Quando você é ameaçada de morte sua vida fica mais complicada impossível, principalmente quando ela já não era normal. Layla era uma espécie sobrenatural, uma em que não se era vista a muito tempo, um cão do inferno, tão raros e mágicos. Seus podere...
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LAYLA ENCARAVA O quadro apenas esperando que os segundos pudessem passar um pouco mais rápido, estava animada para assistir o treino que teria depois da escola, então estava contando os minutos para que finalmente o sinal tocasse indicando a finalização de mais um dia cansativo de escola.
A garota batucava os dedos na mesa olhando fixamente para o relógio, talvez pensasse que assim o tempo poderia passar mais rápido, apesar que não estava funcionando muito bem, até que um barulho irritante passa pelos ouvidos de todos causando uma careta de dor na garota pela audição sensível.
Layla rapidamente se levanta colocando seu material na mochila e sai da sala rápido mas sem correr, não queria levar bronca logo no seu segundo dia na escola, revirou os olhos ao ver toda aquela multidão no meio do seu caminho e pensou em outra maneira rápida de chegar ao campo sem ter que ter muito contato com outras pessoas.
Respirou fundo e começou a empurrar alguns corpos sussurrando pedidos de desculpas por onde passava. Parou em frente a entrada, ou saída, do campo e passou pelo mesmo vendo que já tinham algumas pessoas ali. Talvez estivesse um pouquinho atrasada, mas pelo menos tinha chegado.
Caminhou até às arquibancadas e antes de subir olhou ao redor na tentativa de achar duas pessoas específicas. Achou melhor subir pra cima assim que não avistou nenhum dos dois, tentava colocar na sua cabeça que ainda tinha gente pra chegar.
Sentou na última escada bem no alto, um ótimo lugar para poder observar a todos e estar preparada pra tudo que puder. Depois de alguns minutos outros garotos começaram a entrar dentro campo atraindo a atenção da garota. Eles logo fizeram uma fileira e o treinador ficou em frente a eles.
—Atenção! Muitos de vocês estão se preparando a vida toda pra isso, outros só estavam desocupados e precisando de atividades extras— ele começa um discurso que chama a atenção da garota, talvez por ele estar gritando— tudo que tenho a dizer é que isso não importa mais, vocês agora são um time, caso consigam entrar obviamente— muitos garotos prendem o fôlego— vão logo começar esse treino idiotas!! Dez voltas no campo— eles continuam parados— Agora!!
Todos começam a rodar pelo campo, alguns apostando corridas, se divertindo. Outros já se dedicavam, dois deles eram exatamente os que Layla tinha vindo ver. Eles estavam um do lado do outro, disputando quem conseguiria acabar primeiro, o corpo da garota estava tenso, mesmo não sendo ela a correr.
Até que ela tem a sua atenção tomada para um garoto que parecia estar morrendo, não aguentava mais dar um passo, ela o admirou por ainda estar de pé, mesmo quase caindo ao chão ela seguia firme e forte. Olhou novamente pro outro lado do campo e viu alguns meninos fazem flexões, e não pareciam estar nem um pouco cansados.
Seus olhos vagaram pelo campo inteiro até parar em uma parte específica, uma bem nítida da floresta, e viu olhos, olhos amarelos a observando. Apertou os olhos tentando ver melhor mas não conseguiu, se ajeitou pronta para descer das arquibancadas e quando e virou novamente pro local tih sumido, da mesma forma como ele apareceu o mesmo sumiu.
Layla ficou receosa com tudo aquilo, estava em uma cidade nova, de certa forma, um território desconhecido, e agora tinha visto olhos amarelos a observando da floresta. Ela estava colocando sua mochila nas costas e pretendente ir atrás dos olhos misteriosos que a deixacam um pouco aflita quando sentiu algo agarrando seu braço, sem perceber ela acabou por virar a mão da pessoa e se virar em posição de defesa.
—Caramba, se eu soubesse que iria me parabenizar desse jeito teria evitado vir até você— ela olha pra baixo e arregala os olhos ao ver Theo segurando a mão contra o peito enquanto estava ajoelhado no chão.
—Theo!! Aí meu deu!!— ela agaixa desesperada ao seu lado conferindo se tinha quebrado alguma coisa— eu sinto muito! Desculpa, eu não estava prestando atenção!!
—Relaxa Layla, não foi nada demais, isso acontece com todo mundo— ele sorri de lado ignorando a dor que estava sentindo para não deixar com que a garota se sentisse mal com isso— isso acontece com todo mundo. Mas dá próxima vez tenta não torcer a minha mão.
—Hahaha, muito engraçado— revira os olhos e da um tapa fraco em direção do ombro do mesmo e estende a mão o ajudando a levantar— dá próxima vez é só não me assustar.
—Vou tentar fazer de tudo para não se ter uma próxima vez— ele faz uma careta e disfarça com um sorriso.
—O que você queria falar?— ele faz uma cara de confuso— antes de eu te machucar, você queria falar alguma coisa importante.
—Ah sim— ele concorda com a cabeça— eu passei! Tô oficialmente dentro do time de lacrosse agora— ele sorri verdadeiramente para ela.
—Sério? Viu? Eu disse que você iria conseguir passar no teste— ela o olha de braços cruzados com um olhar convencido.
—Você é algum tipo de vidente por acaso não é?— ele olha de cima a baixo sorrindo disfarçadamente.
—Talvez sim, ou talvez não— ela sorri e então bate no ombro dele se despedindo— a gente se vê depois Theo e de novo meus parabéns por ter conseguido entrar no time.
—Claro a gente se vê Layla— ele sorri observando ela se afastar em direção o estacionamento da escola.
Layla caminha procurando o contato do seu tio no celular, ele tinha passado pra ela para caso precisasse, e bom, ela queria carona para poder voltar para caso no momento. Sorriu quando achou e clicou em chamar, e ele atendeu no terceiro toque.
Sim? Quem é?
Sou eu Parish
Layla, tá tudo bem com você? Por que tá me ligando
Ah sim, na verdade eu tô bem sim, só queria saber se você está ocupado?
Olha no momento eu tô desocupado por que?
Ótimo, tem como você me buscar aqui na escola? Eu vim de apé.
Acho que dá pra mim te buscar agora, espera só mais um pouco.
Tudo bem então, te vejo daqui a pouco Parish
Ela desligou e guardou o celular no bolso e foi até um banco que tinha ali e se sentou para escorar as costas e esperar até que sua carona chegasse. Um pouco longe dali, na floresta especificamente, dois olhos a observavam novamente de longe, e ela percebeu e encarou de volta, aqueles olhos pareciam serem tão familiar que a assustava.
Juntou sua mochila nas costas e se levantou decidindo ir atrás de descobrir o que estava a encarando. A cada passo seu coração se acelarava cada vês mais, ela não estava com medo, até porque era mais poderosa que qualquer coisa que pudesse a enfrentar . Respirou fundo quando se viu centímetros da floresta, estava tão perto de onde os olhos a observam. Pegou o celular e mandou uma mensagem pro seu tio dizendo que não precisava mais a buscar e entrou na floresta.
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