.23 Você e eu?

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POV. LAUREN

— Olá, Karla! — Falei humorada, mas ela não sorriu de volta. Que problemática! O que custa sorrir um pouco?

— Não me chame de Karla! — Falou enquanto fechava a porta atrás na si na tentativa de que alguém lá dentro não ouvisse nossa conversa.

— Como deveria te chamar então, madame? 

— Você é muito debochada, né? -— Percebi que ela estava estava começando a ficar irritada. Mas eu só estou aqui há pouco menos de 2 minutos. -— Desculpe então. -— Levantei as mãos em rendição. -— Você tem outro nome... qual é? -— A vejo revirar os olhos e ela não parece nada disposta a continuar a conversa. 

 -— Saiba que não sairei daqui até que me responda. Você é tão complicada!

-— Eu sou complicada? Não acha que isso é muita presunção sua afirmar isso?  -— Lá estava ela com os braços cruzados e me encarando.

-— Não mesmo! - A encarei de volta. -—Você sempre dá um jeito de fugir das minhas perguntas, embora elas sejam algo bem simples de responder. -— me aproximo dela. -— Já percebeu isso?

-— O que percebi foi que você chegou e em apenas dois dias já causou um inferno na minha vida. -— Vejo a irritação dela retornando... Ou talvez nunca tenha ido embora.

-— Quando estava me espionando você parecia bem mais divertida. -— Falei casualmente.

-— Não estava espionando, garota. Como você se acha!

-— Isso é apenas uma constatação. 

-— Que seja! Você pode se afastar um pouco? - Ela me empurrou pelos ombros.

-— Incomodo se fico muito perto?  -— Perguntei sorrindo.

-— Tudo que você fala tem a necessidade de ficar com esse sorriso aí? -— Ela apontou para o meu rosto.

-— Agora meu sorriso também incomoda? -— Comecei a gargalhar. -— Se alguém visse isso de longe obviamente deduziria que você fica afetada com minha presença. 

-— Mas isso nunca! -— Apontou novamente para a minha face. -— Quem te deu o direito de vir a minha casa para ficar falando essas bobagens uma hora dessas? -— A vejo colocar as mãos na cintura e  fazer cara de brava.

-— Tenho o direito de ir e vir, portanto resolvi conversar com os vizinhos..., me apresentar, sabe? -— Agora ela bufava e revirava os olhos. Isso é engraçado! -— Então vizinha, quando vai me dizer como devo chamá-la? -— Encostei a cabeça na porta e fiquei observando o nervosismo que ela deixava transparecer.

-— Você não vai desistir, não é mesmo? 

-— Não estamos no mundo para desistir! Tenho uma nova meta estabelecida e ela é: Descobrir seu outro nome. -— Foi tudo o que disse, e logo que conclui a frase, a vejo com um pequeno sorriso nos lábios. Aê, estou quaseeee -—Vai me diiiiiiiiiiz!

-— Nossa, como você é chata!

-— Já sei! Seu nome deve começar com En.

-— En?

-— Enjoada!  -— Comecei a rir da cara de raiva que ela fez.

-— Que engraçada. Ha ha (simulou uma risada)

-— Fui de chata para engraçada em um minuto. Vejo que temos uma evolução aqui. -— Comemorei na frente dela que ainda mantinha a cara de brava que me fazia rir mais ainda. Um pouco depois observei ela ficar quieta.

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