Yeji pov's on.
Acordei às sete da manhã e o quarto já estava claro pela luz do Sol. Me levantei e fui ao banheiro fazer as minha higienes matinais e, assim que voltei, Ryujin estava sentada na cama com a cara amassada, olhando para o nada.
— Bom dia, amor. — fui à sua frente e nada foi respondido — Tudo bem, Ryujin?
Ela assentiu devagar, ainda parecia cansada.
Fui até a cozinha e comecei a preparar algo para nós comermos. Fiz ovos mexidos com torrada e queijo.
Enquanto eu mexia os ovos na frigideira, senti mãos geladas agarrarem a minha cintura em um abraço.
— Ai, Ryujin!
— O que?
— Suas mãos estão frias.
— Desculpa, eu acho que é porque eu lavei as minhas mãos. — ficou me observando — Humm, isso é pra mim?
— Pra nós duas, espertinha.
Ela me deu um beijo na bochecha e começou a pegar as coisas para arrumar a mesa, já que iríamos tomar o café da manhã.
Com tudo pronto, levei a comida para a mesa e me sentei ao lado da minha namorada, que logo começou a abocanhar tudo, ela estava com bastante fome.
Tendo terminado a nossa refeição, Ryujin lavou a louça enquanto eu ia para o nosso quarto para organizar a nossa cama. Feito isso, nos deitamos no colchão e ficamos mexendo em nossos celulares, já que não temos outra coisa para ocupar o nosso tempo.
Depois de algumas horas, já estava de tarde e dessa vez, quem foi preparar o almoço foi Ryujin. Ela fez arroz com cogumelos e frango, que estava com uma cara ótima. Para ajudá-la, eu fiz um suco de maracujá.
Almoçamos e desta vez eu lavei a louça, nós sempre revezamos as tarefas assim, desde quando eu morava com ela na casa de seus pais.
Enquanto eu guardava os pratos no armário, olhei para a lixeira transbordando e lembrei que tinhamos que botar o lixo para fora, pra isso eu chamei minha querida amada para realizar essa tarefa.
— Ryujin!
— O que foi? — ela veio rápido.
— Leve o lixo para fora.
— Hã? Por que eu?
— Ah, vai, por favor.
— Só porque eu te amo.
Dei um sorriso vitorioso enquanto via ela pegar a grande sacola e colocar o lixo da casa dentro, saindo logo em seguida.
Voltei para o quarto e fui separar a minha roupa para eu tomar um banho. Tendo feito isso, fui até o banheiro e tomei um ducha rápida.
Assim que saí, me vesti e enquanto eu penteava os meus cabelos, Ryujin voltou dando uma risada.
— O que há de engraçado para estar rindo dessa forma?
— Nada. É que eu acabei fazendo amizade com uma menina do prédio. Ela se chama Julia e tem 9 anos.
— Viu, já está se inturmando. — falei rindo soprano, voltando a pentear meus cabelos.
— Idiota. Mas ela é bem legal, e engraçada.
— Ryujin, é isso! — falei, tendo uma grande ideia.
— Isso o que?
— Não lembra? Você trabalhou de babá, você poderia fazer isso enquanto não arruma um emprego de carteira assinada.
— Verdade! Vou pedir para que Floreano diga para alguns moradores. Obrigada pela ideia!
Ela me deu um selinho e rapidamente colocou os seus sapatos e saiu correndo pela porta, o seu sorriso era encantador.
Voltou depois de um tempo, mais calma mas alegre, se sentou ao meu lado e pegou em minha mão, fazendo um leve carinho.
— Como foi? — perguntei.
— Ele disse que falaria com alguns pais do prédio e me desejou sorte. — começou a brincar com os meus dedos — Estou bastante esperançosa.
— Imagino, mas dará tudo certo, tenho certeza.
— É muito bom poder contar com você para essas coisas, sabia?
— É isso que as namoradas fazem. — sorri.
Naquele instante, ouvimos o meu celular tocar com uma notificação. Peguei ele e abri na caixa de emails, e lá, tinha uma resposta de uma das empresas que eu tinha entregado currículo alguns dias atrás.
— É de uma das empresas que eu entreguei currículo.
— Será que te aceitaram?
— Eu vou ver.
Comecei a ler o texto enviado e a resposta da pergunta de Ryujin já estava sendo respondida pela minha feição. Eu tinha uma entrevista de emprego marcada! Não estava caindo a ficha, ainda.
— Conseguiu?
— Sim!
— Ahhhhhhh!
Ela começou a gritar de felicidade e me abraçar. Eu ainda estava em choque com a notícia, mas logo me alegrei junto dela.
— Eu estou muito orgulhosa de você, amor!
— Obrigada.
— O que você terá que fazer agora?
— Vou ir na semana que vem fazer uma entrevista de emprego, se tudo der certo, logo estarei contratada — falei enquanto lia as informações.
— Eu vou ligar para os meus pais pra avisar.
— Ok.
Ryujin rapidamente iniciou uma chamada de vídeo com o seu padrasto, que estava junto de seu pai na ligação.
— Oi, pai!
— Oi, filha. Como vai as coisas? — perguntou o meu sogro
— Vão muito bem. Eu e Yeji temos uma notícia.
— Boa ou ruim? — Thomas questionou.
— Maravilhosa. — se aproximou de mim para que eu aparecesse no vídeo.
— Oi, Yeji.
— Oi.
— Fala pra eles, amor.
— Eu acabei de descobrir que terei uma entrevista de emprego.
— Que? Sério mesmo?! Parabéns!
— Estamos muito orgulhosos de você!
— Muito obrigada.
— Onde está Yuna, pai?
— Ela saiu.
— Pra onde?
— Disse que iria encontrar um colega de sala.
Sorri para Ryujin, que devolveu o mesmo.
Nós ficamos na chamada por quase duas horas, tinhamos que colocar os assuntos em dia, e eu estava morrendo de saudades dos pais de Ryujin, pois eles me acolheram e me deram carinho como se eu fosse filha deles mesmo.
Assim que encerramos, minha amada não conseguia para de sorrir com a notícia. Mas eu puxei ela para o banheiro, para tomarmos um banho juntas e, quem sabe, algo a mais para comemorar esta minha conquista.
Só sei que eu estava me sentindo realizada e esperançosa. Eu estava atingindo, mesmo que aos poucos, os meus objetivos, e tinha orgulho de mim mesma. E espero que Ryujin consiga trabalhar como babá mesmo que seja por pouco tempo, pois isso nos ajudará muito, muito, muito mesmo.
E ainda temos que ir para a faculdade. Tomara que se eu conseguir a vaga, consiga pegar um turno que não comprometa as minhas aulas. Estou morrendo de tanta ansiedade.
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Finalmente posso te amar • Ryeji
FanficDepois de finalmente passarem para a faculdade, Ryujin e Yeji se mudam para Nova York e enfrentam as dificuldades da vida adulta e de uma vida à dois. ⇨ Segunda temporada de 'É errado eu te amar?' Essa história contém: sexo, homofobia e uso de álcool