para a organização da casa.

Peguei desenfetante, cloro, vassoura e um pano. Felizmente, quando fui morar com Ryujin na casa de seus pais, aprendi a fazer muitas coisas.

Comecei a varrer a casa de canto à canto, me certificando de que não haveria nenhum rastro de poeira no chão. Depois, molhei o pano, coloquei ele na vassoura, derramei um pouco de desenfetante no chão e comecei esfregar..

Quando terminei, enquanto o chão secava, eu fui tirar o pó de alguns móveis que tínhamos na casa, como as cadeiras e a cabeceira da cama. E as janelas e os armários da cozinha também.

Até que chegou a hora de limpar os banheiros. Peguei a esponja e comecei a limpar a privada, felizmente não estava com cheiro tão ruim assim. Limpei a pia e o box. E no banheiro do meu quarto, quando fui limpar o blindex, aproveitei para tomar o meu banho também.

Ao sair, vesti uma roupa fresca e me sentei nos cobertores na sala, à espera de Ryujin, que chegou depois de uns 10 minutos com uma enorme caixa em mãos.

— Oi, amor. — ela dizia, enquanto trancava a porta, ainda de costas para mim.

— Oi. Como foi lá? — me levantei para falar com ela.

— Eu entreguei o meu currículo em 5 empresas que eram uma do lado da outra, todas disseram a mesma coisa "iremos ligar assim que houver vagas".

— Ah, amor, não fique assim.

— Eu sei, eu só queria arrumar um emprego logo.

— Logo você vai achar. — assentiu — O que é isso? — me referi a caixa, que ela estava levando para a cozinha.

— Veja você mesma.

Ryujin colocou o pacote no chão e eu fui até lá para ver. Ao rasgar o papel que estava em volta, vi o que era, um conjunto de panelas anti-aderentes, lindas por sinal.

— Nossa, que lindas!

— Ah, e mais tarde eles vão entregar o nosso colchão junto de umas roupas de cama que eu comprei também.

Não tinha palavras para expressar o que eu estava sentindo, então apenas a beijei. Logo depois, voltei para a cozinha, dando vários pulos de alegria e retirei as panelas da caixa.

— Eu estou morta. Vou tomar um banho. — disse, enquanto ia até o nosso quarto.

— Tá, eu vou fazer o almoço.

Ela não respondeu. Coloquei o conjunto encima da pia e já comecei a lavar. Depois peguei as coisas na geladeira para fazer o almoço.

Optei por fazer um mac and cheese.

Enquanto eu mexia o macarrão já pronto na panela, senti o meu corpo sendo envolvido por um abraço, gelado por sinal.

— O que está fazendo? — perguntou, com o queixo apoiado no meu ombro.

— Mac and cheese.

— Hummmmmm, que gostoso. — beijou minha bochecha — Gostou mesmo das panelas?

— Eu amei. Sinceramente, percebi que estou ficando velha por gostar de ganhar itens de casa.

Ela sorriu e então o nosso interfone tocou. Ryujin atendeu e apenas balançava a cabeça até encerrar o assunto com "Pode deixar subir. Obrigada." Logo voltando para a cozinha e se apoiando no armário ao lado do fogão.

— O que foi? — desliguei o fogo.

— O nosso colchão chegou. Floreano queria que eu permitisse a entrada dos entregadores no prédio.

— Ah, que bom! Não aguento mais dormir naquele chão, de verdade.

— Eu também não, e isso porque só foi uma noite dormindo no chão.

Nós rimos e desta vez a campainha tocou e eu que atendi a porta.

— Pois não?

— Você é a senhora Shin?

— Não, mas ela mora aqui. É o colchão, certo? — o homem em minha frente assentiu — Pode entrar.

— Licença.

Os três entregadores adentraram nossa casa, analisando o local. Os levei até o quarto, onde eles desembalaram e colocaram o colchão na cama. Assinei uma prancheta entregue por um deles e depois os levei até a porta.

— Nossa, que macio. — falei, passando a mão no estofado.

— Né?! Eu própria escolhi. E é bem confortável também.

— Eu amei, meu amor. — lhe dei um selinho — Você pode arrumar a cama enquanto eu sirvo o almoço pra gente?

— Claro. — me beijou novamente.

Saí do quarto e voltei para a cozinha. Coloquei nossa comida no prato e servi um suco que havíamos comprado. Coloquei tudo encima da bancada, já que ainda não tínhamos mesa de jantar.

Voltei para o quarto para saber o motivo da demora de Ryujin, e quando cheguei lá, vi ela parada olhando para o lençol de elástico com raiva, o que me fez rir de sua expressão.

— O que foi, linda?

— Quem foi o inventor dessa joça?

— Por que? — perguntei, tentando segurar o riso.

— É impossível colocar isso! Eu boto de um lado e sai do outro! — a forma que ela falou, me fez soltar o meu riso — Não tem graça!

— Você quer ajuda? — ofereci, enquanto parava de rir.

— O que você acha? Claro que sim, né?!

Peguei uma parte do lençol e coloquei na cama, enquanto Ryujin fazia a mesma coisa com a outra, com duas pessoas ajudando ficava mais fácil. Colocamos a colcha e pegamos os cobertores para fazermos de travesseiros novamente, já que não tínhamos comprado ainda.

— Pronto.

— Obrigada. Eu já disse o quanto você é maravilhosa?

— Hoje ainda não.

— É? Porque você é perfeita. — me beijou na testa.

Peguei em sua mão para irmos até a cozinha comer. Ela se sentou no banco ao meu lado e então começamos a comer enquanto Ryujin me contava com detalhes sobre o seu dia fora de casa.

Eu estava bem orgulhosa de nós, aos poucos, o nosso cantinho estaria perfeito. E só de ter ela ao meu lado, já era maravilhoso.

Terminamos de almoçar. Ryujin lavou a louça enquanto eu guardava o resto que sobrou na panela na geladeira.

Depois de passar um pano na bancada, fomos para o quarto para vermos séries no meu celular, já que eu tinha internet móvel. Nos deitamos na cama que era MUITO confortável, e colocamos no primeiro episódio da temporada.

Passar aquele final de tarde com o amor da minha vida, não tinha preço. Eu estava confiante de que tudo daria certo, inclusive essa vaga de emprego para ela. Só espero que eu tenha a mesma sorte.

Finalmente posso te amar • RyejiOnde histórias criam vida. Descubra agora