Maria Luiza é uma brasileira que viajou para Tóquio com seu melhor amigo para conhecer o lugar e talvez arrumar um emprego.
Mas o que ela faria se em um dia comum fosse parar em uma Tóquio paralela?
Perdida e sem seu fiel amigo ela terá que sobrevi...
- O que aconteceu? - pergunto mais suave enquanto me aproximo e seguro seu rosto com as duas mãos.
Seus olhos se enchem de lágrimas me deixando preocupado, ela apenas me abraça.
Retribuo imediatamente, e percebo o quanto me aproximei dela o quanto ela me mudou de alguma forma.
Odiava contato, da primeira vez que ela me abraçou assim que chegou nem soube como retribuir.
Mas agora já até me acostumei com seus gestos repentinos de carinho, ainda me é estranho mas acho fofo vindo dela.
- Alguém te fez algo? - pergunto sério e ela nega.
- Eu só estou com um turbilhão de emoções e não estou sabendo lidar. - funga me olhando.
- Conte. - mando.
- Acho que já percebeu que eu gosto de você né? E dos meninos também. Isso está me deixando cansada e confusa. - sim, eu sabia.
Por incrível que pareça achei que o Niragi surtaria completamente.
Mas quem surtou foi Aguni, ele queria ela só para sí e não aceitou isso muito bem.
Niragi por outro lado surpreendeu todos nós sendo mais calmo com a situação, não está disposto a abrir mão dela de forma alguma e não vê problema em um relacionamento poliamor.
Apesar de ser louco, obsecado e possessivo Niragi quer ela de qualquer forma e se o resto de nós vier de brinde ele não se importa.
Chishiya também está de acordo se essa for a vontade dela, ele foi o primeiro a perceber e já sabia que isso aconteceria.
E eu...bom. Nunca tive nada de bom na vida e de um dia para o outro ela apareceu, e foi muito pouco tempo para muitas emoções.
Fiquei confuso e furioso por sentir tais coisas, mas toda vez que ela sorria ou me provocava isso passava na hora.
- Sim, todos sabemos. - respondo e ela desvia o olhar, seguro seu queixo com cuidado fazendo a mesma me olhar. - Nós conversamos, queremos você da mesma maneira. Eu sou completamente louco por você, e mataria qualquer um que se aproximasse demais.
- Por que eu só gosto de psicopata? Preciso de terapia. - bufa e solta uma risadinha.
- Preciso concordar, gostar de um já é estranho mas agora quatro, você se superou gatinha. - a voz de Niragi faz ela olhar para onde ele está.
Na entrada do terraço com uma mão no bolso e outra segurando a metralhadora como sempre, no seu rosto havia um sorriso debochado que logo mudou para um sincero quando a mesma sorriu para ele.
Chishiya que estava mais atrás passa por ele vindo em nossa direção com as mãos no bolso.
- Aonde foi que eu me meti? - pergunta rindo.
- Com os piores da praia. - Chishiya revira os olhos.
- Ainda posso te dar um tiro. - Niragi o olha com raiva.
- Não comecem. - ela faz um biquinho que Niragi logo de aproveita para beijar.
- Ele já te contou que você agora é nossa? - ele pergunta.
- Você atrapalhou nossa conversa. - reclamo sem expressão.
- O que? - ela pergunta confusa.
- Você agora é nossa. - Chishiya diz simples.
- Estamos em um relacionamento sério. - Niragi diz.
- Ninguém me pediu nada. - fala indignada.
- Você não tem opção, a partir do momento que nos provocou já passou a ser nossa. - falo.
- Consequência de se apaixonar por loucos, aliás, precisamos anunciar para toda praia que você é nossa. - Niragi fala. - Garantir que nenhum engraçadinho vai chegar perto de você.
- Vocês são doidinhos. - ela ri. - Nem me levaram para um jantar antes poxa.
- Acho que somos peculiares demais para isso. - Chishiya acaricia seu rosto.
Continuamos conversando, mas volta e meia ela olhava para entrada esperando que Aguni aparecesse.
- Daqui a pouco ele para com a crise de ciúmes e aceita. - Chishiya diz. - Não vai aguentar tanto tempo longe de você, assim como nós.
Ela apenas suspira e assente voltando a deitar em cima de mim, não demora a pegar no sono.
- Eu levo ela. - Niragi diz pegando a mesma no colo.
