Finalmente posso te amar • Ryeji

Capítulo 10 • Temporada 2

Yeji pov's on.

Já haviam se passado alguns dias desde que Ryujin tinha começado a trabalhar de babá, e fazia tempo que eu levantava e ela não estava mais na cama.

Algum tempo, fiz a minha entrevista de emprego, e felizmente ocorreu bem. Ontem eu recebi um email da empresa, para ir hoje assinar os papéis da minha contratação. Fiquei muito feliz e animada, eu estaria empregada, finalmente.

O horário marcado era às nove da manhã.

Levantei às sete e tive sorte em pegar minha namorada se vestindo em minha frente.

— Já está acordada? — disse ao me ver observando ela — Pensei que você acordaria mais tarde.

Me sentei na cama — Tenho que ir na empresa hoje, esqueceu?

— Não, mas ainda está cedo.

— É que eu vou precisar me preparar e pegar um metrô até lá.

— Ah, agora eu entendi.

Ela terminou de organizar as suas coisas e veio até mim para se despedir. Saiu pela porta e me deixou sozinha no quarto.

Me espreguicei e fui até a cozinha para tomar um pouco de água. Ainda estava tentando raciocinar, já que o sono ainda era muito presente em mim.

Depois disso, fui tomar o meu banho e me arrumar e, assim que fiz isso, preparei o meu café da manhã, que foi torrada com ovos mexidos e suco. Escovei os dentes, peguei as minhas coisas e saí de casa.

Desci até a portaria, dei oi para Floreano e saí pela entrada do prédio à caminho da estação de metrô.

Paguei a minha passagem e antes de ir esperar o meu trem, fui até o Starbucks que tinha na estação e comprei um frappuccino para mim.

Já dentro do vagão, fui escutando música para poder me acalmar, pois eu estava nervosa, seria o meu primeiro emprego de carteira assinada.

Logo quando saí da estação, dei de cara com um enorme prédio no qual seria o meu novo ambiente de trabalho. Engoli em seco e atravessei a rua.

Adentrei o lugar e já fui reconhecida pela recepcionista, que me atendeu e pediu que eu esperasse ser chamada na recepção.

E assim se passaram quarenta minutos demorados, mas finalmente fui solicitada para ir até o RH para assinar os benditos papéis.

Chegando lá, a chefe me recebeu em sua grande sala.

— Olá, Yeji. Entre. — fiz o que foi pedido — Que bom que veio, sente-se. — Se sentou.

— Ah, claro. — me sentei — Eu estou muito feliz com essa oportunidade.

— Que bom, acho que gostará daqui.

A mulher então retirou um grande envelope marrom de dentro da sua gaveta e retirou os papéis, estendendo em minha direção em seguida.

— Aqui está as diretrizes e leis da empresa, dê uma lida e depois assine.

Comecei a folhear as páginas que estavam grampeadas, vendo meus horários, funções, direitos e salário. Após ler todo aquele texto, peguei a caneta encima da mesa e assinei nos lugares marcados. Entreguei as folhas para ela que carimbou e assinou no final.

— Meus parabéns, Yeji, você está oficialmente contratada.

— Obrigada, senhora.

— Por favor, não me chame assim, me chame de Seulgi, somente.

— Ok, Seulgi. Muito obrigada.

— Não há de que. Te vejo amanhã, certo?

— Sim.

— Que horário?

— Nove horas em ponto.

— Chegarei até antes.

— Olha só. — sorriu — Vejo que terei uma funcionária dedicada. — riu mais uma vez — Isso mesmo. Até amanhã.

— Até. Tchau.

— Tchau.

Gostei bastante da minha chefe, ela era uma pessoa bem cativante e, com todo respeito a minha namorada, Seulgi era bem bonita.

Eu estava tão feliz que finalmente tinha arrumado um emprego. Agora eu iria me esforçar para que tudo ocorrece da melhor forma possível.

...

Ao chegar em casa, senti um cheiro bem gostoso de comida vindo da cozinha, e era minha namorada fazendo o jantar. Ela estava destraída, então resolvi assustá-la.

— Oi! — cheguei de surpresa por trás.

— Ai! Que susto, Yeji! — disse, dando um pequeno pulo — Não faz isso, pelo amor de Deus. — voltou a mexer a panela. — Como foi lá?

— Muito bom, minha chefe é bem legal, e eu irei começar a trabalhar amanhã.

— Como você irá fazer em relação a faculdade?

— Eu vou estudar de noite, e você?

— A minha só terá aula presencial às quartas, quintas e sextas-feiras, e será o tempo em que Julia estará na escola. Quando eu voltar, buscarei ela no colégio e seguirei com a rotina.

— Que bom que já pensou em tudo.

— Na verdade não, foi por acaso mesmo.

Ri — Por que chegou cedo hoje? Normalmente você só vem pra casa às dez e pouca da noite. — eu dizia enquanto tirava os meus sapatos.

— O pai dela chegou mais cedo.

— Que milagre, mas o que aconteceu pra ele chegar nesse horário?

— Diz ele que saiu mais cedo do trabalho hoje.

— Entendi. Bem... Eu vou me banhar pra gente comer, ok?

Ela assentiu então beijei sua bochecha e fui para o nosso quarto. Separei minhas coisas e fui para o banho. Saindo dele, me vesti e voltei para a cozinha, onde Ryujin servia o nosso jantar. Ela preparou arroz frito com frango, muito gostoso.

Depois de comermos, escovamos os dentes e fomos nos deitar na cama. Ficamos agarradas enquanto conversávamos melhor sobre o dia uma da outra e o quanto estávamos ansiosas para que nossas aulas começassem logo.

Depois de uma hora, o sono começou a chegar. Fechei a porta de nosso quarto e me deitei novamente abraçando e dormindo com minha namorada na posição de conchinha.

Eu não sabia se daria realmente conta de estudar e trabalhar ao mesmo tempo, apesar que fiz isso ano passado, mas agora seria diferente, tenho bem mais responsabilidades. Eu estarei na universidade e em um trabalho de carteira assinada que, se cometer um qualquer erro, tenho o risco de perder o meu emprego. Mas eu tenho fé de que dará tudo certo para nós, e espero que Ryu também consiga lidar bem com sua nova rotina.

Eis a questão, será que eu irei gostar e me enturmar neste novo ambiente de trabalho? Será que terei amigos? O que irá acontecer? Bem, descobriremos isso amanhã.