Yeji pov's on.
Acordei sentindo o meu corpo sendo chacoalhado por minha namorada, que assim que abri os olhos, percebi que estava toda arrumada.
— Anda, Yeji! — ela me balançava mais e mais.
— Calma, calma! Já acordei. — passei as mão no rosto — Por que ta toda arrumada e por que está me acordando de manhã?
— Já esqueceu? Eu vou na rua comprar algumas coisas e procurar emprego. Lembra que você pediu pra eu aproveitar e já te acordar?
— Ah, é, lembrei.
— Eu vou deixar dinheiro aqui pra caso você queira sair para tomar café, tá? — assenti — Está aqui encima do balcão. — disse, colocando algumas notas encima da pedra de mármore.
— Ta bom.
— Tchau, vida, até depois.
— Tchau.
Ryujin logo saiu de casa, me deixando ali sozinha.
Me levantei e fui até o banheiro para fazer a minhas higienes básicas de toda manhã e, depois disso, voltei para a sala e comecei a retirar os cobertores da nossa "cama". Feito isso, comecei a pegar as coisas para a organização da casa.
Peguei desenfetante, cloro, vassoura e um pano. Felizmente, quando fui morar com Ryujin na casa de seus pais, aprendi a fazer muitas coisas.
Comecei a varrer a casa de canto à canto, me certificando de que não haveria nenhum rastro de poeira no chão. Depois, molhei o pano, coloquei ele na vassoura, derramei um pouco de desenfetante no chão e comecei esfregar..
Quando terminei, enquanto o chão secava, eu fui tirar o pó de alguns móveis que tínhamos na casa, como as cadeiras e a cabeceira da cama. E as janelas e os armários da cozinha também.
Até que chegou a hora de limpar os banheiros. Peguei a esponja e comecei a limpar a privada, felizmente não estava com cheiro tão ruim assim. Limpei a pia e o box. E no banheiro do meu quarto, quando fui limpar o blindex, aproveitei para tomar o meu banho também.
Ao sair, vesti uma roupa fresca e me sentei nos cobertores na sala, à espera de Ryujin, que chegou depois de uns 10 minutos com uma enorme caixa em mãos.
— Oi, amor. — ela dizia, enquanto trancava a porta, ainda de costas para mim.
— Oi. Como foi lá? — me levantei para falar com ela.
— Eu entreguei o meu currículo em 5 empresas que eram uma do lado da outra, todas disseram a mesma coisa "iremos ligar assim que houver vagas".
— Ah, amor, não fique assim.
— Eu sei, eu só queria arrumar um emprego logo.
— Logo você vai achar. — assentiu — O que é isso? — me referi a caixa, que ela estava levando para a cozinha.
— Veja você mesma.
Ryujin colocou o pacote no chão e eu fui até lá para ver. Ao rasgar o papel que estava em volta, vi o que era, um conjunto de panelas anti-aderentes, lindas por sinal.
— Nossa, que lindas!
— Ah, e mais tarde eles vão entregar o nosso colchão junto de umas roupas de cama que eu comprei também.
Não tinha palavras para expressar o que eu estava sentindo, então apenas a beijei. Logo depois, voltei para a cozinha, dando vários pulos de alegria e retirei as panelas da caixa.
— Eu estou morta. Vou tomar um banho. — disse, enquanto ia até o nosso quarto.
— Tá, eu vou fazer o almoço.
Ela não respondeu. Coloquei o conjunto encima da pia e já comecei a lavar. Depois peguei as coisas na geladeira para fazer o almoço.
Optei por fazer um mac and cheese.
Enquanto eu mexia o macarrão já pronto na panela, senti o meu corpo sendo envolvido por um abraço, gelado por sinal.
— O que está fazendo? — perguntou, com o queixo apoiado no meu ombro.
— Mac and cheese.
— Hummmmmm, que gostoso. — beijou minha bochecha — Gostou mesmo das panelas?
— Eu amei. Sinceramente, percebi que estou ficando velha por gostar de ganhar itens de casa.
Ela sorriu e então o nosso interfone tocou. Ryujin atendeu e apenas balançava a cabeça até encerrar o assunto com "Pode deixar subir. Obrigada." Logo voltando para a cozinha e se apoiando no armário ao lado do fogão.
— O que foi? — desliguei o fogo.
— O nosso colchão chegou. Floreano queria que eu permitisse a entrada dos entregadores no prédio.
— Ah, que bom! Não aguento mais dormir naquele chão, de verdade.
— Eu também não, e isso porque só foi uma noite dormindo no chão.
Nós rimos e desta vez a campainha tocou e eu que atendi a porta.
— Pois não?
— Você é a senhora Shin?
— Não, mas ela mora aqui. É o colchão, certo? — o homem em minha frente assentiu — Pode entrar.
— Licença.
Os três entregadores adentraram nossa casa, analisando o local. Os levei até o quarto, onde eles desembalaram e colocaram o colchão na cama. Assinei uma prancheta entregue por um deles e depois os levei até a porta.
— Nossa, que macio. — falei, passando a mão no estofado.
— Né?! Eu própria escolhi. E é bem confortável também.
— Eu amei, meu amor. — lhe dei um selinho — Você pode arrumar a cama enquanto eu sirvo o almoço pra gente?
— Claro. — me beijou novamente.
Saí do quarto e voltei para a cozinha. Coloquei nossa comida no prato e servi um suco que havíamos comprado. Coloquei tudo encima da bancada, já que ainda não tínhamos mesa de jantar.
Voltei para o quarto para saber o motivo da demora de Ryujin, e quando cheguei lá, vi ela parada olhando para o lençol de elástico com raiva, o que me fez rir de sua expressão.
— O que foi, linda?
— Quem foi o inventor dessa joça?
— Por que? — perguntei, tentando segurar o riso.
— É impossível colocar isso! Eu boto de um lado e sai do outro! — a forma que ela falou, me fez soltar o meu riso — Não tem graça!
— Você quer ajuda? — ofereci, enquanto parava de rir.
— O que você acha? Claro que sim, né?!
Peguei uma parte do lençol e coloquei na cama, enquanto Ryujin fazia a mesma coisa com a outra, com duas pessoas ajudando ficava mais fácil. Colocamos a colcha e pegamos os cobertores para fazermos de travesseiros novamente, já que não tínhamos comprado ainda.
— Pronto.
— Obrigada. Eu já disse o quanto você é maravilhosa?
— Hoje ainda não.
— É? Porque você é perfeita. — me beijou na testa.
Peguei em sua mão para irmos até a cozinha comer. Ela se sentou no banco ao meu lado e então começamos a comer enquanto Ryujin me contava com detalhes sobre o seu dia fora de casa.
Eu estava bem orgulhosa de nós, aos poucos, o nosso cantinho estaria perfeito. E só de ter ela ao meu lado, já era maravilhoso.
Terminamos de almoçar. Ryujin lavou a louça enquanto eu guardava o resto que sobrou na panela na geladeira.
Depois de passar um pano na bancada, fomos para o quarto para vermos séries no meu celular, já que eu tinha internet móvel. Nos deitamos na cama que era MUITO confortável, e colocamos no primeiro episódio da temporada.
Passar aquele final de tarde com o amor da minha vida, não tinha preço. Eu estava confiante de que tudo daria certo, inclusive essa vaga de emprego para ela. Só espero que eu tenha a mesma sorte.
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Finalmente posso te amar • Ryeji
FanficDepois de finalmente passarem para a faculdade, Ryujin e Yeji se mudam para Nova York e enfrentam as dificuldades da vida adulta e de uma vida à dois. ⇨ Segunda temporada de 'É errado eu te amar?' Essa história contém: sexo, homofobia e uso de álcool