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NÃO SABIA O POR QUÊ de se estar ali, e nem quanto tomou coragem o suficiente para isso

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NÃO SABIA O POR QUÊ de se estar ali, e nem quanto tomou coragem o suficiente para isso. Durante toda a sua vida nunca tinha feito algo tão arriscado, mesmo estando fugindo 100% do tempo. Pela primeira vez tinha feito algo que não tinha ideia de como acabaria, e era completamente assustador não conseguir prever o que poderia acontecer.

Para todo lado que podia olhar só se via árvores, e mais árvores. Não tinha ideia de que parte da floresta ela estava, e nem como conseguiria ir embora depois, seu terceiro dia ali e ela já havia perdido completamente a linha.

Seus olhos laranjas mostravam que ela estava atenta a qualquer movimento, e que estava preparada para caso precisasse usar seus poderes para se proteger. Também os usava para disfarçar o seu medo, medo de não conseguir fazer nada a tempo e acabar falhando, esse era seu medo, falhar, e no momento seu ato controle não ajudava nem um pouco nisso.

Poderia estar com medo de várias coisa, por exemplo, de estar sozinha na floresta, ou então de estar seguindo olhos brilhantes que não tinha ideia do que era, mas o principal era de que poderia acabar morrendo a qualquer momento por um simples deslize momentâneo.

Seu corpo todo tremia com a sensação de falha e burrice, poderia estar em casa no momento se não fosse tão curiosa. Bem que dizem que a curiosidade matou o gato, mas dessa vez vai matar ela.

Ouviu um barulho em um arbusto atrás de si e se virou em posição da ataque, torcia para que seus poderes não a abandonassem no momento, afinal, eles eram a única coisa que poderia a salvar. Ela caminha até o arbusto atenta a qualquer coisa e sente um vento atrás de si, como se algo passasse correndo rápido o suficiente para que ela não visse mas ainda sentisse.

—Quem é você e por que está me vigiando?— ela pergunta olhando pro nada sem saber ao certo o que fazer.

Da um pulo pra trás quando ouve um galho quebrando perto de onde ela estava. Respirou fundo, e manteve todo seu auto controle para conseguir conjurar uma pequena chama na palma da sua mão, precisava disso agora.

—Eu não sei o que você quer, mas posso te queimar vivo se não aparecer— ela grita para que seja lá quem fosse, ou o que fosse, pudesse a ouvir.

Sentiu um arrepio passando por todo o seu corpo assim que ouviu um rosnado vindo da sua frente. Ela estava exatamente de frente para o que tinha vindo caçar. Não conseguiu tempo o suficiente para se defender quando algo pulou sobre si, tudo que pode se ouvir foi um grito de dor, tinha conseguido queimar quem a atacou.

—Que merda Layla, eu não pensei que estivesse falando sério sobre me queimar— ela estranhou a voz conhecida e abriu os olhos que nem tinha notado que haviam fechados e os arregalou.

Não conseguia acreditar no que seus olhos estavam vendo, a última vez que o viu foi quando todo o acidente aconteceu, e bom, agora ali estava ele, bem na sua frente esfregando o braço recém queimado. Ela se levanta ainda o encarando em choque, talvez pudesse ser apenas uma alucinação, tinha finalmente enlouquecido de vez.

—Por que tá me olhando como se eu fosse um fantasma?— ele pergunta ainda alisando o braço que agora estava apenas vermelho devido a sua cura acelerada.

—O que tá fazendo aqui?— ela se mantia afastada dele, ainda não tinha certeza o suficiente se era real, a possibilidade de ter pirado ainda estava em sua mente.

—Como assim? Eu não posso mais querer ver a minha melhor amiga?— ele sorri sarcástico e cruza os braços fazendo uma careta de dor.

—Não pode realmente estar falando sério, como foi que me achou?— ela estava com a sua expressão totalmente fechada, não confiava nem um pouco no que via.

—Um mágico nunca releva seus segredos querida Layla— ele fala ironicamente fazendo a mesma revirar os olhos.

—Acontece que você nunca foi um mágico muito bom— ele a encara totalmente ofendido com o seu comentário— para de enrolar e abre o bico.

—Mas eu não vou ganhar nem um abraço? Depois de todo esse tempo?— ela a encara com uma cara de poucos amigos fazendo ele engolir seco— tudo bem então— ele levanta as mãos para cima em sinal de rendição e a olha preocupado— você tá com problemas Layla.

—Problemas? Mas que tipo de problemas?— ela pergunta sem entender muito bem do que aquilo se tratava, não tinha motivos para que estivesse com problemas.

—Problemas dos grandes— ele fala ficando sério pela primeira vez durante toda a conversa— por que não me disse que ele voltou e que está atrás de você?— ela arregala os olhos surpresas e desvia o olhar.

—Acontece que você sumiu, literalmente, eu tive que me virar sozinha durante todo esse tempo, então quando ele voltou não achei que fosse do seu interesse— ela fala tentando não demostrar interesse na conversa, queria que ele pensasse que ela não ligava pra isso.

—Eu tive os meus motivos para ir embora e você sabe disso— ele tenta se aproximar mas ela se afasta— qual é Layla, você sabe que eu me importo com a sua segurança e sempre vou me importar.

—Mesmo que esteja falando a verdade, você não deixou nada que pudesse indicar como se conectar com você— ela olha pro chão sem querer continuar o assunto.

—Mas você sabe exatamente como pode me chamar, então isso não é motivo— ela o olha sem saber o que dizer.

—Você sumiu, não pensei que quisesse algum tipo de contato comigo depois disso já que nunca fez— ele a olha com pena sabendo o que estava sentindo.

—Mas mesmo assim, sabe que se me chama-se eu apareceria correndo— ele da mais um passo que ela e ela permanece parada o encarando— ainda mais quando se trata sobre ele.

—Mas eu não quero a sua ajuda, posso resolver isso sozinha— ela diz firme sabendo que era mentira, não conseguia nem o encarar sem seus poderes travarem.

—Não foi o que aconteceu da última vez— ela o olha sem acreditar que ele realmente tinha dito aquilo.

—Quer saber? Eu não preciso de você, nunca precisei, pode voltar pro seu esconderijo idiota, eu me viro— ela da as costa pra ele e começa a andar pra longe até sentir algo em seu pulso e parar.

—Eu não vou te deixar sozinha de novo, apenas entenda isso— ele a encara no fundo dos olhos da garota.

—Você já fez isso uma vez, pode fazer de novo sem problemas— ela desce seu olhar para o pulso que ele estava segurando— se não me soltar vou te deixar com queimaduras que nem mesmo a sua cura acelerada vai poder cicatrizar.

Ele a olha inacreditado e solta a mesma sentindo que ela não estava bem, queria a abraçar, mas ainda respeitaria o espaço que ela estava colocando entre eles. Sabia que tinha vacilado feio quando decidiu ir embora, mas ele precisava de um tempo para si mesmo, e também era um jeito de a protejer.

Layla o olha por uma última vez e se vira novamente indo em direção para fora da floresta, ela não tinha certeza se era realmente para lá, mas tinha que sair de perto do garoto. Respirou fundo sentindo lágrimas se formando e as segurou o quanto podia, se fosse chorar podia pelo menos estar na sua casa.

 Respirou fundo sentindo lágrimas se formando e as segurou o quanto podia, se fosse chorar podia pelo menos estar na sua casa

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